Capítulo 25

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Meu corpo estava chacoalhando muito, abri com dificuldade os olhos e estava deitada no colo de Miguel dentro de um carro.

-Lari...

-Para onde estamos indo? - me sentei vendo que estávamos em uma estrada de terra horrível.

-Larissa... - ele toca meu ombro, mas desvio.

-Para onde estamos indo Miguel? - falo entre dentes para ele.

-Um sítio escondido, amanhã pegaremos o avião... - ele para de falar quando vê que bufo. -Larissa, eu sei que você...

-Você não sabe nada Miguel! - aquela resposta fez permanecer um silêncio dentro do veículo.

Chegamos a um sítio simples, a casa até sofisticada, mas envolta nada, na verdade parecia uma casa no nada, cheio de árvores e tocas de coruja por todos os lados.

Desci do carro antes de Miguel dar a volta, ele fala algo com o motorista e retira nossas malas, logo após o carro acelera nos deixando sozinhos.

-Vamos? - ele abre a porteira e passei pelo local, muita lama, mas muita mesmo, minha sapatilha e minha calça estavam meladas até demais.

Ele abriu a porta em silêncio e entramos, havia na sala uma lareira simples, um sofá que dava a volta na parede inteira da sala e uma mesinha bem ao centro pequena, com um vasinho de lavanda.

Miguel colocou as bolsas no chão e trancou a porta.

-Está com fome? - ele se coloca ao meu lado.

-Não, obrigada. Só quero ir para o quarto onde vou dormir e sai somente amanhã de manhã. - seu olhar triste cortou meu coração, mas eu estava brava com ele, ele não deveria ter feito aquilo comigo.

-Tem só um quarto Larissa. - respirei fundo.

-Então você dorme na sala...

Abri uma das malas e bingo era a minha, fechei-a e peguei nas alças, mas ele segura no meu braço e me puxa contra seu corpo colando seus lábios nos meus.

Por alguns segundos eu bati nele, empurrei-o, mordi seus lábios, mas sua resistência me venceu e me deixei a sua mercê, eu era totalmente sua agora.

-Para de fingir que está brava comigo Larissa! - dei um tapa em seu rosto.

-Estou brava contigo Miguel!

Ele massageava seu lado esquerdo do rosto fitando o chão.

-Eu não deveria ter escondi...

-Desde quando você sabia de tudo? - ele me olhou e se sentou no sofá.

-Tem dois anos que venho te vigiando.

-Dois anos?.... Aquele dia na aveni...

-Não era para eu ter me aproximado, mas você estava começando a se machucar! - ele coloca as duas mãos na cabeça e olha para o chão. -E me apaixonei perdidamente.

O silêncio se instalou com suas palavras e vi que havia começado a chorar.

-EU TE ODEIO MIGUEL! - gritei fazendo minha voz ecoar pela sala.

Ele levantou seu olhar e seus olhos estavam vermelhos, Miguel franziu o cenho e passou a mão na nuca.

-Você me odeia! - ele coloca a cabeça entre suas mãos.

Idade para ser o PaiOnde histórias criam vida. Descubra agora