Capítulo 20

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-Quem é Larissa? - o doutor fala fazendo todos levantarem.

-Eu! - me adiantei e cheguei perto dele.

-Não podemos deixar alguém entrar, mas ele chama seu nome a cada cinco minutos, se tudo der certo ele irá acordar daqui uma hora, deixaremos a senhorita entrar primeiro. - Rodrigo sorri e o doutor sai da sala de espera.

-Jovem! - ouço Clara me chamar, me viro e ela pega minha mão direita tocando o anel que somente naquele momento percebi que ainda estava com ele. -Ele te pediu em namoro?

-Sim Clara! - Luiza sorriu e colocou sua cabeça no ombro de Rodrigo.

-Ele tem idade para ser seu pai...

-Não começa mãe! - Rodrigo fica ao meu lado e meu pai levanta a cabeça sentado atrás de mim.

-Mas é verdade, mesmo que eu goste dela, não acho bom eles namorarem...

-Nem começa com o seu discurso senhora Clara, não meta seu dedo novamente. - Clara se senta emburrada.

Olho o objeto em meu dedo e meu coração aperta, meu pai se levanta e me abraça, seu carinho não era como o de Miguel, mas me acalentava nesse momento.

-Você já comeu filha? - ele me olha segurando meu rosto.

Minha barriga roncou naquela hora, foi aí que caiu a ficha, já fazia mais de 24 horas que eu não havia colocado nada na boca.

-Eu estou bem, não se preocupe...

-Você precisa comer cunhada! - Rodrigo fala sorrindo.

-Você está adorando me chamar assim! - ele fez que sim com a cabeça, Luiza caiu na risada tirando um sorriso de todos.

-Mas mesmo assim você precisa se alimentar...

-Não quero, prefiro ficar aqui para esperar notícias de Miguel. - Rodrigo se levanta e vai até mim.

-Não deixarei ele fugir fique tranquila. -  ele beija minha testa e sorri.

-Eu vou com você na lanchonete daqui Larissa, eu também estou com fome. -Luiza pega sua bolsa e eu acompanho-a deixando um beijo na bochecha de meu pai que permaneceu ali conversando com Clara sobre meu namoro.

Fomos até a lanchonete e pedi coxinha e um copo de suco de laranja, Luiza pediu um doce e nos sentamos em uma das mesas.

-Fiquei feliz em saber que você e Miguel estão namorando. - ela fala me olhando dar a primeira mordida no salgado.

-Você não gostava de Miguel? - ela riu e mordeu seu doce.

-Ele é romântico demais para o meu gosto, ele sempre foi mais o tipo da minha irmã. - ela sorri.

-Então tudo aquilo era realmente uma máscara? - ela assentiu e mordeu o doce novamente.

-Como sou uma agente que foi escolhida para te proteger, então tive que fazer você não gostar de mim, pois tinha pessoas na nossa convivência que desconfiariam de tudo e acabaria indo toda a investigação por água abaixo. - ela pega seu celular e mexe em algo.

-O que houve? - ela me olha, pega minha coxinha e seu doce e jogam no lixo junto com meu suco.

Luíza digita no celular e coloca no ouvido me apressando para voltarmos logo para a sala de espera.

-Quero que Montanha lidere o grupo, preciso de reforço no Sírio Libanês, agora. - ela desliga o telefone.

-Você pode me explicar o que está acontecendo? - chegamos na sala de espera.

-Os fantasmas se movimentaram! - Luísa fala fazendo todos ficarem espantado.

Meu pai me agarra e me abraça com força e olha Luiza.

-Você sabe para onde irão? - ela olha meu pai e suspira.

-Tudo indica que tentarão a segunda hora! - Clara coloca a mão na boca e meu pai beija minha testa.

-Quem são os fantasmas pai?

-É um grupo liderado pela Dama Carmesim a tal DC que havia te mandado aquela mensagem, e essa segunda hora da qual você ouviu Luiza falar significa a segunda tentativa para.... - Rodrigo para e olha meu pai. -Para tentar sua morte.

Arregalei os olhos e tampei a boca.

-E tem por acaso um número x de tentativas? - perguntei atônita.

-Doze. De um em um dia eles tentam até completarem doze tentativas, isso se deve a umas das leis da fraternidade que não vem ao caso. - Luiza fala fitando o chão e esfregando sua mão em sua arma na cintura.

-E se não conseguirem atingir o objetivo? - falo me afastando de meu pai.

-A própria Dama vem ao seu encontro...

-Então vou sofrer por doze dias para depois morrer pela própria mão dessa Dama? - falo irônica, me sento em uma das cadeiras da sala e apoio minha cabeça em minhas mãos.

-Na verdade seu pai passou pelas doze horas e a Dama, por isso eles estão atrás de ti e atrás dele... - Luiza se ajoelha na minha frente. -Seu pai é o único que sabe quem é essa Dama, por isso eles querem te matar, para que ele não fale nada a polícia.

Olhei meu pai que estava ao meu lado.

-Larissa Simal? - um médico se aproxima.

Todos se levantam.

-Pode entrar! - ele sorri, olhei meu pai que me deu um beijo na testa e acompanhei o médico.

-Já sei um modo dela não morrer... - escuto Rodrigo falar entusiasmado, mas eu ficava cada vez mais longe e não consegui ouvir o resto da frase.

O doutor abriu a porta e eu entrei, Miguel ainda deitado me olhou e sorriu, minha mão suava, perto dele eu ficava fora de mim.

Me aproximei e me sentei na beirada da cama e segurei sua mão, ele estava enfaixado no abdômen, somente mostrando seu peitoral desnudo, Miguel me observava segurando minha mão. O silêncio do quarto era tão grande que chegava a ser palpável.

-Como se sente? - falei olhando para sua mão.

-Fiquei feliz que não aconteceu nada com você... - ele me puxa e beija minha mão. -Te amo! - sua voz sai trêmula.

-Nunca mais de um susto desse... - ele riu.

-Deita comigo?

Assenti, me ajeitei e deitei ao seu lado, minha cabeça tocava seu tórax e seus braços me envolviam, ele fazia carinho nas minhas costa e senti um beijo seu depositado no topo da minha cabeça.

-Tive medo de te perder Miguel! - falei fazendo carinho em seu peito.

-Não sabe como fiquei desesperado quando você se levantou da cama e eu vi uma luz vermelha nas suas costas, se eu não fizesse aquilo, você estaria morta agora... - olhei para ele, me levantei mais um pouco e beijei-o.

****************
Tomara que tenham amado. Entrarei em pausa por três meses.

Postarei na volta dois capítulos de uma vez.

Votem e comente, não seja um leitor fantasma.

Bjs pessoal.

Idade para ser o PaiOnde histórias criam vida. Descubra agora