O começo da loucura.

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O tempo passou, além de Emily ser constantemente agredida em sua casa, por Joana, ela ainda era alvo constante de brincadeiras maldosas na escola, as outras pessoas da idade dela não entendiam seu jeito, anti social e suas manias diferentes, além disso Emily era muito mais inteligente que a média.

Aos treze anos Emily acabou encarando sua mãe, depois de chegar em casa e ver a mulher se agarrando com um qualquer na cozinha, ela se revoltou e brigou com Joana, o que resultou em uma castigo, a mulher arrastou Emily pelos cabelos, até o porão da casa, o lugar era completamente escuro e quase não havia circulação de ar, ela trancou a garota lá dentro e quando César chegou, inventou uma história absurda que Emily estava louca e que havia tentando a atacar, chegou a dizer que a própria filha estava endemoninhada, César era muito idiota quando se tratava de Joana, acreditou em tudo.

Emily estava só, quando conseguiu voltar a seu quarto, se agarrou na única coisa que poderia lhe conceder um abraço, um urso de pelúcia, sem vida, sem sentimentos, e que não poderia fazer mal a ela.

Aos quinze anos Emily tomou uma decisão, ela soube sobre seus avós, então fugiu para a casa deles, chegando na grande mansão, Clark e Betânia a receberam ela curiosos sobre a garota, eles procuraram saber mais sobre Emily, após uma rigorosa pesquisa a deixaram viver naquela casa, foi lá que Emily conheceu Jorge, que era uma espécie de aprendiz dos cientistas dos Wyengel, Emily acabou se envolvendo nas pesquisas de seus avós, ela começou a estudar várias matérias da ciência, estava feliz com seus avós, mesmo continuando a maior parte do tempo só ela confiava neles.

Até que quando ela completou dezenove anos, Clark e Betânia precisavam de uma cobaia humana para seus testes não autorizados totalmente ilegais, não podia ser qualquer pessoa usada para isso, mesmo contra a vontade de Emily, eles a trancaram em um laboratório secreto e começaram a fazer testes na própria neta.

- É por um bem maior querida! -dizia Clark pegando uma agulha para sedar a moça.

- Não se preocupe, nós vamos tentar fazer não doer. -Betânia sorria segurando o bisturi, eles pareciam loucos.

Quando enfim deixaram Emily inconsciente, começaram a fazer todos os tipos de testes em seu corpo, desde os órgãos, até o sangue, eles não tiveram dó de testar cada modificação possível no corpo da jovem, é óbvio que eles já tinham feito testes em outros que morreram, porém Emily era o último tipo que eles precisavam. Isso durou uma semana, depois desse período eles deixaram Emily no laboratório, quase sem vida, Clark estava certo que a moça morreria em pouco tempo, já que o último teste teria feito uma alteração muito drástica nas próprias células de Emily e eles não encontraram uma uma fórmula exata para melhorar.

Lá estava ela, em um laboratório, deixada para morrer, por seus próprios avós, sem esperança, mas ao invés de chorar, Emily riu feito louca de sua própria desgraça, ela juntou suas últimas forças, se levantou da cama, foi até uma mesa onde diversas substâncias usadas estavam, pegou seu sangue que escorria da boca, olhou pelo microscópio e se assustou ao ver o que fizeram, mesmo quase perdendo os sentidos, em um ato de desespero para poder viver, Emily usou todo o conhecimento que havia adquirido com seus avós, de forma um pouco precipitada misturou formas alteradas de EPO e GH, com outras substâncias, porém quando estava quase terminando caiu e não conseguia se reerguer, parecia o fim.

- Emily? Oh meu Deus o que houve? -Jorge apareceu no laboratório, ela sabia da existência do lugar, mas não fazia idéia do que os avós de Emily estavam fazendo.

- Jorge... rápido... -ele segurou ela em seus braços. - Preciso que pegue a substância... na mesa e injete na minha veia.

- O que está havendo? Para que isso? -Jorge pegou a substância, mas estava confuso.

- Se não injetar logo... eu nunca vou conseguir te explicar... -mesmo sem entender, ele pegou a substância injetou na veia do braço de Emily.

- Eu vou desmaiar, me leve daqui para longe, não deixe ninguém ver... Não fale com ninguém até eu acordar...

Emily desmaiou, parecia ter morrido, Jorge tinha muita afeição pela moça, não pensou duas vezes em levar ela para um lugar seguro, entrar naquele lugar era fácil, difícil era sair, ele colocou Emily em uma cadeira de rodas e teve a idéia de fugir por um túnel de fuga (que existia para o caso da polícia descobrir o local).

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