Louca?

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  O dia estava amanhecendo, Emily e Victor rodavam pelas ruas, cantando músicas estranhas e sem sentido, até que eles enfim conseguiram chamar o táxi.

- Para onde vão? -perguntou o taxista.

- Para essa merda aqui! -ela entregou um cartão com o endereço, Emily ainda estava bêbada.

- Não liga para a distância, a gente não vai te sequestrar! -Victor não parava de rir e dizer coisas sem sentido, ele parecia que iria desmaiar a qualquer tempo.

- Tú não pode ficar bêbado, né?! Liga não, eu não mato ninguém a algumas semanas! -eles pareciam dois retardados, o taxista se irritou, e acabou os expulsando do carro.

- Seu retardado! Acaba de expulsar a grande Emily Wyengel, desse táxi imundo! -gritou Victor, mas o carro já estava longe.

- Relaxa, podemos comprar um carro para ir embora. -afirmou Emily. 

- O que está acontecendo aqui? -perguntou Jorge aparecendo atrás dos dois é os dando um susto.

- Jorge! Dá uma carona para gente! -pediu Emily pulando no homem.

- Pelo visto bebeu a noite toda... -disse abaixando a cabeça. - Tudo bem eu dou!

- Obrigado! -Victor e Emily agarraram ele.

- Ok, me soltem!!!

  Após ser solto, Jorge levou eles para casa, porém ambos dormiram durante o caminho, chegando na mansão, com a ajuda de Ângelo ele os colocou para dentro.

- Obrigado por os trazer, a senhorita não tem limites com suas festas. -dizia Ângelo os ajeitando no sofá.

- É... A Emily é uma caixinha de surpresas... -Jorge olhava perdidamente para a mulher.

- Tudo bem senhor Machel? -perguntou preocupado com a tristeza presente nos olhos do homem.

- Sim, claro... eu vou embora agora, quando Emily acordar lembre a ela que vai haver uma reunião na sede da empresa.

- Claro, até mais senhor Machel.

  Jorge foi embora, enquanto Emily e Victor passaram a tarde caídos no sofá, Ângelo pensou em os colocar em seus quartos, mas como Emily não gostava que ninguém fosse ao quarto dela, ele achou melhor deixar ambos na sala.

- Ah, minha cabeça! -dizia Victor se levantando. - O que houve? -perguntou para Ângelo que os observava.

- Você saiu com a senhorita, e ela provavelmente lhe fez beber muito, beba isso e a dor vai passar. -ele entregou uma pílula para Victor.

- Obrigado, você é meio estranho, mas é legal.

- Vou desconsiderar esse seu comentário. -no mesmo momento Emily também acordou.

- Uhuu!!! Chegamos em casa. -ela acordou animada como se nada tivesse acontecido.

- Que bom que a senhorita acordou bem, a uma reunião a qual precisa ir. -afirmou Ângelo.

- Só por que eu acordei bem, não significa que você tem que me dar más notícias, Roberto!

- Meu nome é Ângelo senhorita.

- Roberto é melhor, muito mais bonito, agora chame o motorista, creio que essa reunião será interessante! -ela pegou Mihauk, que estava passando pela sala e foi para o quarto.

- Sim senhora, se me permite, gosto do meu nome.

- Ela não é tão ruim, mas as vezes não sei o que estou fazendo aqui. -disse Victor, vendo Emily entrar no quarto misterioso.

- Suas dúvidas e pensamentos, não me interessam, senhor Suzuki. -Ângelo saiu da sala.

- Claro que não, miss simpatia!

  Victor também se retirou do local, correu para tomar um banho, e ficou esperando as ordens de Emily, que desceu para a sala, mas ficou parada olhando para o nada.

- Senhorita... -falou Victor na esperança de que ela voltasse a si.

- Sabe de uma coisa?... -Victor não respondeu, apenas ficou a olhando. - A vida é mais passageira do que imaginamos, tudo parece ter sido tão fácil... mas não foi, e não será! -Emily derrepente parecia ter ficado nervosa, ela pegou um vaso da estante, e arremessou contra a janela, que se quebrou.

- A senhorita está bem? -perguntou Victor com medo dos olhos que lhe encaravam.

- Nunca estive melhor, vamos?

  Essa frase foi dita com tanta tranquilidade, que Victor só conseguiu confirmar com a cabeça, e seguir Emily até o lado de fora, onde os empregados olhavam surpresos para a janela quebrada, mesmo assim ela ignorou todos, entrou no carro e começou a rir. Nesse momento Victor a olhou e pensou:"Não posso acreditar nisso, será que ela é... louca?"

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