Voltou!

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Os dias começaram a se passar, Benjamin crescia rodeado dos olhares atentos de cada pessoa que vivia na mansão Wyengel, exceto de Emily, já que ela vivia resolvendo problemas, comandando a empresa, não sobrava muito tempo para o menino. Enquanto isso Victor guardava para si mesmo a preocupação que sentia com o afastamento de Alex.

Eduardo as vezes sumia da mansão, mas sempre voltava para ver o sobrinho, ou quando ficava entediado. Jorge de empenhava para cuidar do filho, mas acabava de enrolando em conciliar o trabalho no laboratório e a vida de pai.

Diana começou a trabalhar na empresa de seu pai e estava fazendo de tudo, para um dia ser "incrível como minha soberana Emily" sua motivação agora era maior que a timidez que tinha no passado.

Na mansão, Benjamin era constantemente vigiado por Mihauk, que mais parecia a sombra do garoto, mesmo se esforçando, Victor não era muito bom cuidando de crianças, Emily pior ainda.

- Vamos trocar a fralda do Benjamin! -dizia Victor fazendo voz de criança e carregando o menino para o quarto, quando entrou no corredor Emily estava passando segurando uma pistola. - Ah!

- Que foi? viu uma assombração? -perguntou Emily, enquanto Victor cobria os olhos da criança.

- Ficou louca de andar armada pela casa? Benjamin não precisa ver armas e muito menos corpos de gente morta.

- Ele é um Wyengel, cedo ou tarde, vai ver armas e gente morta. -ela saiu andando.

- Onde vai?

- A ex do Carlos me forneceu informações úteis, porém eu não sou burra, sei que ela está fazendo jogo duplo, mas vou acabar com isso hoje.

- Vai matar a moça? -perguntou tapando os ouvidos do bebê.

- Não sei, depende da sorte dela! --afirmou dando seu sorriso malvado e indo embora.

- Benjamin, espero que você seja pelo menos um pouco mais ajuizado que sua mãe.

Enquanto Benjamin crescia, ele se mostrava uma criança muito inteligente e alegre, os anos se passaram e logo ele estava correndo pelo jardim da mansão, irritando o coitado do Mihauk que agora estava velho e gordo.

- Mihauk!!! -gritava o menino de cinco anos, correndo no jardim a procura do gato, até que esbarrou em um homem loiro, magro, que usava uma blusa larga cinza e calça preta. - Desculpe...

- Tudo bem, você deve ser o pequeno Benjamin... -ele ajoelhou e deu um beijo na testa do menino. - Seus olhos continuam maravilhosamente lindos!

- Obrigado! -disse sorrindo. -Quem é você?

- Sou Alex, conheci você quando ainda estava na barriga da sua mãe.

- Acho que já ouvi o tio Victor falando de você. -Alex pegou o menino no colo.

- Que tal me levar para dentro, assim conto melhor quem sou.

- Certo! -Alex foi com Benjamin no colo até a sala, onde Emily tentava abrir uma garrafa de vinho.

- Saudades? -Quando Alex disse isso, Emily pegou a garrafa e jogou na direção dele, que desviou.

- É o Alex! -afirmou ela sorrindo e indo até ele. - Como mudou! -Emily o olhou de cima a baixo, Alex estava mais alto e sua face mais adulta.

- Eu só amadureci um pouco, você também mudou, mamã... - antes que ele terminar de falar, Emily deu um soco na cara dele o fazendo ir para trás e soltar Benjamim.

- Você demorou demais para voltar! -Benjamim observava a cena sem muito espanto, como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo.

- Alex, é você?! -perguntou Jorge vindo da cozinha. - Nem parece o mesmo! -afirmou abraçando o rapaz. - Vou avisar os outros.

- Todos ainda moram aqui?

- Sim, mas as vezes vão embora, porém sempre voltam.

Emily e Alex se sentaram na sala, ele começou a contar o que fez durante o tempo que esteve fora e de como ele aprendeu a controlar melhor seu lado maldoso, Emily também contou sobre as coisas que se passaram, quase uma hora depois, Victor veio correndo, Alex abriu os braços para o abraçar, mas ao invés disso, levou outro soco.

- Esse é o dia de espancar o Alex? -perguntou o rapaz passando a mão no rosto.

- Onde esteve esse tempo todo?! -Victor o encarou sério como nunca esteve antes.

- Rússia e Japão.

- Fazendo o que?!!! -Emily começou a rir da forma que Victor levantou as mãos enquanto gritava.

- Me curando de uma doença, virei escravo sexual de um mafioso na Rússia, matei ele, depois fui para o Japão, onde aprendi mais sobre a sua cultura.

- Juro que se tivesse uma arma lhe matava.

- Por que o tio Victor está tão bravo? -perguntou Benjamim para Emily.

- É que ele comia o...

- Emily não diga isso para seu filho!!! -gritou Victor a interrompendo.

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