Sentindo os efeitos.

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- Que loucura o que vocês fizeram ontem, poderiam ter morrido. -afirmava Jorge na manhã seguinte para Eduardo.

- Verdade, nem sei como não morremos, mas foi divertido!

- Foi excitante! nunca me senti tão viva atingindo aquele marginal. -dizia Diana tentando descobrir de onde tirou coragem.
- Emily, o Alex está bem? o braço dele sangrou bastante? -perguntou Jorge assim que ela entrou.

- Sim, está sobre os cuidados de Victor. -disse com um sorriso malicioso, Eduardo e Jorge ficaram instantaneamente com cara de confusos.

- Então tá!

  Ângelo pagou algumas pessoas e todo mundo pensou que foi a polícia que pegou os ladrões, depois tudo ficou quase normal. Um mês se passou, Emily começou a dar sinais de sua gravidez e das consequências de não desistir da criança, ela começou a vomitar sangue sem parar e sentir algumas dores sem reclamar, Alex começou a trabalhar em uma forma de amenizar esses sintomas sem atingir bebê.
 
   Em uma tarde fria, Emily estava na biblioteca, quando Eduardo bateu na porta e entrou.

- Olá...

- Boa tarde Eduardo, algum problema? -perguntou Emily largando o livro que segurava e voltando sua atenção para o homem.

- Sim... -ele se sentou no sofá onde ela estava, depois colocou a cabeça no colo de sua irmã. - Tem certeza do que está fazendo?

- Como assim?

- Você está ficando cada dia mais fraca por causa da gravidez, daqui a pouco não vai mais nem conseguir andar!

- Sei disso, não gosto da idéia de ter um filho... mas fiz uma promessa a mim mesma quando morava com a Joana e o papai.

- Que promessa? -Emily parou um instante.

- Que nunca faria mal a uma criança, não vou descumprir minhas promessas Edu. -ele se levantou e olhou no fundo dos olhos dela.

- Você é a pessoa que mais admiro, vai se arriscar por alguém que nem conhece, nesse caso vou ficar para te proteger e ajudar, essa será a primeira grande coisa que farei na minha nova vida! -Eduardo abraçou Emily.

- Quer dizer que o senhor pretendia ir embora?!

- Estou curado e não gosto de casas grandes como essa!

- Você não tem jeito! -Victor bateu na porta que estava meio aberta. - Entre!

- Boa tarde Emily e Eduardo, vim ver se precisa de algo... atrapalho?

- Não! -disse Emily sorrindo, Victor se aproximou e sentou do outro lado do sofá.

- Acha que é menino ou menina? -perguntou fixando os olhos na barriga, que ainda não aparecia.

- Isso não importa, sendo forte e corajoso, já é o bastante.

- Precisa escolher o nome do meu sobrinho!

- Já escolhi! se chamará Verdesmar e se for menina Verdesmara! -afirmou Emily sorrindo e dando destaque aos nomes.

- Quer traumatizar a criança? -perguntou Victor. - Coloque algo que os colegas de escola dele não usem de piada!

- Ah! isso é muito complicado, prefiro escolher quando ver a cara!

- Tadinho do meu sobrinho!

   Eduardo se levantou rindo, depois saiu, Emily e Victor ficaram discutindo sobre o nome, mas ela sempre tinha idéias que transformariam a criança mais perfeita em piada.

  Dois meses se passaram, apesar de enfraquecer mais a cada dia, Emily insistia em manter suas atividades comuns, obviamente fazendo de tudo para disfarçar o bebê em seu ventre. Com cinco meses e meio de gravidez, Emily decidiu que era a hora de se isolar, antes que alguém descobrisse, sua fraqueza e palidez eram notórios, Alex conseguiu alguns compostos menos agressivos, mesmo assim não fariam o mesmo efeito que o EPO e GH que Emily havia alterado várias vezes até chegar ao ponto certo de manter seu organismo funcionando.

  Deitada em um quarto que Emily preparou para ficar durante aquele período, ela ouvia uma música animada alta enquanto jogava um jogo violento, todos os outros moradores da mansão foram ficar com ela naquela tarde.

- O que fazem aqui?! -perguntou ela assim que eles entraram.

- A casa fica muito chata sem você gritando, quebrando coisas e espancando pessoas desconhecidas! -afirmou Alex deitando na cama que ela estava.

- Vão continuar no tédio, parte do meu corpo está quase morto e a outra parte mal se mexe.

- Não foi só para isso que viemos Alex! também vamos fazer o primeiro ultrasom do bebê! -disse Jorge se aproximando dela.

- Não quero saber o sexo e não vou sair desse quarto!

- Por isso trouxemos tudo até aqui! -Victor pegou as coisas que estavam do lado de fora com Eduardo e colocou ao lado dela. - Pronta para ver seu filho, mamãe?!

- Não! e o próximo que me chamar de mamãe vai ganhar uma cicatriz linda no rosto!

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