Ele não será o herdeiro.

31 7 0
                                    

Victor gritava com Alex feito louco, Emily assistia a cena tentando explicar para Benjamin o que aconteceu entre os dois, sem acabar com o psicológico do garoto.

- Que doença? você poderia ter se tratado aqui! -Victor continuou com os gritos.

- Tive câncer e não queria ser visto careca.

- Mas e depois?!

- Já disse virei escravo sexual de um mafioso, depois de matar o braço direito dele.

- E como fugiu?!

- Matei ele.

- E depois?!!!

- Queria aprender sua cultura para lhe agradar, então passei um tempo no Japão.

- Não aguento mais essa gritaria!!! -Emily se pôs entre eles. - O Alex viveu uma aventura sozinho, agora eu quero saber e tenho todo o direito... -ela sorriu. - Vocês vão voltar a se encontrar escondido?

- Não!!! -Victor saiu da sala.

- Ele volta para mim em uma semana! -Alex se sentou ao lado de Benjamin abraçando o garoto. - O que acha?

- Que o tio Victor sempre grita com as pessoas que ele gosta. -disse o garoto fazendo carinho na cabeça de Alex.

- Gostei desse garoto Emily, valeu a pena levar tiros por ele.

- Aliás... -Benjamin tirou um papel do bolso. - A professora disse que quer conversar com meu responsável.

- O que aprontou? -perguntou a mulher pegando o papel.

- Nada demais... ordenei que um garoto pegasse meu lanche, como ele recusou, fiz ele se ajoelhar e chutei a cara dele. -Alex começou a rir.

- Ele está te imitando Emily.

- Cale a boca Alex, o Jorge não pode saber disso, eu vou falar com a sua professora, não conte a mais ninguém...

- Emily! -disse a voz de Jorge vindo da cozinha.

- Ferrou! -Emily sentiu um ligeiro arrepio.

- Eu ouvi tudo, quantas vezes já disse para não agir feito uma doida perto do Benjamin! -Jorge cruzou os braços enquanto andava até ela. - Vocês dois saiam da sala! -Alex saiu com Benjamin.
- Eu evito, mas as vezes ele aparece do nada, esse menino tem potencial para virar um espião!

- Se isso se repetir, vou ir embora com ele dessa mansão!

- Não pode tirar o Benjamin de mim, ou eu te mato!

- Tudo para você se resolve com morte?!

- Não, com tortura também. -Jorge revirou os olhos.

- É sério, nosso filho está agindo como um rei impiedoso na escola, daqui a pouco vai estar igual ou pior do que você!

- Ok, já sei o que vou fazer.

- E o que é?

- Vou ter uma conversa com o Benjamin, explicar que ele não é o soberano... -Jorge concordava. - E o mandar para um internato...

- Não!

- E o que quer que eu fassa?

- Só converse com ele, deixe que eu cuido do castigo, ok?

- Mas eu sou melhor em inventar castigos! -reclamou cruzando os braços.

- Ele é uma criança e não um inimigo!!!

- Ok, estou indo!

Emily encontrou Benjamin com Alex na cozinha, comendo um lanche, o menino se deu bem com o rapaz de uma forma inesperada.

- Benjamin! -falou com a voz firme e forte. - Preciso ter uma conversa com você!

- Mas o Alex preparou um sanduíche para mim.

- Não importa, venha logo!

O garoto começou a seguir Emily pela mansão, até que eles chegaram no salão onde ficava a poltrona dela e onde geralmente cometia seus atos de vingança.

- Benjamin, você não é um garoto qualquer, por vários motivos, primeiro por que tem o nome dos Wyengels, segundo você tem uma missão, que é tirar nossa família do poder! -Emily sentou na poltrona.

- Como assim? -Benjamin estava confuso com aquela conversa.

- Os Wyengels são pessoas terríveis, quando eu morrer nem você e nenhum Wyengel vão herdar a fortuna que eu herdei, então trate de começar a agir como uma pessoa comum, ou vai passar fome depois da minha morte!

- Quer dizer que vai me deixar desamparado?

- Ainda bem que você entendeu rápido, Benjamin, nossos antepassados, começaram a criar medicamentos, para salvar vidas, não para enriquecer e matar pessoas a custo disso, por isso você não será meu herdeiro, então nunca mais tente agir parecido comigo, pois pessoas como eu morrem cedo quando ficam sem dinheiro e poder.

- Mas então quem vai ser o herdeiro?

- Na hora certa você irá saber, mas prometa que nunca mais vai bater em algum colega de classe, ou tratar eles como escravos, ou ensinar como matar pessoas! -o menino abaixou a cabeça.

- Mas eu ainda vou poder beijar meus amigos?

- Você pode beijar quem você quiser querido!

- Então eu prometo!

Palavras vulgares.Onde histórias criam vida. Descubra agora