Morrer.

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  A professora queria conversar com os responsáveis de Benjamin, apenas Emily e Jorge planejavam ir, mas no dia todos, inclusive Mihauk e Ângelo foram até a escola. A senhorita estava sentada na sala corrigindo as provas dos alunos e digitando no computador, quando a porta bateu.

- Pode entrar. -uma mulher loira de olhos claros, usando sobretudo preto, botas até metade da coxa, uma blusa justa e calça entrou, seguida de um homem de terno marrom, óculos, cabelos claros, uma outra mulher de cabelo rosa e longo, vestido rodado preto e salto, logo depois um asiático de aparência comum e que tinha um homem loiro grudado em seus ombros, usando blusão, saia e tênis, um homem de terno preto, de cabelos brancos e segurando um belo gato preto, por fim um musculoso de regata e calças largas. - Quem são vocês?

- Eu sou Emily Wyengel, este é Jorge Machel, aquela é Diana Lael, o asiático mal humorado é o Victor Suzuki, o loiro agarrado nele é Alex Bullal, aquele é nosso mordomo... Ângelo, o gato é o Mihauk e o bombado bonitão é meu irmão Eduardo Wyengel! -a professora os encarou com espanto.

- Sugiro que sejam a família de Benjamin, certo?

- Sim, somos a família do garoto! -afirmou Diana.

- Mas eu só queria conversar com os responsáveis do Benjamin.

- Só que ele convive com todos nós, como a Emily provavelmente não vai lhe dar muita atenção, decidimos vir todos nós. -disse Victor tentando afastar Alex.

- Tudo bem... bem, o Benjamin tem apresentado um comportamento muito agressivo, possessivo e até mesmo perverso...

- Como assim? meu sobrinho é um doce! -Eduardo interrompeu a mulher.

- As vezes ele realmente é, mas só quando está distribuindo beijos, nas meninas e nos meninos que as vezes ficam bravos, quando isso acontece o Benjamin os bate e trata com seus brinquedos, enfim, quero saber se esse comportamento está ligado aos exemplos de casa. -todos encararam Emily. - Se ele persistir em agir assim, vou chamar o conselho tutelar.

- Claro que isso não vem de casa, somos pessoas comuns que tem uma convivência saudável uns com os outros! -afirmou Emily sorrindo.

- Desculpe, mas me recuso a acreditar... nos desenhos de Benjamin ele as vezes coloca coisas do dia a dia dele. -ela pegou alguns papéis. - Neste tem uma mulher de cabelo loiro, pisando na cabeça de um homem, enquanto outro atrás grita desesperado. -a professora mostrou o desenho. - Espero que essa não seja você senhorita Wyengel.

- Ah, claro que sou eu!

- Emily!!! -gritou Jorge após ela admitir isso.

- Neste outro uma mulher de cabelo cabelo rosa tenta agarrar a loira, enquanto um homem a tenta impedir. -estava claro que era Emily, Diana e Jorge.

- Ele acertou o tom da cor do meu cabelo! -comentou Diana aplaudindo o desenho.

- Neste outro um mordomo entregando uma faca para a mulher de cabelo loiro, com um gato preto ao lado e um homem com muitos músculos segurando um mascarado. -Benjamin desenhava muito bem apesar da idade. - Nesse um rapaz loiro tenta agarrar um homem de olhos puxados.

- Viu Victor, o Benjamin, torce por nós! -disse Alex, Jorge já estava quase louco com aquilo.

- Nesse último... ele colocou todos vocês ao lado dele, de mãos dadas e um coração atrás, neste dia pedi para os alunos desenharem as coisas que mais amavam... -eles pararam e parecia comovidos. - Não vou pedir uma investigação contra vocês, por que Benjamin parece amar muito você e também conheço o poder dos Wyengels, mas se não cuidarem dele como uma criança de verdade, não vou ter medo.

- Não se preocupe, vamos fazer o melhor possível! -afirmou Emily se levantando.

- Assim espero!

  Todos se levantaram e saíram da sala, Benjamin esperava na porta, com medo de receber bronca.

- Sabe de uma coisa... -Emily foi até o garoto e apertou as bochechas dele. - Você é um ótimo filho, nunca pensei dizer isso a alguém, mas eu te amo Benjamin, não só pelo fato de ter saído da minha barriga, mas pela criança adorável que você é!

- Também te amo mamãe! -Benjamim pulou nos braços dela e a abraçou.

- Que coisa mais rara, Emily Wyengel mostrando seus sentimentos! -afirmou Victor.

- E digo mais, vocês também são importantes para mim! -eles a encararam confusos.

- Quando você fala assim é por que vai aprontar algo, o que vai acontecer senhorita Emily Wyengel? -perguntou Jorge como se todos estivessem preparados para a seguir até o fim.

- Eu vou morrer.

- Que?!!! -perguntaram todos em coro.

- Percebi que minhas injeções não estão mais funcionando, é inevitável que até o fim do ano eu morra por causa da parada de algum órgão vital.

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