Os vovôs.

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Emily disse a Alicia as informações que queria sobre um comprador das empresas Wyengel.

- Vai ser fácil, trago as informações em uma semana! -disse Alicia anotando tudo em uma caderneta que tirou de dentro do sutiã.

- Agora me dê uma informação básica, isso é silicone ou tem mais cadernetas aí dentro?

- Nenhum dos dois, tenho uma genética boa, é só isso?

- Sim, pode ir embora, só volte com as informações que pedi!

- Sim, senhorita Wyengel.

A mulher saiu da sala, Emily não confiava na história que ela lhe contou, mas decidiu ver até onde Alicia iria. Ao voltar para a mansão Emily se sentou no sofá e lá ficou, até Ângelo aparecer.

- A senhorita tem visitas aguardando no portão.

- Nomes?

- Elisabeth, Joana e César Wyengel. -Emily pulou do sofá.

- O que eles fazem aqui?

- Só vai saber se os deixar entrar.

- Pois bem, deixe a criança, meu pai lerdo, a ratazana da minha mãe entrar. -Ângelo foi os receber no portão, Emily ficou sentado no sofá, eles entraram.

- Boa noite filha! -disse Joana entrando cheia de sacolas, com César atrás de mãos dadas a Elisabeth.

- Oi irmã! -comprimento a garotinha sorridente.

- O que fazem aqui? -perguntou Emily encarando Joana.

- Não é óbvio, viemos ver nosso neto! -afirmou a mulher sorrindo.

- Que neto?!

- Seu filho Emily! onde está o pequeno? -perguntou César olhando ao redor.

- Como sabem do Benjamin Hauk Bullal Machel de Wyengel?

- Carlos contou antes de morrer, ele falou que você não queria ser incomodada durante a gravidez, então viemos só agora. -Emily pensou:"Esse desgraçado me perturba até depois de morto!"

- O bebê deve estar com a babá, ou com o Jorge, eu mando fotos depois.

- Deixa de ser chata Emily, só queremos ver o bebê e depois vamos embora, a Elisabeth insistiu tanto!

Após a irritante insistência de Joana, Emily achou melhor mostrar logo a criança, eles foram até o quarto do bebê, Eduardo, Jorge e Victor estavam lá, olhando a criança.

- Meu Deus três homens cuidando de um bebê! -comentou Joana encarando eles como se aquilo fosse um absurdo.

- O que eles estão fazendo aqui Emily?! -perguntou Eduardo fechando a cara.

- Não me pergunte! -Eduardo saiu do quarto.

- É assim que recebe sua família Eduardo?! -perguntou Joana enquanto ele passava por ela.

- Vocês não são minha família, as pessoas dessa casa são!

- Por que Emily e Eduardo parecem não gostar da mamãe? -perguntou Elisabeth para César.

- São algumas coisas do passado querida. -respondeu o homem passando a mão na cabeça da menina.

- Acredite Elisabeth, se tivesse nascido no nosso lugar, também a odiaria! -Emily foi até o berço e pegou Benjamin. - Pronto, aqui está o bebê, já viram!

- Oh meu Deus que lindo!... o que é isso no olho dele? -Joana se aproximou sorrindo para a criança.

- Ele nasceu com heterocromia, mas enxerga normalmente. -explicou Emily.

- Eu já sou titia! posso pegar? -Elisabeth estendeu os braços, devagar Emily colocou o bebê no colo dela.

- Não fassa isso Emily, Elisabeth pode o derrubar! -Joana tentou tirar o bebê dos braços de Elisabeth, mas Emily impediu.

- Confio mais nela do que em você!

Eles ficaram mais alguns minutos no quarto, porém Emily só deixou Elisabeth pegar o bebê, depois Ângelo os acompanhou até a saída.

- Sua mãe não parece a bruxa que vocês descrevem. -disse Victor assim que Eduardo voltou para o quarto, ele e Emily riram.

- Só nas aparências, aposto que esse teatro que ela está armando tem algum propósito maligno! -afirmou Eduardo. - Aquela mulher não me deixava em paz quando eu era mais novo, queria que fosse o próximo herdeiro, mas nunca quis isso.

- Entendo...

- Victor, precisa aprender que as aparências nos enganam... Estou preocupada com algo agora. -Emily foi até o berço de Benjamin onde ele estava. - Se Carlos contou para todos sobre essa criança antes de morrer, quer dizer que ele corre risco de vida, afinal todos vão pensar que vou deixar meus bens para essa criança, vou ter que o vigiar o tempo todo!

- Tem razão, da nossa família se espera tudo.

Emily sabia que Joana e algum dos Wyengel poderia tentar algo, cedo ou tarde, então qualquer medida que ela tomasse seria aceitável para não arriscar a vida do pequeno Benjamin.

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