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Alec

Procuro a chave do meu carro, então lembro que deixei o mesmo no hospital, merda! Quando seguro a maçaneta da porta para abri-la, alguém a abre por fora e entra esbarrando em mim logo em seguida. Era Alice, a melhor amiga da minha irmã, uma garota com belas curvas, porém vulgar e fresca.

- Bom dia, você vai sair? - assinto tentando passar por ela mas a mesma entra em meu caminho com um sorriso - Pra onde esta indo? Quer uma carona?

- Obrigado, mas passo! - dou um sorriso forçado para não ser grosseiro.

- Você não quer entrar e ir para o seu quarto? Quem sabe assistir um filme? - morde seus lábios tentando ser sexy, mas só consegue me deixar enojado.

- Alice, eu e você não temos absolutamente nada, foram só algumas noites.

- Vamos lá, Alec! Não se faça de difícil, você sempre me procura no final - se encosta em meu peitoral.

- Você foi apenas uma das milhares que já tive. Não se ache especial por eu te usar quando quero me divertir. - tiro suas mãos de mim. Eu realmente não quis ser ignorante e nem agir como um babaca, mas as vezes algumas pessoas imploram de joelhos por isso. Ela me olha incrédula, segurando as lágrimas de raiva enquanto eu passo por ela e fecho a porta assim que atravesso a mesma. Não demora muito para que eu escute um grito acompanhado por um barulho de algo sendo quebrado. Minha mãe vai querer come-la viva quando ver dois vasos quebrados, embora tenha sido eu a quebrar um deles.

Pego um ônibus para chegar mais rápido no hospital, estava ansioso para ter certeza do nome da garota de cabelo rosa. Seria ela a Júpiter de quem eles tinham tanto ódio? Não fico impressionado por o Nicolas e a April não gostarem dela, afinal só gostam de alguém quando a pessoa tem algo a oferecer, como popularidade.

Júpiter

Informei a minha mãe que iria no hospital ver a Emily e ela concordou. Peguei um ônibus e em poucos minutos já estava atravessando a avenida para entrar no local. Passo por alguns pacientes, enfermeiras e médicos até chegar no quarto da Emily. Bato levemente na porta e entro logo após, ela estava com o rosto inchado significando que ela acabara de acordar.

- Bom dia pequena Bela.

- Olá Juju - um sorriso surge acompanhando sua doce voz.

- Como você esta? - sento ao seu lado na cama.

- Como sempre. - desvia o olhar - Aquela enfermeira, com quem você gritou ontem, agora me trata como a primeira dama - solta uma gargalhada - terminei de ler o livro que você trouxe - se estica para pegar o livro na mesinha ao seu lado e depois me entrega o mesmo.

- Gostou? - ela assente - Terminei de ver os últimos episódios daquela série... - acabo narrando todos os episódios para ela que escuta atentamente.

- Queria poder assistir - cruza os braços aborrecida.

- Acho que posso cuidar disso, mas terá que ser nosso segredinho. Caso contrário, serei proibida de visitá-la.

- Qual é a ideia?

- Surpresa - ela me encara com uma das sobrancelhas arqueadas - e nem me olhe assim - ela bufa, exatamente como eu. Olho para o relógio e então penso no Alec, será que ele já está por aqui?

- Vou resolver algo e passo por aqui antes de ir embora - me levanto de sua cama.

- Você está namorando algum enfermeiro? - sua pergunta me faz a olhar incrédula. Apesar de nova e pequena, Emily é bem esperta e avançada para sua idade.

- De onde tirou essa ideia maluca?

- Desde sexta-feira você vem com essa de resolver alguma coisa e depois vem se despedir de mim com um sorriso. Ontem você demorou mais do que sexta, ou seja, é um namorado. - acompanho seu raciocínio o que me faz rir.

- Não se preocupe, não tenho nenhum namorado - reviro os olhos enquanto saio de seu quarto. Eu namorando? Que ideia maluca.

Minha Querida JúpiterOnde histórias criam vida. Descubra agora