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Os meses passaram voando e, logo, estávamos comemorando o ano novo.

Durante esse tempo nada mudou muito, com algumas exceções, como por exemplo, a April parou de implicar conosco já que seu pai a mandou morar com a sua tia em outro estado. Eu e o Alec, por outro lado, estamos cada vez mais unidos. Raramente brigamos e quando isso acontece é por um motivo bobo, como um comer a comida do outro ou dormir no meio de uma ligação. Louisa e Felipe finalmente assumiram os sentimentos que nutrem um pelo outro, eles estão em uma relação sem compromisso por enquanto. Algo de inusitado que aconteceu nesse tempo foi o destino juntar Atenas e Nicolas depois de terem se encontrado em uma festa, eles perceberam que tinham mais coisas em comum do que imaginavam e passaram a conversar, hoje eles namoram.

As carreiras profissionais também começaram a dar certo. Louisa conseguiu uma vaga em uma ótima faculdade de artes cênicas, porém ela pretende continuar sua carreira como Youtuber. A Atena, após ganhar o campeonato nacional, foi chamada para a seleção de futebol do nosso país e ganhou uma bolsa para estudar Educação Física. Nicolas, por sua vez, não conseguiu entrar em nenhuma faculdade por causa de suas notas baixíssimas, o que seria um problema se não fosse pela empresa do seu pai que lhe contratou. A Alice reprovou. O Alec, diferente de todos nós, não se inscreveu em nenhuma faculdade e quando eu lhe questionei sobre isso, ele respondeu que planejava passar o ano descansando. E eu confesso estar aflita em relação a Juilliard, pois a maioria dos concorrentes já receberam suas cartas de aprovação e a minha não chegou. Então acabei me convencendo de que eu não passei.

É, talvez muita coisa tenha mudado.

(...)

Eu estava bastante ocupada, assistindo o último episódio da minha série favorita, quando meu celular começou a vibrar sem parar ao meu lado. Pausei a série para atendê-lo.

- Não é por eu te amar que eu não vou me irritar quando você interromper a minha série - reclamo.

- Ogra! - a voz do Alec diz do outro lado - Vem aqui no hospital, por favor - ele pede.

- Não, Alec, é o último episódio - explico.

- Você vai me trocar pela série? - pergunta incrédulo.

- A série está há sete anos na minha vida e você há um - brinco.

- Não acredito no que estou ouvindo - ele diz espantado - Vou me jogar desse muro, está duvidando? Okay, Júpiter Peterson, me entregarei a morte. Adeus! - ele diz com a voz melosa e eu gargalho.

- Deixe de ser tão dramático - reviro os olhos - chego em dez minutos - aviso, antes de desligar.

Olho com pena para o meu computador e abaixo sua tela, triste por não terminar o episódio. Me levanto da cama e trato de tomar um banho, eu ainda estava de pijama desde a hora que acordei.

Depois de pronta, desço as escadas que me levam direto à sala, onde minha mãe está jogada no sofá assistindo sua novela favorita.

- Vou ao hospital me encontrar com o Alec, tudo bem? - pergunto, pegando a chave de casa em cima do balcão da cozinha.

- Tudo bem, filha, só não chegue tão tarde. Já está escurecendo. - ela diz sem tirar os olhos da TV.

Abro a porta de casa e fecho a mesma assim que passo por ela. Vejo algumas cartas deixadas na curta varanda, passo os olhos por todas e quando não encontro a que desejava, suspiro.

Pare de se iludir, você não foi boa o suficiente.

Vou para o ponto de ônibus.

(...)

Chego no hospital e vou direto para a varanda, percebo que a escada de emergência está escura. O que é estranho já que neste horário ligam os refletores. Abro as portas de vidro e me assusto ao encontrar o local iluminado por velas espalhadas por todos os cantos. O chão coberto por pétalas de rosas vermelhas e brancas. O muro, por sua vez, está decorado de fotos minhas e do Alec. Perto do mesmo está uma pequena caixa, transformada em mesa, porque sobre ela tem algumas comidas, pratos, taças e uma garrafa de vinho. O tapete foi coberto por um lençol cor de vinho e, em cima dele, foram espalhadas alguns travesseiros da mesma tonalidade.

- Surpresa - a pessoa responsável por tudo isso, sussurra em meu ouvido. Me viro para encarar seus olhos castanhos e sou recepcionada por um lindo sorriso.

- O senhor está tão romântico - brinco, rodeando seu pescoço com meus braços.

- Só tem isso a dizer? - ele pergunta ansioso, pondo os braços ao redor de minha cintura.

- Não - finjo estar pensativa - também tenho que confessar que tenho o melhor namorado do mundo que faz coisas incríveis e imprevisíveis. Olha só isso daqui, com certeza minhas amigas têm um dedo nessa decoração, mas sei que a ideia partiu de você - digo olhando ao nosso redor. Ele sorri e me beija.

- Tive essa ideia para comemorarmos seu último fim de semana comigo - ele diz misterioso, se afastando.

- Você vai viajar? - pergunto confusa.

- Eu não, mas você vai - ele tira um envelope guardado em seu bolso. O pego e quando leio o remetente, sinto meu coração parar. Abro a carta com rapidez e leio o que havia escrito com os olhos marejados. Quando termino, encaro o Alec que tem uma câmera em mãos filmando minha reação. Grito e começo a pular.

- Meu Deus, eu não acredito - olho incrédulo para ele Eu entrei na Juilliard, Alec - grito ainda mais e ele gargalha - por que não me contou?

- Queria fazer uma surpresa - ele diz e desliga a câmera, coçando a nuca.

- E conseguiu - o puxo pelo pescoço e lhe beijo.

- Vem, vamos comemorar à luz de velas - ele segura minha mão e me conduz até a mesa improvisada, sentando no chão. Sento do lado oposto ao seu. A comida é pizza. Não qualquer pizza, mas a minha preferida: pizza de frango com catupiry. O vinho, na verdade, é simbólico já que a garrafa está preenchida de refrigerante.

Comemos, rimos com piadas sem graças e lembramos nosso último ano juntos.

(...)

Acabamos nos deitando no tapete entre uma conversa e outra. Ele me falou algo estúpido que me fez gargalhar, ele me analisou por um tempo e me beijou. O seu beijo era delicado, mas havia um desejo notável. Alec ajustou seu corpo sobre o meu e parou, com medo de algo. O encarei e percebi o pedido em seus olhos.

- Eu confio em você - disse, o puxando para um beijo caloroso. Suas mãos lentamente percorreram todo o meu corpo e quando encontraram a barra de minha camisa, a puxaram para cima, me despindo.

A cada toque seu, meu corpo respondia com arrepios. Seus beijos distribuídos por todo o meu corpo, agora nu, me faziam pensar estar em outro planeta. Nada mais importava, eu era dele e ele era meu.

- Você é a coisa mais linda que eu vi em toda a minha vida - sussurrou em meu ouvido enquanto beijava o meu pescoço.

E foi assim que eu me entreguei de corpo e alma para o meu maior e, talvez, único amor, Alec Carter.

******
O próximo capítulo será o último, Okay? Comentem bastante nesse.

A primeira vez de JALEC e eu tô OWNSOWMSOWNA

A primeira vez de JALEC e eu tô OWNSOWMSOWNA

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Minha Querida JúpiterOnde histórias criam vida. Descubra agora