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Começo a me arrumar já que estava de pijama. Penteio meu cabelo e rio sozinha ao lembrar das reações alheias quando se deparam com a cor do mesmo. Desço as escadas de madeira e vejo minha mãe assistindo algo na televisão.

- Vai sair? - pergunta sem desgrudar os olhos do programa.

- Vou para o hospital - digo já fechando a porta. Eu não menti, afinal, eu não disse o que iria fazer no hospital.
Pego o primeiro ônibus que tem o destino para o hospital e em alguns minutos desço na parada em frente ao local. Caminho nervosa pelos corredores extensos que me levam até a varanda do mesmo. Respiro fundo quando vejo a porta de vidro, Alec já está presente e anda de um lado para o outro, concluo que está tão nervoso quanto eu. Abro as portas e vou até ele. Alec parece surpreso em me ver. Ele se escora no muro em sua frente e eu aguardo sua explicação.

- Primeiro, peço desculpas - vira o rosto para observar a avenida.

- Por o quê? Por ter agido que nem um idiota? - cruzo os braços.

- Eu tive meus motivos, Júpiter. - rebate em um tom sério.

- Sério? Quais? A sua reputação? Deixa eu adivinhar, você não poderia ser visto comigo porque eu não sou popular? Me explica Alec. Porque eu, sinceramente, não entendo. Você queria ter uma amizade secreta comigo? - elevo meu tom, estou muito irritada.

- Eu não fiz isso por causa da minha reputação. Eu fiz isso por causa de você, droga! - devolve no mesmo tom e o olho confusa.

- Como assim por causa de mim? - pergunto, dessa vez com a voz mansa.

- Por acaso, você sabe o que o povo fala de alguma menina que anda comigo? Se quer saber, eu não me importei em nenhum momento com a merda da minha popularidade. Só me importei com o que iam falar ou inventar sobre você e como você se sentiria em relação à tudo isso. - explica olhando diretamente em meus olhos.

- Isso não faz diferença na minha vida, já fui chamada de tudo que se possa imaginar. - rebato.

- Eu te ignorei não só por isso, mas pelo fato de estar ao lado de Nicolas e April. Eu conheço os dois e sei que fariam coisas piores do que já fazem contigo. - ignora o meu argumento - Você não tem ideia do quanto eu quis retribuir o teu sorriso e falar contigo - finaliza com a voz fraca.

Minha Querida JúpiterOnde histórias criam vida. Descubra agora