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A campainha é tocada novamente, olho para minha mãe, confusa.

-, convidou mais alguém? - pergunto para ela que apenas dá de ombros e pede para que eu atenda a porta. Quando a atendo, levo um susto ao ver a Emily em uma cadeira de rodas com o Dr. Fernando. Atrás dele, tem uma pessoa que eu não esperava ver novamente, Felipe. Dou um grito com os olhos marejados, o que faz os três rirem e o pessoal aparecer ao meu lado assustados.

- Vocês estão tentando me matar? - ponho a mão na cintura e todos me encaram - porque está funcionando - sorrio e abraço a pequena Emily.

- Eu sempre soube que seria uma grande pianista.

- Muito obrigada, pequena - agradeço e cumprimento o Dr. responsável pela ideia de trazer a Emily. Ele explicou que apesar de seu estado, não faria mal ela almoçar com sua família. Eu suspeitava que poderia ser o seu último almoço em casa. Finalmente, olho para o Felipe que ainda está calado, mas com um grande sorriso no rosto.

- Felipe! - pulo em seus braços e ele me carrega para dentro de casa, como um pai carrega a filha. Então, ele me solta.

- Pensei que nunca mais fosse te ver, seu idiota - confesso batendo em seu ombro.

- Estava curtindo minha última semana de férias quando tia Dianna ligou e fez o convite. Peguei o primeiro voo para cá, e parabéns! Futura estudante da Julliard. - me abraça novamente, olho para minha mãe que estava com seu celular a tirar fotos.

- Agora vamos todos comer, antes que a comida esfrie - diz animada. Doutor Fernando se despede e diz que voltaria assim que ligássemos, para buscar a Emily.

- Insisto que o senhor almoce com a gente - digo, impedindo ele de sair. Ele rejeita, mas insisto novamente e ele acaba por aceitar. Vamos todos para mesa, cada um escolhe seu lugar. Conversamos todos animadamente, menos o Alec que parecia desconfortável.

- Seu namorado? - Felipe pergunta, fazendo as meninas e o Alec prestarem atenção em nossa conversa.

- Não, meu melhor amigo - sorrio - Esqueci de apresentar vocês. Felipe, este é Alec. Alec, este é Felipe, meu amigo de infância - Felipe acena a cabeça levemente e Alec sorri sem mostrar os dentes.

- Eu lembro de vocês dois grudados, até o Felipe ter que ir embora. Bons velhos tempos.- minha mãe bebe seu vinho, relembrando algo.

- Bom, eu pensava que vocês iam namorar e, talvez, casar. Era por isso que eu não gostava de você. - meu pai confessa em um tom brincalhão, fazendo Felipe arregalar os olhos.

- Seu pai morria de ciúmes do Felipe, dizia que ele estava roubando sua princesinha - minha mãe faz todos rirem. Então, ela engaja uma conversa com Felipe sobre sua mãe e a vida dele em Nova Iorque. Ele se mudou há três anos com sua mãe, já que seu pai morreu. Ele terminou seu ensino médio lá e pelo o que contou, trabalha como fotógrafo e como jornalista em um jornal de referência. Desvio a atenção da conversa para o Alec, que encara seu prato sem expressão nenhuma no rosto.

- Ei, tudo bem? - sussurro e ele me olha, dá um sorriso de lado e assente. Emily nota a mesma coisa que eu e trata de puxar conversa com o Alec. Vejo ele sorrir em poucos minutos, sinal de que a Emily está contando algo engraçado. Como eu adoro essa menina!

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Mil perdões pela demora para postar. Estou tentando atualizar, pelo menos, uma vez por semana. Tenho um IG no Instagram onde posto outras histórias. Segue lá: @perdida.nas.nuvens

Minha Querida JúpiterOnde histórias criam vida. Descubra agora