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Eu ainda estava desesperada quando o Alec finalmente falou alguma coisa.

- E-eu sinto muito, Júpiter - ele cobre as minhas mãos com as suas - Era por causa dessas coisas que eu evitava contato contigo no colégio. São pessoas, Júpiter, elas podem ser monstros quando querem - ele diz preocupado e sua voz soa verdadeira.

Ele parecia se culpar internamente por isso, o que não era justo. Então, pedi com o olhar para que as meninas e o Felipe nos deixassem a sós. Eles entenderam de primeira e nem se quer questionaram.

- Por favor, Alec, me diga que ela está errada. Me diga o que aconteceu ontem à noite. - peço a verdade com o olhar. Ele respira fundo, parecendo temer algo.

- Você saiu para beber e nesse meio tempo a Alice se aproximou para me provocar, mas eu a afastei - a memória da garota de vermelho dançando em sua frente volta em minha mente - Foi por causa dela que eu te perdi de vista e quando fui te procurar, não te achei no bar. Até que te encontrei após uns minutos em cima de uma mesa dançando para algumas pessoas. - sorrio com vergonha e aproveito o momento para enxugar as lágrimas. - Eu te tirei do seu pequeno show com muito esforço, precisei te carregar nos braços ou caso contrário, você voltaria a dançar. Eu estava te levando para o quarto para que descansasse, você estava muito bêbada e quando viu o nosso percurso, fez uma piada sobre eu ser safado. Foi nesse momento que ela tirou a foto. - ele suspira.

- O que houve no quarto? - pergunto curiosa com o fim da noite.

- Nada demais - ele balança a cabeça - Você vomitou e apagou, então eu te trouxe para casa - ele desvia o olhar.

Meu subconsciente gritou que algo não se encaixava naquela história.

- Alec - o chamo - não aconteceu mais nada? - pergunto com cuidado.

- Não - responde rápido, sem me olhar nos olhos.

- Eu lembro de algumas coisas e sei que está mentindo - minto para ver sua reação.

- Meu anjo, você não lembra de nada e eu não vou te contar - ele diz com um sorriso de lado.

- Então, teve algo a mais - concluo e gargalho - agora, conta! - mando.

- Não - ele nega e cruza os braços.

- Alec, eu tenho o direito de saber - tento persuadi-lo.

- Quero que lembre sozinha - ele explica.

- Se eu lembrasse de algo, acha mesmo que estaríamos tendo essa conversa? - pergunto irritada - eu passei a droga do dia todo vasculhando minha mente em busca de alguma coisa - confesso frustada.

- Talvez seja melhor assim - e ao dizer isso, crio uma hipótese maluca na cabeça. Me levanto em um pulo.

- Alec, não me diga que a gente... - gesticulo e ele compreende.

- Não fizemos isso - ele assegura sério, se levantando também.

- Então, o que fizemos? - pergunto cansada de tentar achar uma resposta. Ele me encara por alguns segundos e parece ter um conflito interno.

- Isso - ele diz antes de me puxar pela cintura, colar nossos corpos e selar nossos lábios.

O seu beijo foi uma alavanca para todas as memórias perdidas da noite anterior, lembrei do nosso beijo e de sua declaração. Eu lembrei de tudo.

Nós nos afastamos pela falta de ar, o empurrei confusa e pus a mão na testa. Ele virou de costas para mim e eu percebi que sua respiração estava tão irregular quanto a minha.

- Eu não devia ter feito...- o interrompo.

- Você realmente gosta de mim, como disse na noite passada? - ele se vira com os olhos arregalados.

- Você lembrou? - murmurou incrédulo.

- De cada detalhe - confesso e o vejo suspirar, passando a mão em seu cabelo, o desarrumando.

- Não sei se isso deveria ser algo bom ou ruim - ele ri sem humor - Agora que está sóbria e lembra, pode dizer algo?

- Eu preciso pensar. Sozinha. É muita coisa na minha cabeça para apenas um dia. - ele assente, cabisbaixo. Eu sei que não é a resposta que esperava, mas eu não podia dar o que ele queria no momento. Estou confusa demais para isso.

- Se você não sentir o mesmo, saiba que está tudo bem. Infelizmente, não mandamos nos nossos corações e eu juro que vou compreender. Eu realmente espero que isso não interfira na nossa amizade, porque você é essencial na minha vida e eu não aguentaria te perder. - dito isso, ele atravessa o quarto e sai do cômodo.

Me deixando sozinha com meus pensamentos conturbados.

Afinal, o que eu sentia por Alec Carter?

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Eu escrevendo estava tipo "BEIJA LOGO CAR@LHO"

Finalmente, né? Um momento JALEC desses.

Finalmente, né? Um momento JALEC desses

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Minha Querida JúpiterOnde histórias criam vida. Descubra agora