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- Então quer dizer que eu daria uma bela enfermeira? - Alec pergunta com um sorriso debochado.

- Idiota - dou um pequeno empurrão em seu ombro direito e sorrio.

- Quer uma carona? A enfermeira tem carro.

- Muito obrigada, mas não. Minha mãe faria mil perguntas e não acreditaria em nenhuma das respostas.

- Então até amanhã, aqui na varanda.

- Até - digo dando um breve aceno enquanto me afasto.

[...]

Chego em casa e entro com cautela afim de não fazer nenhum alerta. Me assusto ao ver minha mãe sentada no sofá, apenas com a luz do abajur iluminando o local.

- Júpiter Peterson, se você aprontar mais uma novamente, eu juro que mato você - ameaça e engulo seco.

- Desculpe - peço e ela sorri.

- Então, como ela está?

- Ela quem? - pergunto aérea.

- A Emily. Você foi visitá-la, não foi? - arqueia uma das sobrancelhas.

- Ah, a Emily - faço uma pausa dando uma risada forçada - ela está do mesmo jeito - minto, olhando para minhas mãos.

- Querida, você já deveria saber que ninguém, nunca, consegue mentir para mim. Acha mesmo que acreditei no celular da enfermeira? - ela dá uma leve risada e se levanta, sinto minhas bochechas esquentarem.

- Onde você estava? Porque se foi em uma festa e vestiu esses trapos velhos, querida, estou com vergonha por você.

- Estava no hospital - reviro os olhos.

- Foi no hospital, mas não pela Emily - faz uma cara pensativa e depois expressa surpresa - Um garoto!

- Vou dormir - mudo de assunto, mas ela me puxa e me faz sentar no sofá.

- Filha, conta tudo! Ele é bonito? Beija bem? Aonde se conheceram? Por que, diabos, vocês estavam em um hospital? - pergunta eufórica, o que me faz rir.

- Ele é bonito. Não sei se beija bem já que nunca o beijei. Nos conhecemos na varanda do hospital, por isso estávamos lá - respondo confusa, tentando manter a ordem das perguntas.

- Ah, não sonhe! Ele é apenas meu amigo - digo antes que ela pense o errado.

- Eu e o seu pai também éramos amigos. Hoje temos duas filhas e éramos casados até alguns meses atrás - rebate.

- Mãe! - repreendo seu pensamento e ela ri.

- Só estou dizendo a verdade - reviro os olhos e caminho até o meu quarto, não antes de escutar sua última frase.

- Espero que vocês usem proteção - solto uma gargalhada nervosa. Ela é louca.

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Dianna, vulgo mãe da Júpiter, é a melhor pessoa que você respeita 💛

Minha Querida JúpiterOnde histórias criam vida. Descubra agora