# Capitulo 33 #

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Um novo dia nasceu, a noite não foi das melhores tenho tanta coisa na minha mente. Ontem quando o douglas chegou das gravações falei-lhe do jantar do justin no sábado, e pelos vistos ele não pode ir porque tem gravações, ou seja felizmente a Amy também não vai estar lá, não a vou ver com o niall, mas por outro lado é mau porque não estando eles a Cat também não vai poder ir, mas enfim.
Hoje dei de caras com outro pormenor, faz precisamente 4 meses que o meu pai morreu, eu ando tão atarefada que nem sei a que dia vou. A primeira coisa que fiz quando me levantei foi ligar para o meu medico e pedir se ele ainda me podia atender hoje, felizmente alguém tinha desmarcado consulta e assim ele já me podia atender.
Eu podia ir a uma farmácia e fazer desses testes rápidos mas que as vezes não são eficazes. Eu só quero saber o que tenho, não posso andar mais assim, tenho de começar a cuidar de mim.
Liguei ao jack e disse que precisava de tirar o dia, ele achou estranho e ainda insistiu para eu lhe contar a verdade mas eu não quero que alguem saiba o que eu vou fazer, quero enfrentar o que vier sozinha.
Tomei um banho e vesti-me. Hoje doía-me as costas. Talvez tenha dormido numa ma posição. Comi leite com cereais e depois fui até ao posto médico, onde aguardei que chamassem o meu nome.
O nervosismo que estava a sentir era algo inexplicável. A minha frente estava uma grávida sentada, o que me fez grande confusão. Ela passava as suas duas mãos pela sua barrigona com um sorriso luminoso no rosto. Eu inevitavelmente olhei para a minha barriga passando a minha mão sobre ela, a vontade que eu tinha era de chorar. Eu posso estar grávida tambem e se realmente estiver, não sei o que irei fazer a minha vida.
Dei um pulo assim que ouvi uma mulher, pequena e morena, a chamar pelo meu nome. Aí o meu coração começou a bater fortemente, engolindo em seco. As minhas pernas tremiam enquanto caminhava para o consultório do Dr. Parker, confesso que o meu corpo começava a suar. Tenho a sensação que a minha vida vai mudar completamente naquela sala de consultas…
Assim que entrei um homem de 40 e tal anos sorriu, depois de tanto tempo o Dr. Parker ainda continua o mesmo, sempre muito simpático.
Dr. Parker: bons olhos a vejam.
- bom dia Dr. Parker, como esta? – disse estendendo a mão para o cumprimentar.
Dr. Parker: esta tudo bem, soube pela sua que tinha voltado lá da América, fez bem. Mas sente-se.
Fiz o que ele me disse, tentando sorrir. Sentei-me em frente a ele, tendo a secretaria entre nós.
Dr. Parker: diga-me menina (t.n) o que a trás por cá?
- bem… - falei nervosa - eu há uns meses que tenho sentido umas coisas diferentes.
Dr. Parker: diferentes como? – disse interessado.
- ando com enjoos, vomito de vez em quando, muito apetite. Ando nomeadamente muito cansada. – falei muito devagar.
Dr. Parker: hum… e menstruação tem?
- sim tenho tido, mas pouco. Neste ultimo mês é que não tive.
Dr. Parker: hum… importa de se deitar na maca? – disse apontando para o pequeno colchão que tem la na sala.
- claro que não. – disse levantando-me da cadeira e deitando-me na maca.
Ele caminhou até mim, olhando para o meu ventre.
Dr. Parker: com licença. – disse levando a mão a minha camisola e levantando a mesma.
Os olhos dele analisaram a minha barriga, depois foi passando as mãos por ela, coisas de médicos. Perguntou se doía ali ou aqui, mas de dor não senti nada.
Do nada ele levou a mão ao meio da minha barriga que fez com que o meu corpo todo estremece-se. Involuntariamente levei a minha mão a dele fazendo com que ele parasse com a pressão que fazia sobre a minha barriga. Ele enrugou a testa afastando-se.
Dr. Parker: já se pode levantar querida.
Assim fiz, levantei-me puxando a camisola para baixo e sentando-me novamente a frente dele.
Dr. Parker: tem sentido dores nos peitos?
- já que fala nisso, sim… andam muito sensível.
Dr. Parker: e cresceram?
- hum… acho que sim! – que conversa mais surreal, mas a verdade é que os meus antigos sutiãs já não me serviam tive de comprar novos.
Dr. Parker: hum… - disse escrevendo no computador. 
Odeio quando isso acontece, eu quero saber o que se passa comigo e eles não dizem nada, é que são todos assim. Os médicos pensam que gostamos de estar nesta roda viva.
- afinal o que se passa comigo?
Dr. Parker: primeiro vai fazer o eu vou dizer – disse tirando um copo com tampa vermelha da sua gaveta – vai urinar para aqui e da a enfermeira, depois vai esperar que a volte a chamar esta bem.
- é para análises? – que raio de pergunta a minha, obvio que era.
Dr. Parker: sim, quero ver se as minhas suspeitas se confirmam.
Eu não disse mais nada, peguei naquele copinho e sai do consultório. Fui para o wc e fiquei prai uns 15 minutos para conseguir urinar. Com os nervos não saia nada, passava as mãos por água, olhava para a água a escorrer, bebi quase um litro de agua e nada. Depois la consegui me acalmar e urinei, fazendo depois como o medico tinha pedido.
Fiquei quase uma hora na sala de espera, oh meu deus o tempo passava tao devagar, e eu cada vez estava mais ansiosa. Eu queria enfrentar tudo sozinha, mas eu não sei se o conseguirei fazer, não sei!
Voltei a ouvir a mesma mulher a chamar o meu nome. Era agora, agora iria saber a verdade. Caminhei até a sala do Dr. Parker com muito receio, aliás era mesmo medo o que eu sentia, medo de que o justin e a barbara tivessem certos.
Entrei e ele logo disse para me sentar. Abriu um envelope que continha o meu nome e começou a ler as folhas que la dentro vinham agrafadas.
Ele mostrava uma cara pensativa enquanto lia, o que me deixava quase que desesperada! Do nada ele pousou os papeis sobre a secretaria e falou calmamente.
Dr. Parker: hum… já vi muitos casos assim, não é a primeira nem sera a ultima.
- ahm? Afinal o que eu tenho doutor?
Dr. Parker: Parabéns – sorriu - vai ser mama.
- vou? – falei totalmente sem reacção. – mas como?
Dr. Parker: não é normal as mães não darem pela gravidez durante os 4 meses de gestação, ate porque a barriga cresce e tudo mais. Mas as vezes acontece.
- 4 meses? – falei quase sem voz.
Dr. Parker: sim! o exame acusou uma gravidez de 4 meses. – falou sorrindo.
Eu não consegui dizer mais nada, 4 meses? Eu estava em choque, eu estou grávida e já de 4 meses? E nem conta dei? Como não consegui reparar nisto antes?
O Dr. Parker continuava a falar e sinceramente eu nem dava grande atenção. A minha mente está cheia, como fiquei grávida? Como isto me foi acontecer.
Dr. Parker: esta bem (t.n)? – falou preocupado ao ver que não mostrava reacção.
- ahm? Sim!
Dr. Parker: agora vai ter de fazer uma eco grafia o mais depressa possível, vou marca-la para o inicio da próxima semana, eu mesmo a irei fazer e acompanha-la na sua gestação.
Ele falava como se fosse tudo muito normal, bem ate era, mas não para mim. aquilo parecia um pesadelo em que eu iria acordar em qualquer momento, pelo menos assim eu esperava.
Dr. Parker: vou já pedir a enfermeira para trazer um boletim de gravida, vai ter de começar a andar sempre com isso. 
Eu continuava sempre a olhar para ele e a ouvir o que lhe saia da boca, mas eu sentia-me tao a nora, tao perdida.
Dr. Parker: vai ter de começar a ter cuidados com a sua alimentação, e consigo mesma, agora tem de ter noção que carrega um ser dentro de si. E o pai vai gostar da notícia?
Pai? Com esta coisa toda nem me lembrei do douglas. Espera! Não é do douglas!
- de quanto tempo disse mesmo que eu estava?
Dr. Parker: quatro meses menina.
- quatro meses?
Dr. Parker: sim isso mesmo!
Agora sim o meu mundo desmoronou, lágrimas começaram a cair pela minha face. Eu estava a viver um sonho, que neste momento é o meu maior pesadelo. Não so estou grávida como o pai é o niall, e que nem há margem para erro o douglas não pode ser o pai do meu filho, so o niall.
Foi uma única vez, uma noite de amor de onde saiu um ser. Quis sentir o niall por uma última vez e a minha consequência é esta, como isto foi acontecer?
Dr. Parker: porque chora?
- porque acho que este bebe veio na altura errada.
Dr. Parker: temo que já não va a tempo de abortar.
Eu fiquei a olhar para ele boquiaberta. O aborto não estava nos meu planos, nem nunca passou pela minha mente. Dá-me arrepios so de ouvir isso, eu nunca seria capaz, este ser já faz parte de mim.
- eu não quero abortar! – disse firmemente.
Dr. Parker: ainda bem que pensa assim. Eu compreendo que não estivesse a espera, mas vai ver que uma criança alegra a vida de qualquer família.
- se eu ao menos tivesse uma. – disse baixinho.
Dr. Parker: desculpe, o que disse?
- que espero que sim…
Dr. Parker: tem algumas dúvidas?
- não! – as dúvidas que tenho são muitas, estou a questionar tudo na minha vida, mas as respostas o doutor não mas podia dar, infelizmente.
Dr. Parker: sendo assim vemo-nos na terça-feira, tome o seu livro de grávida e falamos melhor na terça.
- certo – disse metendo o livro na mala sem sequer olhar para ele – obrigada e ate terça. 
Dr. Parker: cuide bem de si e do seu bebe.
Eu assenti e sai do consultório. Eu tinha razao, a sensação que tinha estava certa, aquela consulta mudou a minha vida, deixando-a ainda mais confusa, virada do avesso.
Fui até ao carro e conduzi sem rumo. Parei o carro quando avistei um sítio familiar, o rio. Estacionei e sai respirando aquele ar puro. Fui caminhando ate chegar ao sítio onde me trazia muitas lembranças do niall, o rio. O tal sitio onde quase me afoguei estava mesmo a minha frente, comecei a relembrar quando eu e o niall fizemos as pazes, neste mesmo lugar. Conseguimos ultrapassar tudo porque não conseguimos ultrapassar isto? Será que ele reagira bem ao saber que sera pai? Ou melhor, deverei lhe contar?
Perdi as forças nas pernas, sentando-me sobre a relva, ai comecei a chorar tudo o que me consumia por dentro, soluçando.

Irresistible 2   (Acabada)Onde histórias criam vida. Descubra agora