Passado distante

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O normal, quando Talita saia de casa era o Sr. Castos estar no trabalho.

Então, sem que seu patrão soubesse, Bruna arrumava a menina para a escola e a mandava, para que ela voltasse antes do final do turno de Sr. Castos.

Foi assim por sete anos.

Talita não podia pedir ajuda, e Bruna também. A garotinha aprendia enquanto a mulher fazia comida em casa.

Sr. Castos nunca descobriu.

Até que trocaram-no de turno.

E se não bastasse, Talita voltou tarde para casa.

A garota foi mandada para o quarto - que na verdade era uma sala nos fundos da casa - enquanto o homem brigava com Bruna.

Sr. Castos, apesar de ser dissimulado, tinha pena de Bruna, que não tinha família. Foi só por isso que a mulher não fora mandada para fora da casa.

O que faria Talita se aquele dia fui o último em que viu seu amor? Esperava que todos pensassem que o bebê que gerava era do homem que a sequestrara para que a criança não sofresse.
O que faria se o seu amor estava muito longe e nem conheceria o bebê?

Apenas Talita sabia por que voltara para casa tarde.

Fora contar de seu estado para seu amor. Mas, não conseguiu falar.

Decepcionada, trouxe para casa um presente de seu amado: uma fotografia revelada onde os dois sorriam alegres.

Talita teria que se conformar: nunca mais sorriria daquela forma. Talvez apenas quando nascesse sua alegria.

*

Rapidinho.

Talvez as notas sejam mais frequentes do que eu esperava.

Quero avisar que os dias de capítulo novo serão quinta e segunda. Eu sei, vou parar de mudar, prometo.

Ah, eu sei que esse foi muito curto, mas se acostume, tem mais um ou dois capítulos assim.

Tentem entender, por favor, leiam e releiam para que as pecinhas em suas cabeças se juntem.

Beijos

Onde Estás, Alegria? #Wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora