Capítulo 24

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Ariana pov
Imediatamente todos olharam para trás e meu pai estava ali, com uns quinze policiais em sua volta. Eu sabia o que ele iria fazer.

- Pai? - falei.

- Saia de perto desse homem! - disse ele.

- Mas pai ele... - me interrompeu.

- Não tem mas! Agora! - ordenou. Olhei para Justin que estava incrédulo, porém me olhou também.
Senti um braço me puxar para longe dele fazendo com que nossas mãos se separassem.
Então os quinze homens pegaram ele, pois Justin mandou os outros correrem e embarcarem. Meu pai me arrastou até um carro todo preto e me jogou para dentro, eu só sabia chorar e chorar.

- Que merda você fez?! - perguntei me exaltando.

- O melhor pra você - disse ligando o carro.

- Você matou minha mãe! - falei.

- Não matei. Ela está viva. Aquilo foi só um pretexto para você ir para casa - falou.

- Eu não posso deixá-lo! - gritei.

- Você está acobertando ele? Que te levou embora e que te maltratou? - perguntou.

- Ele se arrependeu! E eu era feliz, ele se importava comigo! - gritei. Ele desligou o carro e socou o volante.

- Cala a boca! - gritou. Fiquei em silêncio e ele tornou à andar com o carro. Encostei minha cabeça no vidro e chorei mais ainda.

Eu não posso deixá-lo... Não agora.

***

Cheguei na minha antiga casa, eu entrei e ele foi. Minha mãe veio até mim e me abraçou forte.

- Ariana! Você está tão forte, bonita! - disse ela depois de minutos abraçada em mim. Eu sorri.

- Eu preciso te contar tudo o que houve lá - falei.

- A-Ah, okay - disse.

Nos sentamos no sofá e eu falei tudo a ela, chorando obviamente.

- ...e agora ele foi preso! Eu tenho que ajudá-lo - falei.

- Ai minha filha... eu não sei o que dizer - falou - Eu achei muito bonito o que houve com vocês dois, eu estaria assim também, mas não temos o que fazer - concluiu.

- Eu sei de uma coisa, não vou ficar aqui olhando para aquele homem que diz ser meu pai. Vou morar na casa do Justin. Se ele ligar eu estarei lá - falei me levantando.

- Mas filha... - interrompi ela.

- Não mãe! Eu vou lutar para ter o Justin de volta - disse.

- Ele é um criminoso Ariana! - gritou ela. Me assustei com seu tom de voz, mas ignorei.

- Não importa! Eu o amo, e eu meio que virei uma também! Ou eu recupero ele ou eu vou presa junto! - foram minhas últimas palavras antes de sair batendo a porta.

Enxuguei meus olhos e peguei um ônibus indo até a casa dele.

Abri a porta e chorei denovo, tudo ali me lembrava dele, tudo mesmo. Cada detalha, cada móvel, cada partícula da casa.
Subi devagar até nosso quarto, deitando-me em seguida. Lá as lágrimas caíram livremente, só pararam quando eu adormeci.

Justin pov
- Eu exijo meu telefonema! - gritei ao policial que está plantado na frente da minha cela.

- Você não manda em nada aqui, e o seu telefonema só pode ser dado depois do julgamento - falou de costas para mim num tom tranquilo.

- Afs - resmunguei.

Eu só queria ela agora. O toque de seus lábios, de suas mãos...
Ninguém mandou fazer o que eu fiz.
Hailey e os meninos estavam no lugar para onde nós iríamos, eu mandei eles fugirem.

Eu queria meu telefone pois me lembrei do dinheiro que eu tinha guardado, e acho que seria suficiente para me tirar daqui.

- Seu advogado que falar com você - disse o policial abrindo a grade da cela.

- Advogado? - perguntei a mim mesmo. Ele me conduziu até uma sala com uma mesa e duas cadeiras. Logo um homem se aproximou de mim e eu pude reconhece-lo, Jorge, irmão de Chaz.

- Outra encrenca Bieber? - perguntou. Eu ri.

- Já fazia tempo que eu me escondia - falei. Ele riu e nos sentamos.

- Então, seu caso é grave, então vou tentar ao máximo diminuir sua pena. Você não teria dinheiro guardado? - perguntou.

- Sim, eu tenho - falei.

- Quanto mais ou menos?

- Ah, uns 15,20 mil - falei.

- Isso daria para você sair - disse ele. Eu sorri - Mas calma, você só terá esse direito depois do julgamento, que é amanhã.

- Ta - falei.

- Você vai ser interrogado amanhã, os outros outro dia, se vocês ainda estiverem aqui - falou.

- Okay - eu disse meio cabisbaixo.

- Eu estou fazendo o que posso - disse ele.

- Sim, eu sei, agradeço por isso, mas eu sinto falta da Ariana, mesmo a poucas horas longe dela - falei.

- Isso é muito bonito, ela realmente é incrível, mas você sabe que Edward vai pegar no pé dela para deixar você - falou ele.

- Infelizmente sei - falei.

- Acabou a conversa e o tempo - disse o guarda com voz firme.

- Já vou indo. Boa sorte - disse ele.

- O mesmo para você - sorrimos um ao outro e apertamos ambas as mãos.
O guarda me levou de volta a cela então me sentei em minha cama, que era dura, porém única.

Eu sabia muito bem que Edward não iria deixar Ariana continuar comigo.
Mas tanto eu quanto ela vamos fazer de tudo para ficarmos juntos, eu sei disso.

E nós vamos vencer.

Bad Angel - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora