Justin pov
Eu saí da nossa briga e em seguida vim pra cá. Achei que era o melhor lugar para pensar, porém eles já estavam aqui. Um deles me viu e então eu comecei a correr com mais uns três atrás.
Os passos foram se afastando, então eu parei de correr, foi aí que eu vi Ariana.***
Ela mal conseguia correr, eu percebi isso, então paramos atrás das árvores.
- Eles não vão sumir, não é? - pergunta ela.
- Provavelmente não - falo.
Ela olhou pelo lado da árvore e virou a cabeça não entendendo. Até que ela saiu de trás da árvore caminhando devagar.
- Onde você vai? - pergunto. Seguro seu braço e ela vira me olhando.
- Confia em mim - fala.
A solto e ela continua caminhando, sigo-a.Ariana para de repente.
- E aí? O que achou? - pergunto.
- Nada. Meu tênis desamarrou - diz. Eu rio baixo.
Ela se abaixa, e o amarra denovo.
Depois se levanta e continua andando.- Para - fala. Percebo que estamos atrás de uma suposta casa de madeira.
- Como vamos espiar? - pergunto.
- Ali, há uma escada que da para a janela - diz. Fomos até a escada e lá estava ela. Era normal, de madeira com degraus de ferro.
Ariana se posiciona na frente da escada e começa a subir.
Sorrio fraco e subo atrás, admito que dei algumas olhadas em sua bunda, mas acidentalmente.
Ela chega ao topo e entra. Estranho, pois não há nada. Até que eu chego no topo e vejo uma sacada.
Entro nela e Ariana está vasculhando algumas gavetas.- Eu acho melhor nós sairmos daqui - falo.
- Quero saber mais - fala.
- Isso vai dar merda Ariana, vamos embora - insisto.
- Vai você então - diz enquanto procura em um armário de vidro.
- Para de se fazer de difícil e vem - falo.
- Não Justin! Vai você - fala.
- Não vou te deixar aqui - digo.
Ela se vira e me olha.- Porra, você é chato viu?! - fala.
Passa por mim e desce pela escada novamente. Desço também.
Chegamos no chão.- Vamos achar a saída, tem que haver uma - falo. Ela acente e nós entramos na floresta.
Caminhamos por longos períodos, até que chegamos a casa denovo.
Ela começa a chutar o chão e alguns galhos.- Isso não vai adiantar nada - falo.
- Merda - grita várias vezes. Vou até ela e asseguro seus braços de frente para mim.
- Não adianta nada se estressar! - falo. Ela tenta se soltar mas eu mantenho o pulso firme. Por um momento ela me encara.
- Caminhamos aquilo pra nada!? - diz.
- Sim - digo. Novamente tenta se soltar. - Para de tentar se soltar - continuo.
- Então me solta! - grita.
- Não - falo.
- Por que não? Eu exijo que me solte! - diz.
- Ah, você exija? - pergunto rindo irônico.
- Sim - diz firme. Ela me encara, profundamente. Merda. Não resisto ao seu olhar.
Solto-a e ela passa por mim entrando na floresta novamente.
Vou atrás dela.- Não vamos achar uma saída - digo.
- Precisamos achar - fala.
- Ah que isso. Não sou má companhia - falo.
- Mas é bipolar - diz.
- Você também - falo.
- Eu sou eu, sou normalmente normal - diz ela.
- Claro. Totalmente - falo.
- Dá para parar e me ajudar? Obrigado - fala ela. Eu rio.
***
Já estava amanhecendo, e nada de acharmos um vestígio de saída.
Minhas pernas doiam, assim como as dela.- AH MEU DEUS! - grita minutos depois. Olho para onde ela está olhando e vejo a rua. Meus olhos brilham.
- Não acredito - falo.
Corremos até lá, e não é que é real?
Percorremos o caminho de pedras e achamos o portão de entrada. Suspiro aliviado.
Mas aí eu pensei. Quero passar mais tempo com ela. Rezava cada segundo para não acharmos a saída, nem que seja para ficarmos brigando como fizemos lá dentro.
Porém ela estava feliz com a saída, então deixei.- Ai, graças a Deus - diz.
- É - falo. Saímos portão a fora, e paramos na frente dele. - Por que voltou?
- Hãn? Como assim? - pergunta.
- Aquela hora, por que entrou aqui? - pergunto denovo.
- Ah... é... eu queria te falar algo, mas esqueci - diz.
- Tudo bem então. Acho que agora temos que ir... digo, cada uma para sua casa - falo.
- Claro... como não pensei nisso - fala.
Sorrimos um para o outro e seguimos, cada um para um lado.Me dei de conta que, eu não preciso da aprovação dos outros para ser feliz.
E eu tenho certeza de que minha felicidade é estar ao lado dela, não importa a opinião dos outros.Imediatamente parei de andar e virei meu corpo para trás, fiquei surpreso, mas sorri. Ela também me olhava.
Então ela tomou a iniciativa. Veio correndo até mim, onde eu a esperava de braços abertos.
Pulou em meus braços, abraçando meu pescoço eu a ergui para cima.Sem mais, a soltei no chão e assegurei seu rosto.
Em seguida a beijo.
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Bad Angel - Livro 1
Fanfiction..."Quando você sentir o meu calor Olhe nos meus olhos É onde meus demônios se escondem É onde meus demônios se escondem Não se aproxime muito É escuro aqui dentro"...