"Forever" - 34

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Justin pov
Estava muito estranho. Ariana está quieta comendo, sempre olhando sua comida. Os outros estavam na casa, porém dormindo, agora estamos todos tomando um café da tarde.

- Ah... onde vocês foram ontem a noite? - pergunto tentando quebrar aquele gelo.

- Nós fomos a uma festa, depois viemos. Porém já era de manhã - diz Chaz.

- Okay - digo tentando sorrir.

Todos acabamos de comer juntos. Então Hailey se oferece para lavar a louça.
Chaz e Jai foram ao escritório, e Ariana se sentou no sofá, meio cabisbaixa.
Me sento ao seu lado e ela deita sua cabeça em meu ombro.

- Ainda com aquele pressentimento? - pergunto.

- Sim - diz. - Eu só não sei como explicar... - finaliza.

- Não precisa. Acho que sei como se sente - falei. Ficamos em silêncio por alguns minutos. - Quer sair?

- Hã? Aonde? - pergunta.

- Sabe a cachoeira aqui perto? - pergunto.

- Sei, claro que sei - diz.

- Então, o que acha?

- É... pode ser. Quem sabe eu relaxo um pouco - rimos.
Ela subiu e eu sorri. Caminhei até o escritório e avisei os meninos e a Hailey que sairiamos. Eles sorriram.

- Boa ideia. Quem sabe ela não descansa a cabeça - diz Chaz.

- Foi nisso que eu pensei - digo. Eles sorriram e eu subi logo em seguida.

Abri a porta do quarto e lá estava Ariana, de frente para o espelho e de costas para mim.
Seu biquíni era preto, sem nenhuma estampa. Ele marcava todas as curvas magras e perfeitas de seu corpo.
Ela percebeu que eu estava a observa-la, então se virou e sorriu.
Arredou os cabelos da nuca e se virou de costas.

- Amarra pra mim, por favor - pede. Caminhei até ela e amarrei como ela pediu. Deixei também um beijo ali e um arrepio percorreu seu corpo. Eu ri daquilo. - Eu tenho cosquinha aí - diz.

- Eu sei - digo. Ela se vira para mim com seu sorriso no rosto.
Ariana leva sua mão a minha nuca, e eu em sua cintura.

***

- Óh! Juízo! - diz Hailey para nós.

- Sim senhora mamãe - falo. Eles riem.

- Até mais - diz Ariana.
Abrimos a porta, logo um vento quente bate em minhas pernas.
O dia estava lindo, porém calor.
Entramos no carro e seguimos ao nosso destino.

Logo que chegamos, deixei o carro estacionado no gramado ali perto, e percorremos um caminho de pedras, parando de frente a cachoeira. Não havia ninguém, pois ali era desconhecido.

Largamos nossas coisas no chão. Ariana tirou seu vestido longo de seda, mostrando seu biquíni novamente. Soltou os cabelos e caminhou até uma rocha. Dela, pulou na água. Tiro meu short e entro junto. Quando subo para a superfície, vejo ela nadando até a enorme cascata. Eu rio e a observo.
Ariana parou embaixo da cachoeira e deixou a água se passar por chuveiro. Passava suas mãos pelo corpo e pelos cabelos, o que era uma atitude um tanto sexy.
Segundos depois ela sorri e pula na água denovo.
Vou nadando ao seu encontro, e subimos juntos até a superfície novamente.
Seu corpo está um tanto gelado por conta da água da cascata, mas logo se acostuma com o calor do meu.

- Aqui é incrível. Não sabia que tinha uma tão perto de casa - diz.

- Entramos por outro caminho. Mas se formos por ali - aponto para algumas árvores abertas -, damos com o nosso bosque.

- Ah claro. Lembro quando viemos aqui pela primeira vez, eu ouvi o barulho da cachoeira mesmo - fala. Eu rio.

- Vejo que está mais calma - digo.

- É. Estou mesmo. Não sei se é você ou a água - disse. Eu sorrio.

- Suponho ser os dois - falo.

- Concordo - rimos. Sua respiração ofegante bate em minha boca, então me aproximo mais. Quando vejo, nossos lábios já estão juntos.

[... Poucas horas depois, passava das 18:00...]

- Acho que já temos que ir, o tempo está para chuva - digo.

- É. Vamos então - diz. Saímos da água as pressas. Vestimos nossas roupas e fomos até o carro. No meio do caminho, a chuva cai forte e em grande quantidade.
Começamos a correr, rindo. Entramos nele e Ariana continuou rindo.

- Que foi? - pergunto sorrindo.

- Nada... só achei engraçado nossa corrida - disse parando de rir.
Ligo o carro e o conduzo até a rua.
Apartir daí, seguimos até em casa.

No meio do caminho, a chuva estava forte demais. Uma neblina fraca tapava quase toda minha visão.
As rodas do carro escorregam na pista e eu viro para o lado oposto, que por azar era a contra-mão. Um barulho ensurdecedor de um caminhão se aproxima, junto com uma luz forte branca.
Ariana agarra minha mão com força e nós nos olhamos.

Sussurramos um "Eu te amo" para o outro, antes da luz entrar em nossos olhos e eu não enxergar mais nada.

Bad Angel - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora