Memories » H.S

18º.☪

Quem encontrar erro durante a leitura, comentem na parte para que eu possa corrigir (:

Boa leitura 🌙

__________

Não queria admitir que havia gostado do começo daquela sexta-feira, pois se admitisse, isso significaria que Harry me conhece melhor do que eu, e que ele também poderia invadir meu quarto de madrugada, assim como o próprio desafiou-me.

Diferente da ida até aquele local, a volta de carro houve bastante comunicação. Estava agitada no banco do carro, e por algum motivo Harry achava aquilo divertido. Ele não estava tão rude como das outras vezes, de vez enquanto até sorria em minha direção.

— Quando colocou o piercing na sobrancelha? — perguntei, curiosa.

Com as mãos no volante focado na estrada, Harry limitou-se em responder apenas:

— Aos quinze.

— Harry, o que você fez esse anos?

A adrenalina não conseguia fechar minha boca. Naquele momento eu era uma avalanche de perguntas.
Ele mexeu no aço da sobrancelha olhando-me brevemente, logo após questionou:

— Em que sentindo?

— Armas, tatuagens, piercings. O que você fez nos últimos anos?

Descobri que as horas voam quando se faz algo divertido, pois havia se passado três horas desde que pulei de minha janela acompanhada com Harry. A melhor parte era que: não me importava.
O sol ainda não era possível de se visualizar, entretanto, sabia que logo seu calor daria boas-vindas.

— Nada muito importante. – disse indiferente.

Bufei afundando no banco do carro. Era frustrante sempre ser eu a que mais se mostrava interessada em falar com ele, que não merecia nem mesmo que olhasse em sua cara.
Meu cérebro não dava nenhuma pequena pausa, ele sempre formulava opções sobre Harry. Imaginei que o rapaz ao meu lado se confortou nas drogas após a morte de sua mãe. Esse pensamento também era acompanhado de que Harry se envolveu com alguma gangue, por isso a razão de todas as armas. A que mais parecia ter cabimentos, era que ele usava apenas uma máscara durona com o intuito de se proteger de quem tentasse se aproximar, de alguém que tentasse desvenda-lo.

O embalo do carro ajudou para que pegasse no sono. O sono chegou rápido demais para que o impedisse, e quando me dei conta, já estava encostada de forma confortável para dormir.

***

– Angel. — ele me cutucou, forçando-me a abrir os olhos.

Aos poucos distingui onde estávamos; ainda no carro. A janela do lado de Harry estava aberta, relevando um céu cinza e trazendo ventos úmidos e fresco. O sol estava se aproximando.

Quando acordei por alguma razão o casaco dele comprido cobria a roupa curta a qual usava, e me ajudava com a proteção dos ventos não tão frios como de costume. Harry pegou uma sacola com o símbolo do Mc Donald's e então saiu do carro e sentou-se sobre a capota do mesmo. Ele não me convidou para segui-lo, mas algo dizia que devia fazer o mesmo. Fui até até seu lado e me sentei.

Não conhecia aquele local. Seu carro estava posicionando na parte mais elevada da planície, nos fazendo ver o sol nascer perfeitamente detalhado.
Me perguntei se ele havia planejado isso, ou se costuma vir até aqui com Amber, até mesmo sozinho.
Contemplar a natureza era algo tão fácil, e eu só fiz isso verdadeiramente hoje, enquanto observava o sol sair dos esconderijos das nuvens, e essas nuvens possuíam a cor amarelada enfeitando o céu com o tingido laranja.