Bendito Amor

*Capítulo 12

Acordei com enjoo, tive que correr para o banheiro, aquilo não era normal, comecei a achar que tinha ingerido comida estragada, agora passava mais tempo com Magnon do que em casa nos fins de semana, eu estava amando produzir duas histórias em quadrinhos e no Studio tinha uma mesa própria para mim, mas o dinheiro ainda não pagava as minhas contas, apenas me dava uma segurança para poupar e para pagar contas extras que apareciam, vomitei e muito, e fiquei sentada no chão do banheiro procurando uma forma de entender aquilo e para respirar normalmente, me levantei e lavei o rosto e a boca e depois escovei os dentes, e voltei para a cama, me sentia tonta, mas não tinha bebido tanto na noite anterior, evitaria de agora em diante, Magnon estava forçando a barra, mas era um grupo tão animado e me sentia amada e querida por todos.

Meu telefone começou a tocar, corri para atender, ofegante respondi.

_ Oi Mãe!

_ Oi Evanna... Como você está?

_ Ah!...Bem!

_ Estava correndo?

_ Não!... Eu... Eu não estou passando bem... Acordei enjoada e do nada tive que sair para vomita.

Um longo silencio se fez no telefone, eu sabia que minha mãe estava do outro lado, eu escutava sua respiração, fiquei confusa franzi o Cenho.

_ Quando foi sua ultima menstruação Evanna!?

Gelei, minhas pernas ficaram bambas, puxei o banquinho, eu precisava lembrar disso, eu deveria ter menstruado uma semana depois que... _ Meu pensamento me deu um choque de realidade, eu estava grávida de Rupert, gaguejei no telefone, eu precisava mentir, mas era difícil fazer isso quando minha mãe me colocava na parede mesmo sendo por telefone.

_ Faz duas semanas! _Disse, puxando o calendário, eu queria chorar.

_ Quero que vá ao médico ou compre um teste de farmácia e faça, estou indo para aí essa semana e é para isso que estou ligando.

_ Ah!... Mas... _ Me apavorei, ela me veria passando mal e não teria tempo de procurar pelo pai do meu bebê.

_ Não tem mais, eu disse que quando chegaria minhas férias, iria passar aí com você e é o que vou fazer e se estiver grávida, vamos resolver esse problema.

_ Vai mandar matar o seu neto?

_ Você quer viver a vida como eu?... Servindo mesas e sendo humilhada por caminhoneiros bêbados?

Fechei os olhos ao ouvir minha mãe contar isso, era difícil ver minha mãe chegar em casa com os olhos banhados de lágrimas e contar a minha avó o que passava no posto, ela achava que eu estava dormindo.

_ Mãe!... Eu não estou grávida!

_ Tire a duvida... Chego aí essa semana!

Ela desligou sem se despedir, ela me conhecia muito bem, não era de passar mal à toa, fiquei apavorada, e corri para o apartamento da vizinha que era policial e investigadora, bati na porta, ela abriu e percebeu meu estado de nervosismo, torcia os dedos.

_ O que foi? _ Amanda me puxou para dentro.

_ Preciso de sua ajuda?... Preciso achar uma pessoa urgente e sei que pode fazer isso por mim. _ As lágrimas desceram.

_ Claro! _ Amanda me puxou para a mesa e me colocou sentada, acariciou minhas costas, contei entre lágrimas o que aconteceu e minhas suspeitas que podiam ser verdade, Amanda escutou com atenção, no fim respirou fundo e me olhou. _ Vamos ver no que posso ajudar, você disse que o nome dele é Rupert Rickman?

_ Sim! _ Limpei o nariz com o punho da manga e tirei o desenho que imprimi de seu rosto que tinha desenhado e lhe entreguei, _ É esse!

Rapidamente Amanda abre o notebook e digita o nome do homem no Google, as imagens que aparecem não indicava ele, mas sim um homem bem mais velho, sacudi a cabeça, não é esse.

_ Aqui diz que é esse! _ Ela abre um programa da policia e digita o nome e de novo dá a mesma pessoa e com foto atualizada, reconheci na hora, cabelos grisalhos, comecei a ofegar, eu tinha sido enganada me dando nome falso e provavelmente deveria ser empregado ou um aproveitador qualquer. _ Me diz se reconhece esse homem?

_ Sim!... Ele estava numa festa que fui... Ele me olhava diferente... Mas não é o pai do meu bebê. _ Desabei a chorar.

_ Vamos ver com quem ele é casado e se tem filhos.