Capitulo 18

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Depois de meia hora e uma duvida tremenda em escolher as molduras, acabei escolhendo bem moderna em aço inox escovado, os desenhos ficaram perfeitos, o rapaz da loja que me atendeu disse que acompanha a série e que adora e ficou animado quando surgiu o novo personagem, Evanna poderia estar ganhando muito dinheiro se soubesse que era ela que desenhava, ainda mais usando minha imagem para isso, sorri contente e saí da loja com o pacote dos meus quadros embaixo do braço e segui para o carro, entrei e fui para casa, agi como ontem, entrei direto sem dizer nada, coloquei os quadros sobre a mesa do meu quarto e fui tomar um banho.

Ao sair do banho enrolado na toalha Rupert estava sentado na beirada da minha cama, passei por ele secando o meu cabelo e entrei no meu closet e puxei meu suéter, uma calça jeans e meias e cueca, o tênis estava separado, usaria o mesmo, votei para o quarto, a embalagem do meus quadros estavam abertos, e sobre eles um pedaço de papel amassado, peguei curioso, de novo o choque, era eu dormindo me joguei na cadeira.

_ Ela te procurou!... Ela te procurou e você não me disse nada! _ O olhei. _ Por quê?

_ Não acreditei nela... Achei que estava ficando louca... Dizendo que você se chama... _ ele me olhou e se ergueu e cruzou os braços querendo dar um de autoritário. _ Tem noção o que fez?... Ela foi com uma policial na empresa... Acusando-o de falsidade ideológica, invasão de domicilio.

_ Era ela que estava grávida não é?... E você afastou a mãe do meu filho!

Rupert fez um bico.

_ Sim!... Ela queria dinheiro... E levou muito... Acredite Ben!... O que paguei foi mais que Sheila pediu.

Sacudi a cabeça.

_ Não!... Evanna não trocaria o que sente por mim por dinheiro!

_ Então continue se iludindo... Acho que é melhor para você... Mas não nos culpe por isso... Muito menos sua mãe que está arrasada com toda essa chantagem.

Rupert se aproximou dos quadros, e riu.

_ Até parece com você!... Ela desenhava muito bem! _ Rupert me olhou. _ nunca mais use meu nome para se dar bem nas suas trepadas... Eu nunca fiz isso com você!

_ Quero a separação dos negócios!...Estou saindo da sociedade!

Não levantei a cabeça para olha-lo, segurava o pedaço do desenho perfeito feito pelas mãos delicadas de Evanna.

_ Vamos conversar sobre isso mais tarde... Mas não vai sair assim tão fácil.

_ Não tem conversa... Estou saindo da empresa e desta casa!

_ E quem vai custear suas mordomias... Pagar suas prostitutas!

Voei no pescoço de Rupert, eu arfava nervoso, o prensei na parede.

_ Nunca mais chame Evanna de prostituta... Eu assumi o risco de transar com ela sem camisinha... Eu que sou o culpado... E reze para ela não ter feito mal ao nosso filho.

_ Sinto muito! _ Rupert parecia não se intimidar com a minha fúria, o larguei devagar, seus olhos estavam claros de que não existia mais criança nenhuma, me afastei dele passando as mãos pelos cabelos.

_ Você morre de inveja que fiz um filho de primeira... Por que nem isso conseguiu fazer quando se casou com a minha mãe...

_ Calem-se! _ Diz minha mãe entrando no quarto, seus olhos estavam cheios de rancor e lágrimas. _ Rupert fez o que fez para protegê-lo... Por que te ama como um filho e é assim que o trata?

_ ERA SEU NETO... ERA SUA OBRIGAÇÃO DE PROTEGÊ-LO! _ atirei a cadeira que esbarrei quase acertando os dois, puxei os cabelos, _ Ninguém me perguntou se eu QUERIA?

_ Eu falei! _ Minha mãe apontou para si mesma.

_ Falou que era uma empregada qualquer e não EVANNA! _ A encarei, ela abriu a boca para falar, passei a mão no tênis depois que vesti a pouca rápido e saí do quarto a empurrando para sair da minha frente.

_ Ben!?... Pare onde está e me escute? _ Ela desceu as escadas correndo.

_ Me deixe em paz! _ Abri a porta, Julius estava a minha espera e eu caí para dentro e travei a minha porta.

_ Você não pode fugir sempre... Precisa enfrentar a realidade Benedict McGuigan... Tudo tem um preço e nós pagamos alto por isso e um dia vai nos agradecer.

Abri o vidro e a encarei.

_ Ela só tinha dezoito anos... Era inocente... E me amava de verdade... E isso eu enxergo e enxergo a burrada que fiz ficando na França achando que iria encontra-la quando voltasse... E você deixou que o seu marido matasse o meu filho... Seu neto!... Então quem tem que se arrepender aqui é você! _ Fechei o vidro e Julius saiu com o carro, eu estava arfando de raiva.

_ Sinto muito Senhor. _ Julius me olhou pelo retrovisor. _ Eu estive com ela no dia que pediu demissão... E me garantiu que não tinha feito nada com... O bebê.

Olhei para Julius, sacudi a cabeça.

_ A convenceram de fazer... Mas espero que seja inteligente o suficiente para ter deixado ele vivo... _ Olhei para fora, a garoa caia fina, o outono estava chegando, uma coisa eu tinha certeza, ficaria na duvida para o resto da vida ou até um dia alguém se apresentar como meu filho ou filha, deixei as lágrimas rolarem. _ Me leva ao escritório..._ Olhei para Julius. _ Estou saindo da empresa e indo embora de Nova York.

Julius me olhou e franziu o cenho.

_ Quero saber se está comigo ou se quer ficar?

Julius sorriu.

_ Sigo com o senhor.


Bendito AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora