Bendito Amor

Benedict - Capitulo 16

Desci no aeroporto em Nova York depois de mais de um mês esquecido pela minha mãe e padrasto, esperei pelas minhas malas e segui para o portão de desembarque, meu fiel e amigo Julius me esperava, não sorria, mas eu sabia que era sua característica.

_ Como vai Julius!... Senti sua falta! _ Bati em seu ombro.

_ Também senti sua falta Senhor. _ Julius pegou minha mala e seguimos para o carro.

_ Como estão as coisas por aqui?

_ Nada de novo!

Julius colocou a mala no porta malas, aproveitei e entrei no carro, vi algo brilhar no piso do carro e me abaixei para pegar, era um elástico de cabelo, igual ao que Evanna usava, olhei para traz e vi Julius dando a volta no carro e logo entrou, ergui o elástico e o mostrei.

_ De quem é?

_ Não faço ideia Senhor!... Pode ser do lugar onde mandei lavar o carro. _ Julius sorri e deu a partida, olhei por um tempo aquilo em meus dedos. _ Evanna usava um igual! _ De repente senti saudades dela. _ Poderia passar pela loja que trabalha Evanna, aquela moça ruiva.

_ Não está mais lá senhor... Eu precisei comprar um terno novo para o casamento de minha sobrinha.

O olhei assustado.

_ Então me leve a casa dela.

Julius me olhou, torceu a boca e fez a volta para pegar a ponte e seguiu para o bairro onde ela morava, assim que estacionou eu desci, pisquei várias vezes, uma placa de aluga-se estava na janela, fiquei em choque, dei mais passos para ir em direção ao prédio, Julius me segurou.

_ Menti... Ela foi embora de Nova York... Pelo que a amiga contou, a mãe está doente e precisou ir.

_ Você tem o endereço de onde é? _ Senti o nó na garganta, olhei para o apartamento, até o gato senti falta.

_ Não tenho Senhor!

Olhei para Julius.

_ Consiga! _ Sussurrei, nunca senti tanta dor na minha vida, acho que nem quando Eva minha namorada de universidade me deixou, voltei para o carro praticamente puxado, e Julius me levou para casa.

Minha mãe saiu na porta correndo para me abraçar, fingindo que sentia falta de mim, nem deixei que me tocasse, segurei seus braços a detendo.

_ Acabou com seu show? _ a soltei. _ Obrigado!

_ Eu senti sua falta... Por que está me tratando assim agora? _ Ela me seguiu pela casa querendo resposta, subi sem dizer nada, não era ela que queria receber um abraço, eu queria ver Evanna, dei conta que as duas mulheres que eu mais amei tinham os nomes parecidos, entrei no meu quarto e fechei a porta com força, olhei em volta, eu ainda vivia com minha mãe aos 26 anos, eu precisava crescer, virar homem e sair daquela casa, criar independência, montar minha própria agencia de publicidade e em outro lugar, outro estado, mais nada me fazia ter vontade de ficar ali, iria começar a especular local e estados para me instalar e quem sabe ser feliz.

No dia seguinte percebi que todos tinham mudado comigo, não era só Rupert, até os empregados, Julius também, fui parar no jardim levando o notebook, faria minha consulta por locais, pesquisaria apartamento, lugar para montar uma pequena empresa e contratação e legislação, já estava a mais de duas horas, tinha uma infinidades de lugares e o que mais me atraiu foi Seattle, era do outro lado e começaria do zero, ou quase do zero, eu tinha clientes e poderia fazer uma parceria ou pegar os clientes como forma de pagamento da empresa que tinha parceria com meu padrasto, mas decretaria minha independência de uma vez por todas, meu MSN começou a piscar, olhei e era Magnon o Gordo, rocei os lábios e resolvi atender.

_ Fala Magnon!

_ Cara!?... O que aconteceu?... Anda sumido... Seu padrasto não deu maiores informações.

_ Expandindo os negócios e estava na França, fiquei mais tempo do que pensava!

_ Eu preciso falar com você e pedir um favor! _ Magnon só me pedia favores quando estava com algum problema sério.

_ O que aconteceu?

_ Dá um pulo aqui no estúdio e te explico melhor.

_ Chego aí em uma hora.

Desliguei o notebook e segui para o meu quarto, me arrumei, pedi um taxi e segui para o Studio de Magnon, andar de taxi até não era de todo o mal, podia me acostumar com isso e era o que eu estava decidido a fazer, paguei e desci assim que cheguei em Newport, olhei para traz e Julius estava estacionando, não dei bola, estava magoado com todos e queria distancia, alguma coisa me dizia que o sumiço de Evanna tinha a ver com eles, Julius me escondia a verdade.