Capítulo 8 ― É tão certo quanto o calor do fogo

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O tempo esfriou quando enfim tomamos banho. Matheus me emprestara uma camiseta e após vestir-se com uma calça de moletom, fomos até a sala, onde ele acendeu a lareira.

― A mesa está preparada, mas está tão frio, que acho melhor comermos por aqui, não acha? ― Perguntou retórico. ― Assim também podemos assistir.

― Ótimo. ― Assenti, acomodando-me no sofá.

A sala era sem dúvidas o local mais aconchegante da casa. O sofá era tão confortável quanto um colchão feito da mais nobre espuma. A lareira dava um toque especial ao local, pois o calor proveniente da mesma, iluminava a sala de uma forma acolhedora, assim não fora necessário deixar as luzes acesas.

― Escolha o filme. ― Ele disse, lançando-me o controle da TV. ― Vou buscar nosso jantar. ― Declarou, piscando de forma sedutora; fã de Nicholas Sparks, optei pelo filme “Cartas para Julieta”. Matheus retornou à sala, trazendo consigo uma bandeja com o vinho e as batatas. Ele olhou o filme na TV e soltou uma risadinha baixa, sentando-se ao meu lado. ― Então você gosta de filmes românticos?

― Filmes... Livros. ― Respondi, dando de ombros. ― O que não quer dizer que eu seja uma.

― Hm... ― Assentiu, com um sorriso no canto dos lábios. Ele pousou uma mão em minha nuca, puxando-me para um beijo. ― Estou adorando ter você aqui comigo. ― Sussurrou, encerrando o beijo com selinhos.

― Também estou. ― Declarei, sorrindo timidamente.

― Espero que goste. ― Ele disse indicando as batatas.

― O cheiro está ótimo! ― A comida e o vinho também estavam. Não faltou elogios para Matheus, que além de cozinhar bem, possuía um ótimo gosto. Contudo, trocamos poucas palavras durante o jantar, pois o filme nos entreteve.

Se aproximava das 00h quando meu celular começou a tocar. Corri até o quarto do Matheus e atendi a ligação. Era minha mãe. Ela estava afoita, perguntando onde eu estava. Só então me dei conta de que eu não havia avisado que iria sair. Pedi desculpas e falei que estava em uma social com alguns colegas da faculdade e que provavelmente eu iria dormir fora. Pedi que ela avisasse meu pai e não o deixasse me esperar, já que o mesmo tinha a mania de ficar acordado toda vez que eu saía. Após chamar minha atenção por longos minutos, ela se despediu com um boa noite.

― Por que não disse a verdade? ― Matheus perguntou assim que desliguei a chamada. Olhei para trás e o vi escorado na porta.

― Porque ela surtaria...

― Surtaria? Pff... Eu como pai não confiaria minha filha com “alguns colegas da faculdade”. ― Debochou, fazendo-me rolar os olhos. ― Você está em ótimas mãos, morena.

― Então você faz a linha dos que se acham? ― Provoquei, arqueando a sobrancelha.

― Eu sou. ― Respondeu, lançando-me um sorriso presunçoso.

Voltamos para a sala, a fim de terminar de assistir ao filme. Quando o sono bateu, encostei minha cabeça no ombro do Matheus, que assim que percebeu, abraçou meu corpo, pousando a boca em meu pescoço, onde distribuiu beijos até chegar em minha orelha.

― Pode esquecer esse sono, morena... ― Sussurrou com a voz rouca, fazendo-me arrepiar.

― Hm... ― Murmurei de olhos fechados. ― E por quê? ― Ele respondeu jogando o corpo sobre o meu. Sua boca alcançou a minha, convidando-me para um beijo carregado de volúpia. Cruzei as pernas em torno de seu corpo, apertando-o entre minhas coxas. Minha camiseta fora erguida num piscar de olhos, revelando meu corpo desnudo. Matheus tinha as mãos firmes e ele gostava de salientar isso, apalpando meu corpo com fervor.

Anastácia (em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora