Vinte e cinco

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Senti-me golpeada com a pior das armas, gerando uma dor fodida e ocasionando lágrimas de sangue. Com falta de ar, pernas bambas e totalmente desnorteada.
Como assim grávida? Então eles mantinham relações sexuais? Ok. Eu não poderia cobrar-lhe nada, estava muito mais podre na história do que ele. Mas tinha de ser a encarregada tingida do capeta?

- Ual. - Foi o que consegui dizer. - Me convida pra ser madrinha! - Desliguei a chamada e no instante seguinte joguei meu celular no chão. - Que se foda também. - Disse limpando minhas lágrimas.
- Está chorando? - Leonardo entrou no quarto, pegando-me no flagra.
- Não é nada demais. - Menti. Se não fosse “nada demais”, eu não estaria tão abalada. - Leo, não vou aguentar ficar aqui sem fazer nada. - Disse mudando de assunto. Ele me analisou antes de falar, suspirou profundamente e balançou a cabeça negativamente.
- Sou uma pessoa tão ruim a ponto de você não querer contar-me seus problemas?
- Não, Leonardo. Só não me sinto à vontade com esse assunto.
- Tudo bem. - Disse desanimado.
- Não faz assim… - Me aproximei dele e segurei em sua mão. Ele desviou o olhar do meu e eu o puxei para um abraço. - Leonardo, por favor. - Ele manteve-se calado. Seu perfume, sua pele, chamaram por minha boca que atendeu o pedido. Meus lábios correram em seu pescoço, entre beijos molhados, fazendo-o arrepiar. - Passa essa noite comigo.
- Você não vale nada. - Sussurrou, fazendo-me sorrir. - Por isso nos damos tão bem. - Ele me pegou no colo e correu comigo até a cama, onde me jogou nela e se jogou em mim.
- Acha mesmo que nos damos tão bem assim?
- Você nasceu pra ser minha. - Suas palavras foram o bastante pra fazer meu corpo se incendiar.
- Não faz isso comigo… - Pedi.
- Você pode fazer o que quiser comigo e eu não posso usar do mesmo jogo que o seu? - Ele disse bem próximo ao meu ouvido, fazendo-me arrepiar, em seguida seus lábios tocaram minha pele, onde ele distribuiu chupões no meu pescoço inteiro, e entre beijinhos, seus lábios encontraram os meus e nos beijamos com fervor. - Gostosa, me domina, vai. - “Seu pedido é uma ordem”, pensei. Mordisquei meu lábio, escondendo um dos meus melhores sorrisos safados. Ele deitou-se na cama e eu me sentei em cima do seu corpo.
- Você tem um fogo do caralho, Leonardo.
- Tenho, e você em vez de apagar meu fogo, você me incendeia ainda mais. - Sorri satisfeita, pegando suas mãos e pousando-as em minha cintura, me inclinei sobre ele e voltamos a nos beijar. Sua ereção já estava formada, e parecia que a qualquer momento rasgaria sua calça, mas eu estava a fim de judiar.

Após um beijo longo e cheio de vontade, ergui meu corpo, observando Leonardo, que me olhava com desejo, como se eu fosse um pedaço de carne e ele um leão prestes a me devorar. Livrei-me de minhas roupas, ficando completamente nua, engatinhei até sua cabeça, colocando-a entre minhas coxas, sentei em seu rosto, deixando minha boceta próxima a sua boca.

- Oh, céus! - Ele gemeu e entendeu o recado, apalpando minha bunda, Leonardo passou a língua entre meus grandes lábios. Uma onda de calor percorreu meu corpo, e de olhos fechados, eu sentia a maravilhosa sensação daquele homem me chupando. Ele empurrava minha bunda, fazendo minha virilha chocar-se contra seu rosto. Ora investia a língua em minha entrada, ora investia os dedos. Eu gemia feito uma cadela no cio, sem me preocupar com os empregados, pois aquela noite era só nossa; Após me oferecer um orgasmo maravilhoso, era minha vez de lhe proporcionar um. Com ele ainda deitado, tirei sua calça e cueca. Seu pau estava feito pedra, uma pedra latejante que se pudesse falar, clamaria meu nome. Sem delongas, curvei-me em frente a sua virilha, segurando seu pau, envolvi-o com minha boca, sugando a cabecinha e engolindo-o aos poucos. Ele segurava meus cabelos, num rabo de cavalo, tomando controle dos meus movimentos. - Caralho! - Caralho, uma sequência de palavrões e logo ele gozou. - A noite é uma criança, mas você vai ter que dar um tempo pro papai se recuperar. - Nós estávamos deitados, eu com a cabeça em seu peito e ele me fazendo cafuné.
- Sem problemas, papai. - Zombei.
- Sério, Ana. Tu é muito gostosa, acaba comigo só com um oral, vai se foder. - Não aguentei e dei risada. Ele puxou minha nuca e nos beijamos. - Tô com medo. - Ele sussurrou entre o beijo.
- Do que? - Fitei seu olhar, encarando-o com dúvida.
- De acontecer de novo. - Continuei olhando-o sem entender. Leonardo suspirou fundo, e após uma pausa de alguns segundos, voltou a falar. - É totalmente errado, totalmente insano e eu fui completamente ousado em deixar isso acontecer?
- Isso o quê?
- Eu estou apaixonado por você.

Matheus: um moreno lindo, de um sorriso encantador e um olhar dominante. Foi paixão, desejo e até mesmo amor à primeira vista. Um homem instigante e misterioso. Tornou-se compatível comigo até mesmo nas omissões.
Vinicius: uma atração recíproca, envolvendo um moleque piranha e uma mocinha que mais tarde viera a ser piranha. Instigante também, que mesmo com a má fama, sempre fora verdadeiro.
Leonardo: ganhou-me numa ocasião proibida. Uma espécie de pai, sendo meu melhor conselheiro, eu poderia me abrir a qualquer momento com ele, pois não haveria julgamentos. Completamente instigante, um verdadeiro perigo.

E eu?

Uma filha da puta escrita em maiúsculo. Que deixou-se envolver por três maravilhosos homens, que em meio há tantas coisas sujas, deixou florir o amor pelos três. Mas não me julgue! Não sou a primeira e nem serei a ultima a fazer parte de um quarteto amoroso. É algo que acontece sem planejar, pois não pense você que é uma situação fácil! Mesmo amando os três eu sabia que teria de escolher somente um.

- Eu te amo, Leonardo! - Pela primeira vez, declarei meus sentimentos. Sendo totalmente aberta com ele, não teria o porquê de lhe esconder algo. - Mas você sabe… - Não tive coragem de encerrar minha fala. Suspirei profundamente e ele notou meu nervosismo.
- Eu sei, Ana. Sei dos seus rolos amorosos, sei que tenho quase a idade do seu pai, sei que minha forma de ganhar dinheiro não é das melhores, sei que não te mereço. - Ele falava com um nó na garganta, prestes a chorar.
- Não fala assim… - Pedi, mas antes de prosseguir, ele me interrompeu.
- Eu tenho medo de sofrer, Ana. Não quero te perder, mas também não quero ser egoísta a ponto de te trazer pro meu mundo. Seria muito injusto, você merece alguém melhor.
- A gente se completa! - Subi em cima do seu corpo, inclinei-me para frente, aproximando nossos rostos. - Lembra?! Você mesmo disse. - Ele assentiu e eu o beijei. Eu não queria fazê-lo sofrer, assim como não queria que Matheus e Vinicius sofressem também. Mas não queria pensar naquilo, pelo menos não naquela hora.

Anastácia (em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora