Assim que chegamos ao final do corredor David pressionou seu corpo no meu, eu que já tinha minha respiração descompensada precisei segurar em seus ombros pra buscar um pouco de ar. Já ele não parecia querer respirar pois passou a beijar meu pescoço me fazendo segurar mais forte em seus ombros. Ele segurava firme minha cintura enquanto lambia lentamente minha pele me fazendo arrepiar inteira, foi quando deu leves mordidas que notei o que estávamos fazendo.
"Tem certeza que é seguro? Estamos na biblioteca." Ele não me deu ouvidos e passou a me torturar com seus beijos que seguiam pra região da clavícula.
"Alguém pode aparecer, podem nos pegar, e..."
"E...?" Se afastou de mim pra me observar.
"Você tá com cheiro de café." Deu um sorriso de lado e soltou suas mãos do meu corpo.
"Se você não está gostando então eu vou embora..." Virou já dando um passo, se distanciando. Então puxei seu braço com força.
Ainda estava rindo quando me aproximei dele e segurei seu pescoço.
Colei nossos corpos sentindo nossas respirações se misturaram.
Suas mãos em volta do meu corpo e nossos olhares presos um ao outro.
Então senti todas as células do meu corpo, todos os poros e minúsculas partículas pedirem por mais contato. E não é por nada não, mas não gosto de dizer não a minha própria biologia. Então fiz o que queria.
Eu o beijei.
Senti sua língua em contato com a minha, me fazendo desligar de todo o resto do mundo. Seu gosto de café que poderia me incomodar só fez eu enlouquecer ainda mais. Ora ou outra ele parava o beijo e dava mordidinhas nos meus lábios. Então sem perceber acabei sendo pressionada na prateleira com suas mãos invadindo meu corpo, fazendo meu vestido subir e eu querer cada vez mais dele.
Só paramos o beijo pra respirar um pouco e nesse meio tempo passamos a descobrir mais sobre o corpo um do outro. Enquanto ia aos poucos colocando minhas mãos por dentro do seu suéter, sentindo sua pele quente entre meus dedos, ele ia passando suas mãos pelas minhas coxas e dando leves apertões enquanto mordia o lóbulo da minha orelha.Quando voltamos a nos beijar já tinha tirado seu suéter e arranhava suas costas. Ele sorria durante o beijo o que me enlouquecia ainda mais, foi quando colocou minhas pernas entrelaçadas em sua cintura que passei a sorrir também.
Quando me imaginaria beijando David Salvatore na biblioteca da faculdade? Ele que era o primeiro da minha lista de pessoas mais desprezíveis do mundo, que me irritava apenas por existir e que fazia meus olhos revirarem de irritação só de vê-lo. Ele que agora tinha seus lábios nos meus, suas mãos apertando meu corpo e fazendo meus olhos revirarem não mais por irritação e sim por prazer.
Arranhava seu pescoço enquanto sentia ele aprofundar o beijo e senti seu coração acelerado junto ao meu e só quando ele passou a beijar meu ombro que eu pude me acalmar mais. Olhei pros lados pra checar se estávamos mesmo sozinhos e foi aí que me arrependi completamente de ter feito. Lá estava a pessoa que eu menos esperava me observando com o olhar mais reprovador e decepcionado do mundo.
No momento em que o vi abaixei minhas pernas e afastei David, mas já era tarde demais. Ele já tinha visto o bastante para dirigir um sorriso debochado pra mim e sair sem falar uma palavra sequer. Mas se seu olhar e sua expressão já me derrotaram então não queria nem ouvir suas palavras. Ainda assim saí praticamente correndo pelo corredor da biblioteca para alcançá-lo, quanto mais eu tentava mais parecia que estava distante. O único momento em que parei foi para pegar minha bolsa e meus livros rapidamente.
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De Repente Amélia
RomanceFocada, quieta e decidida. Características feitas para representar quem era Amélia Barrow, uma garota que sabia tomar decisões e tinha o controle dos seus sentimentos. Mas quando menos esperamos a vida pode nos surpreender. Um reencontro, um aciden...