Final - 26 - Parte I

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Me encontrei com eles e me perguntaram como tinha sido lá dentro. Contei o que tinha acontecido e ficaram surpresos também pelo pedido dele.

Voltamos pra casa e pra finalizar o dia, comemos pizza na janta.

- Estão prontos pra amanhã? - meu pai pergunta.

Desde a morte da minha mãe, eu tinha prometido à mim mesma de que, quando desse, eu iria visitá-la em seu túmulo. Sim, é na África, muito longe, mas eu preciso fazer isso. Não tive uma despedida tão boa com ela, então minha família e eu vamos até lá amanhã.

- É o que eu mais quero. - respondo.

- Tem certeza, amor? - Jou pergunta.

- Claro! Vai ser muito triste na hora, mas eu preciso fazer isso.

Ele concorda sorrindo, sem mostrar os dentes.

- Vocês vão dormir? Porque tipo, nosso voo está marcado para às 04:30 da manhã. - Mel diz.

- Da pra descansarmos um pouco, o aeroporto não é tão longe daqui. - Jou explica.

Concordamos e então fomos para os nossos quartos. Pegamos nossas malas e já deixamos tudo preparado na carro. Com 04 horas de descanso, aproveitamos o máximo, até termos que acordar novamente e enfrentarmos o aeroporto cheio nesta época do ano.

••••

Dezesseis horas se passaram e confesso que pareceu uma eternidade. Chegamos em Joanesburgo e ficamos à procura do Almirante de Esquadra Carlos Emannuel, que foi o responsável pela missão que eles fizeram no dia. Ele vai nos levar onde mamãe está enterrada. Não só ela, como alguns outros marinheiros.

- Favor, senhorita Skye Lima, comparecer à agência de segurança do aeroporto.

Me assustei ao ouvir meu nome ser anunciado, mas imaginei que seria o Carlos me procurando.

Olhei para eles e fomos até lá. Encontramos mesmo com o Almirante e nos apresentamos.

- Sinto muito pela morte da sua mãe. Sara sempre foi muito querida à todos nós. - ele disse.

- Obrigada, eu imagino.

- Você vai querer visitá-la hoje mesmo ou prefere algum outro dia?

- Eu quero o mais rápido possível. - respondo. - Tudo bem ser hoje?

- Por mim sim. - Mel respondeu.

- Também. - Jou disse e meu pai concordou.

- Ok, então queremos ir.

Saímos do aeroporto e um carro estava a nossa espera, estacionado logo em frente à saída. Carlos entrou na parte do motorista e fomos todos atrás, menos meu pai, que foi no banco de carona.

Fiquei ao lado da janela, admirando toda aquela paisagem. Muitos generalizam a África como o lugar mais pobre, miserável e feio do mundo, mas hoje vejo que não é bem assim. Tem paisagens lindas, pessoas normais e felizes andando de lá pra cá. Claro que em algum lugar específico devem ter famílias mais pobres e necessitadas, mas temos que parar de acreditar um pouco em padrões dados pelas pessoas ou até mesmo coisas que elas falam que nem temos certeza se realmente é. Infelizmente, a mídia aumenta e diminui muitas coisas. Hoje sou prova de que todas aquelas notícias que já ouvi, sobre a África, não é uma verdade escancarada. Não que seja mentira, mas também, não daquele tamanho que todos os repórteres diziam.

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