É Confidencial

Capítulo 15

(Quarto de Skye)

Skye gostava de ter ido concretizar a missão na casa assombrada, pois ficar sentada sem fazer nada não era o seu estilo. Precisavam de encontrar pistas, ela pressentia que algo de mau estava para acontecer. Não podia ficar parada. A única coisa que podia fazer era arranjar informações, por mais pequenas que fossem. E a única pessoa que as podia arranjar era o Ward.

Ir ou não ir? Era uma decisão difícil. Ainda custava olhar para o Ward, apesar de terem passado meses da traição. Não era fácil ultrapassar uma situação como esta. Ser traída da pior forma. Mas Skye sabia o que tinha que fazer. Reuniu todas as suas forças e desceu as escadas até ao corredor das prisões. Não é que tivessem muitos prisioneiros.

Skye procurava pela cela 11. Caminhou, passando pela cela 8... 9... 10... e 11. Estava prestes a entrar pela porta quando susteve a respiração de uma forma tão brusca e durante tanto tempo, que foi por um triz que não desmaiou. Não, aquilo não estava a acontecer. De certeza que se enganara na cela. Voltou para trás e olhou para o nome que estava na porta. Sim, lá dizia "Grant Ward", mas então onde estava ele?!

Skye saiu a correr, precisava de avisar alguém. Um serialkiller estava à solta. Um membro da HYDRA que sabia que a SHIELD estava a investigar, que já os traíra. Skye tinha a certeza que isto iria trazer bastantes problemas.

(Casa da Malia)

Ainda demorou até Malia se parar de rir, e, quando o fez, subiu para o parapeito da janela e pôs-se de pé. Observou, por uns momentos a paisagem e voltou a olhar para baixo, para Stiles. No momento a seguir, saltou e aterrou perfeitamente no chão, com as pernas formando um ângulo de 90º perfeito com o chão. Stiles percebeu que aquele salto era , nem mais nem menos que uma tática para gozar com Stiles. Malia olhou pra ele com a sua típica cara sarcástica e disse:

 - Hm... Pensei que tinhas aprendido alguma coisa com o Scott e com todos os anos desde que se transformou. Parece que vou ter que falar com ele.

Stiles solta um pequeno sorriso meio sarcástico, formado apenas pelo levantamento do canto esquerdo da boca, enquanto ainda ajeitava a camisa.

 - Vamos? - disse ele levantando-se, quase a tropeçando e a caindo outra vez, com um sorriso de orelha a orelha, muito fofo.

Dirigiam-se ao carro e Stiles abriu a porta a Malia que lhe agradeceu com um sorriso.

Durante a viagem Malia continuava a perguntar repetidamente onde é que eles estariam a ir e o que iria acontecer. Stiles manteu-se calado, resistindo a tentação de lhe contar tudo. Eles já não faziam algo assim há algum tempo, na verdade, quase nunca arranjavam tempo para fazer este tipo de coisas. No meio de tantos problemas para enfrentar constantemente é difícil encontrar o tempo necessário, mas a verdade é que as relações são como as plantas. Se não cuidarmos delas, morrem. Este era o caso. Ambos ainda gostavam muito um do outro mas as circunstâncias tinham-nos afastado, mas Stiles não iria deixar esta relação acabar assim, então decidiu fazer este ato romântico.

(Floresta)

Quando chegaram a floresta Malia ainda não tinha percebido o que estava a acontecer e encontrava-se cada vez mais confusa, o que é que eles estariam a fazer numa floresta. Ela ainda encontrava algum conforto lá, como se sentisse em harmonia com a natureza. Mas a verdade é que parte dela sempre pertencerá lá, e Stiles sabia disso.

Ele saiu do carro e abriu a mala. Tirou uma cesta de piquenique e duas mantas grandes. Fechou a porta da mala com bastante força devido ao seu entusiasmo e chamou Malia.

Levou-a pela mão a grande velocidade pela floresta até chegarem ao destino premeditado.

Ela ficou a contemplar a paisagem e Stiles ficou a contemplá-la a ela. Era uma encosta. Se olhassem para trás viam a imensidão da floresta, à frente tinham uma vista para toda a cidade, cheia de luzes a brilhar, casas, carros e pessoas atarefadas. Tudo parecia mais bonito ali de cima. Onde eles estavam tinha uma relva baixa muito verde onde se encontravam muitas flores espalhadas por todo o lado.

Ele ainda estava a olhar para Malia quando ela desviou o seu olhar para ele também e indo de encontro ao seu rosto, beijou-o apaixonadamente. O que o deixou sem reação durante uns segundos, pois não estava à espera daquela demonstração de afeto, que já não era tão carinhosa e natural como costumava ser. Mas depois agarrou-a e beijou-a também, como já não fazia há demasiado tempo. Foi um beijo que os deixou sem respiração. Naquele momento parecia que tudo tinha voltado a ser como era no princípio.