Capítulo 9

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-Vai pro inferno Jorge!- ela grita e sai.

É, era assim que tinha sido essas ultimas semanas desde que chegamos a Miami, eu e Sílvia só brigavamos e brigavamos, algumas vezes era puro ciúmes dela com a Elizabeth, e outra era porque a Silvia me provocava.

Tínhamos vindo nessa viajem para nos divertir, para ficarmos juntos, sem ninguém atrapalhar, mas só foi pelo contrário, e eu me encontrava aqui acordado esperando a Sílvia, eram 11:11pm, e ela ainda não tinha chegado, fico preocupado, já que ela nunca fez isso, ela é sempre tão responsável.

Estou sentado na poltrona marrom que havia no quarto do hotel, estava cansado de tantas brigas.

Peguei um dos livros da Sílvia.

- é, vamos vê se você é interessante- falo me referindo a um dos livros da Sílvia, " a vida sexual da mulher feia".

É depois de vinte minutos alguém bate a porta, tenho uma esperança de que seja Sílvia, mas quando abro.

-você?- falo um pouco frustrado- o que faz aqui?

- calma Jorge- diz Elizabeth entrando no quarto- eu só vim te convidar pra uma bebida.

- desculpa Elizabeth mas estou ocupado.

- ocupado? Você está aqui como um idiota esperando a Silvia voltar.

- claro que não- sou frio.

- então vamos ,é só uma bebida no bar do hotel.

- só uma bebida?

- sim, eu não vou te morder não, claro que se você quiser eu mordo.

- não, prefiro só a bebida.

Vou me trocar e em menos de cinco minutos já estamos no elevador.

Estou me perguntando por que aceitei essa bebida, eu sabia que quando a Sílvia soubesse isso seria tema de outra briga nossa, mas não ligo  muito, ela saiu e me deixou sozinho naquele quarto, e pelo que conheço dela, ela deve esta enchendo a cara essas horas, e se ela pode porque eu também não?

A Elizabeth esta estranha, esta com um ar de satisfação ou sei lá o que, esta parecendo criança quando apronta alguma travessura, ou coisa do tipo, eu só espero que ela não esteja armando nada pra atrapalhar eu a Sílvia.

Mas o que ela poderia fazer? Nada, eu já sou bem grande e sei muito bem o que deve ou não fazer, e por mas que esteja com um pouco de raiva da Sílvia, jamais faria nada que a machucasse.

Chegamos no bar, ele esta muito cheio, tem pessoas pra todo canto que vejo, e a pista de dança esta lotada.

- acho melhor irmos embora- eu surgiro, não gosto de ambientes com muitas pessoas e música alta.

- não, vem, vamos- fala Elizabeth me puxando pelo braço ate o bar.

- um heineken por favor?- eu peço ao barmen.

- pra mim o mesmo- diz Elizabeth.

Depois dos nossos pedidos ficamos em silêncio.

- o que houve?- Elizabeth pergunta.

- nada- respondo sem nem a olhar.

- então porque esta assim?- ela insiste.

- acho que eu não deveria esta aqui em baixo com você.

- por que não?

- por que eu tenho namorada, e o que ela iria pensar se me vise aqui com você, ela com certeza não iria gosta nenhum pouco.

- ela não vai liga- ela afirma.

- como assim ela não vai ligar? Claro que vai, ela vai se sentir traída, já que uma vez quando era pra eu esta no quarto estou aqui com você.

- acho que ela não é a traída aqui.

- como assim?

- assim olha- ela aponta para um casal que esta se beijando.

Fico a observar o casal até que me dou conta de quem é aquela mulher, Sílvia, ela não poderia fazer isso comigo.

Uma dor enorme esta no meu peito, como se estivesse alguem esmagando meu coração, e na verdade tinha, a mulher quem eu amava, estava aos beijos com outro homem, eu nunca esperaria uma traição da Sílvia, ela nunca me pareceu o tipo de mulher que trai.

As lágrimas saiam dos meus olhos, como uma criança que acaba de quebrar o brinquedo novo, eu só tinha uma única vontade de acabar com a vida daquele homem, homem o qual eu nem sabia o nome, mas que estava aos beijos com a minha mulher.

Eles finalmente param de se beijar, e recebo um olhar da Sílvia em minha direção, saio do bar, não aguentava mas vê ela, olhar na cara dela, eu queria sentir raiva, mas não, não sentia raiva e sim uma dor,uma forte dor que ocupava todo o meu coração.

- Jorge! Jorge! - eu só conseguia ouvir os gritos da Sílvia atrás de mim, mas eu não conseguia olhar para ela, eu senti um nojo dela.

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