Capítulo 30

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Dizer que meu dia esta mais bipolar que o humor da minha mãe, seria a mais pura verdade.

Ele começa perfeito, a minha reconciliação com o Jorge, tinha aprendido uma receita de omelete, que foi por água a baixo, a mesa da cozinha estava quebrada, eu estou com tantas dores nas pernas que parece mais que me amarraram no tronco e fui chicoteada só nas pernas.

O Jorge sumiu desde o episódio na cozinha, bom eu vim para o quarto dormir e quando acordei, ele tinha saído, e dessa vez não deixou nenhum bilhete. Droga! Odeio ficar sem informação, e pior ficar deitada nessa cama como uma inválida por que minhas pernas estão doloridas. A única coisa que tenho para fazer é olhar a decoração, é bonita, com certeza não foi o Jorge quem decorou.

Depois de uns vinte minutos encarando o teto, resolvo me levanta mesmo com as minhas pernas dizendo que é para eu continua deitada. Ainda estou nua, e não pretendo vesti nenhuma roupa, afinal nem roupa eu tenho aqui, desço as escadas, e fico observando o jardim através das janela que ia do chão ao teto na sala, olho para a piscina, que vontade de entrar, mas nem biquíni eu trouxe, droga! Tenho que lembrar que não tenho roupa a cada vinte minutos.

Essa casa nem telefone tem, estava parecendo uma prisão, e o Jorge que não chega, não tem nada de interessante pra fazer aqui.

Escuto um barulho de carro se aproximando, sinto um friozinho na barriga, sera que é o Jorge? E se for o Gerardo? Mas como ele iria saber onde eu estava? Merda!

Corro para o quarto, pego a primeira lingerie que vejo, e uma blusa do Jorge, quando desço as escadas Jorge estava entrando na casa.

- onde você estava?-perguntei ainda descendo a escada.

- fui resolver algo, e aproveitei para compra algumas coisas- ele diz, e mostra as sacolas em sua mão, se aproxima e me da um breve beijo.

- espero que tenha compra roupas- falo o seguindo até a cozinha, onde ele coloca as sacolas no balcão e se vira para mim.

- pra que roupas?- ele pergunta.

- pra sua mãe vestir- falo irritada- para mim, né Jorge, ou vou ficar 24 horas pelada?

- não é má ideia- ele diz, e da um sorriso malicioso e sexy.

- o que você comprou?- falo me aproximando das sacolas, mas ele aponta para que eu sente na cadeira.

- bom, comprei algumas coisas para comemos, comprei um remédio de dor para você...

- como você sabia que eu estava com dores?- pergunto surpresa.

- você reclamou enquanto dormia, e eu trouxe algo especialmente para você- ele faz uma cara de suspense.

- o que?- pergunto curiosa, me levanto e vou andando até ele.

Ele me das as costas e começa a mexer em algo em uma das sacolas, quando se vira tem nas mãos um prato, com um pedaço de bolo de chocolate, enorme e delicioso, um sorriso surgiu em meus labios, eu amo bolo de chocolate.

- aaaaaaaaaahhhhh- gritei, enquanto pegava o prato com o bolo de sua mão.

- estava passando em frente a uma padaria, quando esse bolo gritou me leva- ele fala rindo, ele vem em minha direção, e passa o dedo no recheio do meu bolo.

- eei- reclamo, visivelmente irritada- é meu, tira o dedo dai.

- é só um pedacinho.

- não, Jorge, ele é só meu- falo me afastando- por que não comprou um pra você.

- é assim né? Então nem vou te mostra a outra coisa que eu trouxe.

Volto rapidamente para a cozinha, e de prato vazio.

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