Capítulo 38

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- bom, estamos na nossa casa, se estiverem tão incomodados podem ir para um hotel, tenho certeza que lá não vai haver ninguém para atrapalhar seu preciso sono- falo irritada.

Já não aguentava mais a minha mãe, sempre se achando a dona de tudo e de todos, e agora querendo mandar também na minha vida sexual.

- esta expulsando sua própria mãe de casa?- minha mãe fala, e já estava mais irritada que antes.

- ela não falou isso isso- Jorge fala.

- falei, falei sim, não aguento mais a senhora querendo mandar na minha casa- falo quase gritando.

- mandar na sua casa? Eu não quero mandar nessa merda de casa- ela fala no mesmo tom de voz que eu estava usando.

- bom vou levar as meninas para o jardim- Camila fala pegando na mão de suas filhas e saindo para o jardim.

-claro que esta mãe, a senhora já pensou em arrumar  um homem pra transar, não tenho culpa se a sua vida é uma merda, e a senhora queira mandar na minha por isso,mais ninguém aguenta a senhora, nem meu pai aguentou a senhora e te trocou por uma mulher bem mais jovem- assim que termino de falar, me dou conta que eu tinha tocado na ferida de Beatriz Navarro.

Jorge e Roberto me olham com repreensão, minha mãe permanece calada me olhando com raiva. A separação dos meus pais, sempre foi um assunto proibido, principalmente quando estamos na presença da minha mãe.

- mãe, eu não...- ela levantou uma das mãos, como quem pede para que eu calasse a boca, ela se levantou e saiu da cozinha.

Me levantei para ir atrás dela mais, Jorge segurou meu braço:

- deixa que eu falo com ela- ele diz, se levantando da cadeira.

- mas, a culpa é minha- falei quase chorando- deixa que eu falo com ela.

- coração, tudo que a Beatriz não deve querer é conversar com você- ele diz.

- ele tem razão, Sílvia, ela não vai querer falar com você- Roberto fala.

Sai da cozinha, e vi que minha mãe estava no jardim, com o que eu acho ser um copo de whisky. Subi as escadas, entrei no meu quarto e fechei a porta.

Merda! Eu sou uma idiota, uma estúpida. Eu sei quanto tempo minha mãe levou para superar o divórcio, e nesses últimos anos isso era um assunto proibido, e eu como uma tipica imbecil, tinha que falar sobre isso.

Sílvia você é uma idiota! Uma idiota!

Me deitei sobre a cama, senti uma pequena pontada na barriga, gemi com a dor.

Sem perceber acabei dormindo, mais acordei com algo mordendo a minha bunda.

- AAIIII- gritei, me virei e vi o Jorge rindo, ele estava de joelhos na cama- você esta ficando louco?- perguntei irritada.

- desculpa, é que não resisti- ele fala e se deita ao meu lado.

- à claro, ai você precisava morder a minha bunda?

-sim-ele fala e me puxa para mais perto de sí, me abraçando por trás- falei com a sua mãe.

-e o que ela falou? Será que agora ela vai falar comigo?- pergunto.

- não, agora ela saiu, convenci ela a continuar aqui, até a casa dela ficar pronta, ela resistiu,mais no final acabou aceitando.

- eu fui uma idiota!- falei me virando e dando um leve beijo em seus lábios.

- você vai querer almoçar agora? Posso mandar a Laura servir nosso almoço aqui?- ele pergunta.

- não, que horas são?- perguntei, procurando o relógio.

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