A força de um Amor

Capítulo 40

- como ela esta doutor? E o que ela teve?

- bom, a paciente esta bem, mas infelizmente ela perdeu o bebê, devido...

- que bebê?- pergunto confuso.

- o senhor não sabia que ela estava grávida? Ela já estava com quatro semanas, não perceberam nenhum dos sintomas?

- eu não fazia a menor ideia disso- falei um pouco confuso.

Não deixei o médico terminar de fala, sai de dentro do hospital, eu estava confuso, não sei explicar o que estava sentindo, e agora de uma hora pra outra eu descubro que a Sílvia iria me da um filho e agora ela perdeu a criança.

Eu não consigo conter as lágrimas, eu iria ser pai, a Sílvia iria me da um filho. Sempre foi meu sonho um filho, e depois que conheci a Sílvia esse sonho só aumentou, eu quero construir uma família com ela, quero morrer ao seu lado, mais não sei se isso é o que ela quer, quero dizer, sera que ela sabia que estava grávida? E se sabia por que não me contou nada?

- Jorge?- escuto a voz do meu pai atrás de mim, ele vem em minha direção e me abraça, e agora sim eu desabo em lágrimas.

- ela esta grávida, eu iria ser pai- falo assim que paramos de nos abraçar, meu pai e eu caminhamos até um banco que ficava na frente do hospital.

-eu entendo que esse sempre foi o seu sonho filho, mais a vida é que segue, e vocês vão ter muitas oportunidades de ter outros filhos.

- as coisas aconteceram tão rápida entre nós- começo a falar- em menos de um mês juntos, já fomos morar juntos, o nosso relacionamento começou tão rápido e tão intenso.

- vocês se conhecem há anos Jorge, a sua mãe em um mês de namoro já estava com o Roberto na barriga, vocês até que demoraram, vocês já se conheciam, acho que só não ficaram juntos antes por que a Sílvia era casada com o Gerardo.

-vocês foram diferente, e em época  , eu e a Sílvia eramos amigos, e quando percebemos já estávamos namorando, e morando juntos, depois teve nossa viagem para Miami, ai nos separamos, depois voltamos e nos separamos por causa do Gerardo...

- e você tentou um suicídio, eu ainda não acredito que você fez isso- meu pai fala me interrompendo.

-eu à amo, não sei o que fazer da minha vida sem ela, mais depois voltamos e estamos bem, ela estava grávida, está estava esperando um filho meu.

- eu sei Jorge, você acha que eu também não estou sofrendo, eu iria ser avô...

- isso é meu sonho pai, eu quero acorda todos os dias e saber que a Sílvia vai esta ao meu lado, saber que no quarto ao lado tem uma pessoinha, que vai me chamar de "papai"- falo chorando.

-calma filho- meu pai fala passando a mão em minhas costas- vocês ainda vão ter muitos filhos.

- a Sílvia não quer filho, ela tem medo, tem medo que eu a abandone depois que ela tiver a criança...

- você jamais abandonaria um filho, e muito menos a Sílvia- meu pai fala.

- eu sei, mais ela tem medo, a Beatriz de um jeito louco, acabou culpando a Sílvia pela separação dela com o Luís, ai a Sílvia tem medo de que depois que tivermos um filho eu abandone ela, talvez seja por isso que ela não quer casar agora.

- vocês já pensaram em dar um tempo,por que como você mesmo falou, você tem planos diferente  da Sílvia- meu pai fala, e eu o olho surpreso, como ele acha que eu deixaria a Sílvia, após saber que ela estava esperando um filho meu.

- você só pode esta ficando louco- falo irritado.

- não, vocês deveriam da um tempo, talvez a Sílvia não seja a mulher certa pra você, ela não te merece, isso sempre esteve engasgado na minha garganta, vocês não foram feito um pro outro, e eu acredito que ela não te ama como você ama ela.

- quem você acha que é pra falar que ela não me ama? Você não manda mais na minha vida, eu não vou da um tempo pra ninguém,muito menos pra Silvia o senhor nunca vai saber do que estou falando, você nunca amou a mamãe, e se eu fosse o senhor iria embora daqui, me deixa sozinho!- falo irritado e quase gritando.

- eu vou te deixar sozinho,mais pensa em tudo que eu falei- ele fala saindo.

Ele só pode ta ficando louco, como ele pode falar para eu e a Sílvia darmos um tempo? Eu jamais deixaria ela principalmente agora que ela perdeu um filho meu, ela precisa do meu apoio, precisa saber que eu estou do lado dela.

                         (...)

- como ela esta Beatriz?- pergunto assim que entro no quarto onde a Sílvia estava.

- ainda esta dormindo- Beatriz fala- você esta melhor? Você sumiu desde que soube que ela tinha perdido o bebê.

- eu precisava fica um pouco sozinho, digerir a notícia, você acha que ela sabia que estava grávida?- pergunto.

- bom, eu acredito que toda mulher sabe quando esta grávida, eu tenho certeza que ela sabia.

- por que ela não me contou então?- pergunto confuso.

-a culpa é minha, eu não soube criar a Sílvia, eu culpava ela pelo meu divórcio, as vezes dizia que se ela não existisse minha vida seria bem melhor, só que eu estava errada, a Sílvia foi a melhor coisa que me aconteceu, ela é uma bênção, e a pessoa que eu mais amo, só que há vinte anos atrás eu a culpava por a minha vida ser uma merda, eu errei Jorge, cometi um erro terrível com a minha filha, e a culpa dela não querer ser mãe, é toda minha.

- eu não vou mentir, mais a culpa é sua mesmo, como você foi capaz de culpar uma criança, pelo seu divórcio? E o Luís casou cinco vezes depois de você, ele tem seis filhas e você ainda não superou isso?

- eu sou uma idiota, eu sei- ela respira fundo - eu pra sua casa, você vai passar a noite aqui com ela?

- claro que vou- eu disse, enquanto me aproximava da Sílvia e pegava sua mão fria.

- Jorge, me promete que nunca ira abandonar ela- Beatriz fala atrás de mim- que você vai ficar do lado dela não importa o que vai acontecer, e que vai sempre cuidar dela, promete?

- eu jamais abandonaria ela, a Sílvia é a minha que eu amo, eu seria incapaz de fazer algo para mágoa ela, tudo que eu mais quero é que ela fique bem, e quero que ela seja a mulher mais feliz do mundo ao meu lado, quero acordar e dormir ao seu lado, casar e ter vários filhos, envelhecer ao seu lado, e morrer ao seu lado- enquanto falava isso algumas lágrimas escorriam por minha face.

- então não esquece nada disso que você falou- Beatriz fala, enquanto caminhava até a porta- e sobre " casar e ter filhos " boa sorte quando for convencer ela.

Minha nova fic: Traições.