Capítulo 26

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Já faz umas duas horas que a minha mãe saiu, não faço a menor ideia de onde ela pode ter ido, já liguei e mandei mensagem mas nada dela me responder, já estou ficando preocupada.

- o que você tem?- meus pensamentos são interrompidos por Gerardo.

- que susto, quer me matar do coração?- pergunto irritada.

- eu te fiz uma pergunta, me responde- ele ordena.

- é a minha mãe.

- o que tem a Beatriz?

- ela saiu e ainda não voltou.

-não faz a menor falta, aquela velha insuportável.

- OLHA LÁ COMO VOCÊ FALA DA MINHA MÃE- grito.

- olha lá você, isso é jeito de falar comigo? sobe para o quarto.

- mas a minha mãe vai descobri que tem algo errado com essa droga de casamento.

- então vá para o meu quarto.

Saio pisando duro, ele é um filho da puta, quando estou subindo as escadas ele grita.

- hoje ha noite você não vai ter como se livra da mim.

Porcaria, agora sim ele iria me obrigar a ir pra cama com ele,droga! isso não pode acontecer,  eu não quero ir com ele pra cama.

Entro no quarto e começo a chora, não quero nem pensa no Gerardo me tocando ou me beijando, mas sera inevitável, minha mãe esta aqui não tem nem como escapa dessa.













- onde você estava?pergunto a Beatriz.

- não é da sua conta- ela é fria.

- nossa mãe ,você não pode sair assim e não dizer nada.

- como você disse " mãe " eu sou a mãe da história, não vem querer inverter os papéis não ta.

- não to invertendo, você saiu daqui dizendo que iria resolver minha vida e só volta depois de três horas.

- sua vida ta muito complicada, acha que é fácil assim de resolver é? não, amanhã nos iremos ao Salão, seu cabelo ta um lixo.

- você sabe como aumenta a alto estima das pessoas em- sou irônica.

- e depois vamos no Lá Bunkers.

- não gosto da comida de lá.

- Sílvia, desde quando te perguntei se você gostava de algo, eu gosto e vamos pra lá sim.

- ok, não vou discuti.

- acho bom.

- posso dormir com você?- pergunto.

- o que?- minha mãe pergunta surpresa- você não acha que já passou da idade disso não?

- eu estou com saudades mãe- faço cara de dengo.

- ta, mais nada de abraços na madrugada.

- obrigada, muitíssimo obrigada- falo dando beijos nela.

- para com essa melação Sílvia, caso o contrário não dorme mais comigo.

- ta, obrigada, vamos jantar?

- vá descendo, tenho que fazer uma ligação.

Desço as escadas, entro na cozinha e o Gerardo já esta sentado na mesa, ele fica me encarando.

- hoje a noite promete querida- ele fala enquanto me olha.

- eu vou dormir com a minha mãe.

- como?

- isso que você ouviu.

- você não vai dormir com ela, vai dormir comigo- ele afirma.

- claro que ela vai dormir comigo- minha mãe fala ao entra na cozinha.

- mas Beatriz...

- nada de mas Gerardo, estou com saudades da minha filha e quero dormir com ela, você tem muito tempo pra dormir com ela.

- claro- ele responde irritado.

Jantamos em  silêncio, algumas vezes o Gerardo tentava puxa assunto com a minha mãe mas ela o ignorava, ele já estava de saco cheio, o bom é que consegui me livra dele por essa noite, mas inda tem as outras não vou consegui fugir pra sempre.

Depois do jantar formos todos para os quartos, minha mãe me questionou varias vezes por que eu não queria dormir com o Gerardo, com certeza ela já esta desconfiada de que ta tento algo de errado, e ainda tem essa saída dela hoje a tarde, não é possivel que ela tenha demorado três horas pra marca uma hora no salão, tem algo a mas ai.








Chegamos ao La bunkers, estamos no estacionamento, minha mãe esta estranha, sempre olhando para os lados como se esperasse alguém.

- ainda não entendi por que a senhora comprou tantas lingerie pra mim.

- você vai precisa- ela responde sem nem me olhar.

- como assim?- pergunto confusa.

- você logo vai saber.

Minha mãe pega o telefone e começa uma ligação.

Ligação on.

- Sim, já estamos aqui- ela fala calmamente- comprei- estou olhando curiosamente para minha mãe- você já esta aqui? Ta estamos no estacionamento- ela fala e desliga.

Ligação off.

- quem era? Pergunto curiosa.

- deixa de ser curiosa, você vai descobrir em breve.

Estamos há um bom tempo paradas no estacionamento, já estou inquieta,curiosa e faminta, tínhamos saido de casa as 08:00 e eu ainda não havia comido nada, isso estava me lembrando as semanas que passei trancada naquele quarto escuro e frio.

Depois de um tempo, vejo um carro familiar se aproximando, re conheço o carro, é do Jorge,penso que  isso deve ser só uma conhecidencia,até vê ele vindo em nossa direção, ele estava tão lindo, e sexy, sentir uma saudades inexplicável de seus lábios,mas não eu não posso.

- Beatriz- Jorge fala se aproximando da minha mãe, eles se abraçam e logo em seguida ele se vira para mim- Sílvia.

- Oi- respondo tentando não ter muito contato visual.

- bom, agora que você chegou já vou indo- minha mãe fala se afastando.

- mãe! Você vai me deixar aqui sozinha?- pergunto ha repreendendo.

- calma Silvia, eu não vou te comer, ha não ser que você queira- Jorge fala, e da um sorriso malicioso.

- tchau querida- minha mãe passa dirigindo o carro.

Não podia acreditar que ela tinha ido embora e me deixado aqui sozinha com o Jorge, ele estava me encarando, senti minhas pernas ficarem trêmulas só com a sua presença.

- Vamos!- diz o Jorge puxando meu braço.

- eu não vou pra nenhum lugar com você- afirmo, me soltando dele.

- Sílvia, vem comigo.

- não, Jorge eu não vou pra porra nenhuma com você- falo tentando manter firmeza.

- ah vai- ele me pega no colo.

- me solta- falo me debatendo- me solta Jorge!

- cala a boca- ele ordena.

Ele me leva até o carro, me coloca dentro do carro, e tranca a porta.

- ABRE ESSA PORTA! JORGE ABRE ISSO- grito, enquanto ele entra- você ta louco? Quem pensa que é?

- PORRA! CALA ESSA BOCA! -ele grita irritado.

Merda! O que o Jorge esta fazendo? E a minha mãe, esses dois estavam armando essa cilada pra mim, e como eu pude cair nisso.

Se o Gerardo descobre que eu encontrei,ou pior que estou com o Jorge, ele me mata.


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