Capítulo 35

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Desde que a Beatriz me ligou para me falar sobre esse maldito video que não tenho mais sossego,era como se uma bomba tivesse explodido, e querendo ou não foi isso que houve uma bomba, as coisas estavam acontecendo tão rápido, meu telefone não para de tocar, era advogado, a Beatriz, meu pai,o pai da Sílvia e muita, mais muita gente da imprensa. Sílvia tenta parecer forte, estava sempre contando piadas sem graça, rindo sozinha, sempre que da ela vai no banheiro e eu tenho certeza que é pra chorar.

- você esta melhor?- pergunto assim que ela sai do banheiro, ela esta pálida e com os olhos vermelhos.

- sim, só um pouco cansada, a minha mãe ainda não chegou?- ela pergunta enquanto se senta na cama.

- não, ela ligou para avisar que vai atrasar por causa do trânsito- me sento ao seu lado e a envolvo em um abraço.

-por que isso tinha que acontecer logo agora?-ela pergunta e percebo uma lágrima escorrendo em seu rosto.

- não sei, Sílvia, eu juro que se eu pudesse fazer com que esse maldito vídeo sumisse eu faria,juro- falo e enxugo as suas lágrimas.

- já estou até imaginando quando a minha mãe chegar, ela deve esta querendo nos matar, ou melhor me matar.

-eu jamais deixaria ela te matar- falo e ela rir- falei com o meu pai.

- e o que o seu Ricardo falou?- ela pergunta.

- ele está vindo pra cá- falo e me levanto para pegar meu celular que estava tocando, mais desligo assim que vejo na tela o nome da Elizabeth.

- quem era?- Sílvia pergunta curiosa.

- ninguém importante.

- e sobre seu pai, ele vai vir por causa do vídeo?- ela pergunta.

- não, graças a Deus, ele não viu esse vídeo.

Sílvia continua calada.

- ele ira ficar em nossa casa, algum problema?- pergunto.

- não, o seu Ricardo é de longe uma das pessoas mais legais que conheço.

- claro ela é meu pai.

- e também tem um filho que é a pessoa mais convencida que eu conheço.

- eu sou convencido? E você que é uma teimosa.

- eu não sou teimosa- ela fala irritada.

- há não, você não é teimosa?

- ta, talvez eu seja um pouco teimosa, mais vamos mudar de assunto, seu irmão também ira vir?

- talvez sim, mais ele também não viu o vídeo se é isso que você queria saber.

-ótimo, dois a menos pra eu me esconder.

- também não é pra tanto, coração- falo e ela me olha raivosa.

- não? Você já viu os comentários ao meu respeito? Pra você deve esta sendo fácil, você é homem as pessoas não estão de julgando- ela fala irritada.

- não vamos começar uma discussão agora, Sílvia.

Ela não responde nada, fica em silêncio. Eu entendo que deve estar sendo horrível para ela, eu vi alguns dos comentários sobre a Sílvia.

" vagabunda, deveria se dá ao respeito, ela esta em um local público "

" que mulher nojenta, ela não sabe que tem motel não? "

" você é famosa, deveria se dar ao respeito"

Com certeza, ela nunca imaginou escutar algo assim, ela sempre foi tão querida, por todos, bom ela ainda muito querida e amada.

A campanhia toca, Sílvia me olha assustada, provavelmente é a Beatriz, tudo que nos não precisamos é da Beatriz nos dando lição de moral e nos falando o quão irresponsável nós fomos, sabemos disso.

Assim que abro a porta, recebo um tapa, um pouco forte para uma mulher.

- bom dia pra você também Beatriz- falo enquanto ela invade o quarto.

- IRRESPONSÁVEIS- ela grita, invadindo o quarto.

Ela para em frente a Sílvia, por um momento tenho quase certeza que ela vai pular em cima da Sílvia e estrangular ela, por sorte ela não faz isso.

- o que você tem na cabeça?- ela pergunta pra Sílvia- sera que eu não te ensinei porra nenhuma.

- Beatriz vamos nos acalmar...

- cala a boca, Jorge, eu ainda não cheguei em você- ela me interrompe- você sabe quantas ligações eu já recebi hoje? MILHARES! Seu pai esta uma fera com você.

- eu devo imaginar- Sílvia fala com a cabeça baixa.

- você imagina? Você não imagina nada! Você sabia que existe um ambiente chamado " quarto"?

- eu sei mãe.

- não, não sabe, por que se soubesse não estaria se comportando como uma vagabunda, uma qualquer.

- Beatriz! Da pra você parar de falar assim com a Sílvia, sabemos que estamos errados, não precisamos de você nem de ninguém para nós falar isso- falo irritado.

- cala a boca, Jorge, que a culpa dessa merda toda é sua, se você soubesse controlar esse seu pau, a minha filha não estaria nessa situação- Beatriz fala irritada, ela esta tão irritada que está ficando vermelha.

-bom não foi o júnior que ele usou- Sílvia brinca, e eu não consigo conter o riso.

-júnior? Mais que merda é júnior?- Beatriz pergunta.

- júnior é o júnior- eu falo.

- não vai me dizer que você botou o nome do pênis do Jorge de júnior?-ela pergunta a Sílvia.

- bom acho que você não veio aqui pra falar do júnior- Sílvia diz mudando de assunto.

- cadê seu advogado? Ele disse que viria junto com você- pergunto.

- ele esta resolvendo a merda que vocês fizeram.

O celular de Beatriz toca.

- sim- ela fala assim que atende- há claro, muito obrigada- ela desliga.

- quem era?- Sílvia pergunta.

- o advogado, ele disse que já conseguiu tirar o video e qualquer outra notícia sobre esse vídeo da internet- ela fala indo em direção a porta.

- pra onde você vai?- Sílvia pergunta.

- eu vou beber, não vou continuar aqui gastando saliva com vocês dois- ela fala e sai, batendo a porta com força.

Silvia se levanta e vem em minha direção me abraça,  eu estava aliviado sabendo que o vídeo já não estava mais na internet, mesmo sabendo que isso não acabaria assim, vou descobrir quem fez isso e assim que eu souber, essa pessoa vai me pagar.

- você estava bem engraçadinha- comento.

- eu precisava, caso o contrário eu iria pular no pescoço da minha mãe e matar ela.

Rimos.

- até que ela estava de bom humor hoje, caso o contrário ela iria arrancar o júnior- Sílvia fala e eu começo a rir.

- eu vou rezar pra não encontrar ela de mau humor- brinco- não posso perder o meu p... Júnior.

Sílvia rir, eu a viro de frente pra mim, e os meus lábios encontram o dela e suavemente nossas línguas começam uma dança de paixão e desejo, a pego em meus braços e caminho até a cama sem interromper o nosso beijo. A deito e logo um seguida, me deito por cima de seu corpo, ela solta um leve gemido em minha boca.

- acho que agora sim, você esta merecendo que eu te der o que você quer- sussurro em seus lábios.
















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