Teacher, Please • ziall

Capítulo 11

Niall's P.O.V.

Sabe aquela expressão "bunda de bêbado não tem dono"? Eu juro por Deus que nunca passou pela minha cabeça fazer algo com a bunda do Sr. Malik. Sério! Mas com o pau dele... talvez esteja sem dono também!

Meu Deus, Niall, ele é homofóbico filho da puta que já te fez sofrer! SE CONCENTRA EM DEIXAR ELE EM CASA E IR EMBORA!

O problema todo é que fica bastante difícil se concentrar em algo quando se tem alguém tão gostoso junto ao seu corpo, tão cheiroso, tão forte, tão... Oh, Jesus, lá vou eu de novo! Tenho que parar com isso.

A minha sorte é que ele está muito bêbado e apenas murmura algumas coisas de tempo em tempo. Coisas que eu não faço ideia. É aquela famosa língua que ninguém entende. A língua BDPFAC (Bêbados Demais Para Falar Algo Coerente).

O professor Malik nem se dá ao trabalho de abrir os olhos, me deixando levar praticamente todo o peso do seu corpo, o que é muito difícil pra mim que sou um inseto na frente dele.

Agora, arrastando ele com o meu braço direito em sua cintura e o meu braço esquerdo segurando seu braço esquerdo também, comecei a pensar sobre o que o levou a beber tanto assim. Será o... Não! Impossível!

Deve ser algum motivo realmente sério para ele ter feito isso. O Sr. Michael, aquele velho que me atendeu no outro dia e que estava com Zayn, que agora eu sei que é realmente dono do bar, disse que o professor Malik não costuma beber tanto assim. O Sr. Michael disse que ele estava com raiva, mas que não sabia o porquê.

Parece que o Sr. Michael e o Sr. Malik se conhecem a bastante tempo. Parecem íntimos também. Tão íntimos que foi o Sr. Michael que me ensinou o endereço do apartamento de Zayn. Eu mesmo já estivesse aqui uma vez, mas nem prestei atenção no caminho.

Apartei o botão 22 do elevador. O que desgraçado mora na cobertura! Isso sem contar o carro dele, no qual eu vim dirigindo, uma BMW preta do ano. Podre de rico!

Ainda bem que ninguém nos viu entrando, a não ser pelas câmeras de segurança, é claro. Quando parei o carro em frente ao portão de acesso ao prédio, pensei que teria que descer e falar com o porteiro. Eu já estava me preparando para dar alguma justificativa tipo: "Oi, eu não moro aqui, só vim deixar o meu professor no carro dele, isso não é um assalto, eu não droguei ele."

Mas logo que eu parei o carro, o portão se abriu. Com certeza o porteiro reconhecera o carro. Ainda bem que os vidros são totalmente pretos. Então foi só entrar e ir direto com o carro para o estacionamento subsolo. Lá não tinha ninguém. Apenas eu e meu professor gostoso pegando o elevador.

Sério! Por que o Zayn não é igual ao professor de Cálculo 1? O Sr. Khlaus? Barrigudo, careca, baixo e com uma verruga enorme na pálpebra esquerda, que no caso deveria se ser um terceiro olho que queria aparecer e não deu certo. E pra piorar ele ainda fica a aula toda tirando meleca do nariz.

Para piorar as coisas, agora estou sozinho no elevador com o Sr. Malik. Sozinhos. O Sr. Malik resolve mexer sua cabeça, que antes estava apoiada em seu ombro direito e agora está apoiada no meu ombro direito. Não se dando por satisfeito, o filho da mãe inclina mais a cabeça, provavelmente procurando conforto, parecia um gatinho quando fica passando a cabeça no corpo todo das pessoas. Como diabos essas coisas veem na minha cabeça?

Enfim... o caso é que o meu professou acabou raspando a boca no meu pescoço, que é uma zona muito sensível pra mim, ou seja, eu acabei me arrepiando todo e soltando um suspiro, incapaz de me conter, mesmo mordendo o lábio inferior.

Ele parou de se remexer e continuou com a boca na parte lateral direita do meu pescoço e sua respiração quente e calma passando por toda parte de trás. Eu com certeza poderia gozar assim. Porra e esse andar que não chega?