Capítulo 14

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Niall's P.O.V.

Acordei com um som de alarme que não é meu. Abri os olhos com enorme dificuldade e mais uma vez senti o peso de um braço em cima de mim. O quê... Oh, não!

Então tudo aconteceu mesmo.

É tão insano que é quase impossível de se acreditar, se não fosse o braço bem tonificado preso a minha cintura de forma totalmente possessiva, eu poderia jurar que tudo foi um sonho.

Aliás, se não me engano, nós dormimos com uma boa distância, considerando que a cama é enorme. Não me lembro de estarmos tão colados. O seu aperto na minha cintura... parece querer me prender a ele, como se a qualquer momento eu fosse fugir, mas ele não iria permitir.

Sem contar que a sua perna direita dele está jogada em cima de mim. É, ele realmente não quer que eu fuja!

Ah! E um pequeno-enorme detalhe: estamos tão colados a ponto de eu sentir seu volume por dentro da boxer roçar no lado direito do meu quadril. Eu posso sentir sua ereção matinal tomando forma, a sua respiração quente e profunda fazendo cócegas no meu pescoço, o seu peitoral subindo e descendo de seu ombro, o calor de seu corpo junto ao meu... Porra! Acho que temos duas ereções aqui!

Sinto o Sr. Malik se mexer um pouco. Merda! Tinha me esquecido que o alarme ainda está tocando!

Alcancei o aparelho responsável pelo barulho odioso... Sério! Como alguém pode colocar Nirvana como alarme? Ainda bem que o alarme estava no criado mudo ao meu lado.

Escorreguei lentamente para fora da cama sem querer acordar meu professor.

Quando coloquei meu pé no chão, senti um dor aguda na bunda. Porra, esse desgraçado me paga!

Pior ainda foi quando eu fui me abaixar para pegar as minhas roupas que estavam no chão. Parece que o meu corpo está sendo cortado no meio, mas me acalmei ao lembrar do prazer que senti ontem. O filho da mãe sabe fazer direitinho!

Após me vestir totalmente, fazer minha higiene matinal — usando o dedo como escova dental, o que não é muito eficiente, mas já peguei uma certa prática devido a tantas vezes que fiz isso —, fui acordar o Sr. Malik. Afinal, se o alarme dele tocou, é porque ele tem que acordar.

— Senh- ah, Zayn — chamei mexendo em seu ombro direito de leve, sem obter nenhum resultado. — Vamos, Zayn, acorde — continuei chamando, desta vez um pouco mais alto e a única coisa que recebi foi um murmuro indecifrável.

— ACORDA, ZAYN — grito. Talvez eu não seja a pessoa mais paciente do mundo.

Seu corpo dá um salto e ele abre os olhos imediatamente, assustado. Tive que segurar o riso.

— Tá louco? Isso é jeito de acordar alguém? — ele tenta gritar, mas sua voz está tão rouca que é impossível.

— Você está atrasado — falei suavemente, igual uma atendente de telemarketing.

— Merda — sussurrou quando olhou em seu relógio de pulso, logo correndo para o banheiro.

Mesmo indo tão rápido quanto um ladrão que foge da polícia, pra mim, foi como se estivesse em câmera lenta, pois a ereção dele sufocada naquele tecido preto me hipnotizou.

Caralho, que cacete!

Enquanto ele está no banheiro, eu fico no quarto o esperando. Eu devo esperar? É melhor eu ir embora?

Tento raciocinar direito, mas é impossível organizar os últimos acontecimentos, aliás, tem sido bastante difícil raciocinar desde que eu vim morar aqui em Londres. Como diabos a minha vida foi ficar tão porra louca assim?

Teacher, Please • ziallOnde histórias criam vida. Descubra agora