🌄Capítulo 15🌄

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Tony

Ainda de pé, em frente a ela no meio da sala, eu aguardava sua resposta.

— Eu quero você, não sei o que decidir, mas, ainda assim, eu fiz a escolha. Vou pra Recife, aceitarei a proposta do seu pai, mas isso não significa que nosso amor acabou. Eu estarei sempre aqui e quero que sempre vá lá me ver. Não sei como faremos isso, mas... Se tiver que ser, será.

Ela não parecia tão certa daquilo, mas se sua certeza da nossa relação dependesse de mim, eu confirmaria o que precisasse.

Um pequeno alívio se apoderou de mim ao escutar aquilo, mesmo que não fosse o tipo de relacionamento que sonhava levar.

— Então... Não precisamos terminar nosso namoro de poucos dias? — Abri um curto sorriso.

— Não, não vamos terminar. Apenas vamos nos ver menos, mas vamos continuar. — ela me confortou.

Nos abraçamos, sentindo ambos o calor e os batimentos cardíacos um do outro. Naqueles momentos, só queria que as coisas fossem mais simples, mas se era o melhor para ela, eu deveria apoiar. Decidi que daria a ela essa chance e não tentaria impedi-la, mesmo sabendo que seria difícil pela distância. Estava disposto a tudo por ela.

No fim do dia não conseguimos ver o sol se pondo. Deixei Amanda em casa e dei um beijo de despedida apaixonado em seus lábios. Decidi não entregar o cartão-postal do pôr do sol que já havia escrito. Prometi a mim mesmo que, quando nos víssemos novamente, o faria, e ela decidiu que passaria a noite organizando suas coisas para a viagem e ajustando tudo com meu pai. Apenas concordei, como um bom namorado faria, e a deixei sozinha para isso.

Voltei para minha casa feliz de um lado, mas sentindo uma aflição do outro.

Deveria ter sido o susto de perdê-la, provavelmente passaria logo.

Amanda.

Ao chegar em meu quarto, deitei sobre a cama e meu celular tocou. Era Bruna.

— Fala, Bruninha, me ligou?

— Liguei cedo, mas decidi ligar agora, pois sei que está em casa.

— Tudo bem, o que tem pra dizer?

— Amanda, você não precisa aceitar a proposta de Douglas, na realidade você pode aceitar, mas não precisa concordar com todos os termos, faça uma contraproposta! — Bruna falava animadamente.

— Como assim, Bruna? — Uma chama de esperança acendeu em meu peito.

— Coloque os seus termos, o que você faria se fosse a dona da empresa?

— Ah, eu colocaria o Antônio como o vice-presidente ou me juntaria a ele para sermos diretores da Gali Recife, para que ficássemos juntos — nem pensei ao responder.

— Sugira isso! Diga a ele que aceita ser a vice-diretora de lá, se Antônio for o diretor com você. Se ele colocar a diretoria da unidade de BH como empecilho, vocês podem sugerir dirigir as duas unidades daqui da cidade mesmo, fazendo viagens periódicas a Recife apenas para verificar os números. Daí o atual diretor continua lá apenas para manter a ordem e cumprir o que vocês determinarem.

— É uma boa ideia. — Um calafrio percorreu minha espinha. — Bruna, acha que ele vai aceitar?

— De imediato, não, mas ele vai analisar e te ouvir. Se esses forem seus termos, ele deve pensar bem antes de negar, afinal, ele precisa de você, não precisa?

Ai, meu Deus. Seria essa uma chance de não sair perdendo em nada?

— Sim. Farei isso, mas falarei amanhã. Vou até lá participar da reunião e ver como tudo anda, depois conversarei com Douglas e veremos no que dá.

1 - Inesquecível {VERSAO WATTPAD}Onde histórias criam vida. Descubra agora