4 ANOS DEPOIS
"A cor preta consiste na cor mais escura de todo o espectro das cores e simboliza respeito, morte, isolamento, medo, solidão."
Louis nunca entendeu o porquê de usarem pretos em velórios, até chegar sua vez de usar, agora ele entende que preto é o reflexo do que sua alma sente, um vazio, solidão, dor, escuridão, entre outras maneiras de se dizer um pouco de cada sentimento. Todos em sua volta choravam alguns amigos outros ele nem sabia quem era. Seu corpo doía, mas era uma dor emocional não física, claro, a dor emocional se torna 3 vezes pior do que qualquer outra. Seu corpo estremeceu quando o coveiro anunciou que faltavam alguns minutos para fechar o túmulo, sua mente dava voltas tentando achar uma maneira certa de se despedir de sua pequena e amada, Elisa.
- É engraçado como as pessoas passam rápido por nossas vidas e nos deixam marcas tão profundas... Foi assim com você... Nossa amiga, companheira, confidente, irmã, namorada e mãe... Sempre com um sorriso no rosto, sempre disposto á ouvir e ajudar a quem precisava. Sabemos que há tempo para todo o propósito debaixo do céu, que há tempo de nascer e que há tempo de morrer... Sentiremos saudades pra sempre. Talvez lembrando do que podíamos ter feito e não fizemos, das palavras que deveriam ser ditas e não dissemos, atitudes que deveríamos ter tido e não tivemos. E se tivéssemos feito tudo, o tudo não seria suficiente. Somos assim despreparados pra perda e impacientes com o tempo, o qual deixamos responsável por apagar o nosso sofrimento. Estamos tristes pela falta que nos faz, mas gratos á Deus por termos conhecido você um dia. - Louis beija a rosa em sua mão antes de jogar no túmulo de sua irmã.
- Sentirei sua falta Elisa! - Foi a vez de Carly tomar seu discurso para a cunhada que tanto adorava - Eu prometi que cuidaria de Arthur e assim farei, sei que meu irmão será o melhor pai como você pediu que fosse e eu estarei lá pra ajudar. - Carly leva a mão sobre sua barriga de 4 messes antes de jogar sua flor - Sentiremos saudades.
E assim se foi o velório cheio de despedida, todos sabiam o quanto de coragem Elisa tinha, deram 2 anos de vida, ela teimosa viveu 4 e ainda deixou um filho de 3 anos para "alegrar" a vida de seu noivo.
Carly descia a escada com dificuldade por conta da barriga enorme, estava no seu 9° de gestação e tudo que sabiam era que era uma menina, o nome? A mesma escolheu fazer uma surpresa para o seu noivo e amigos.
- Hey! O que eu disse sobre descer escada sozinha? - Louis chama a atenção de sua noiva.
- Estou grávida Louis, não invalida!- Ela bufa frustada - Ela esta quieta hoje. - Ela acaricia a barriga sentando no sofá.
- Deve ser normal, né? - Louis faz uma careta tentando imaginar o que sua "angel" fazia dentro da barriga - Sua tia ficaria tão feliz em te ver minha pequena! - Ele brinca com a barriga de sua noiva - Hoje seria seu aniversário de 20 anos. - Sua expressão muda de feliz para triste como água muda pra vinho.
- Ela iria amar nossa filha! - Carly rouba um selinho do amado. Um tempo se passou e a dor em seu ventre volto, a mesma dor que sentiu ontem, mas achou ser a mesma cólica que sentiu durante a gravidez, mas hoje estava pior. A mão soada de Carly apertar o braço de Louis que assistia uma canal qualquer na TV, ele franziu a testa e a olhou. Ela expirava e inspirava, procurando por ar, e também alívio da dor, porém seu noivo não sabia, então apenas sorriu para a mesma, procurando um retorno e a certeza de que tudo estava bem, mas essa não veio. Apenas uma careta de dor.
- Tá doendo Louis, e muito! - ela sussurrou, gemendo cada vez mais.
- Fica calma, calma, respira! - falou não sabendo o que fazer.
- Me leva pro hospital! - desta vez Carly falou mais alto, chamando atenção de Louis, que a olhou assustado ficando sem reação. - LOUIS! - ela gritou, percebendo que não tinha forças para levantar, ele que procurava a chave do carro a olhou, ainda estava assustado.
- Vou te levar pro carro! - sussurrou enquanto a pegava no colo, levando até o carro. Carly gritou de dor novamente, cansada de sentir aquelas contrações, que pareciam piorar a todo momento, até sentir a alguém segurar sua mão. Olhou para cima e viu Louis, que segurou sua mão e a apertou, demonstrando confiança. Louis, por sua vez, queria tirar todos aqueles carros de sua frente, a cada vez que ouvia um berro de dor de sua mulher, pensava em como seu neném era apressado, afinal o parto deveria acontecer em duas semanas. Olhou novamente para sua noiva, que urrava de dor, apertando sua mão cada vez mais forte. Ele desejava apenas que ela ficasse bem.
Depois de alguns minutos que pareceram uma longa e tortuosa eternidade, chegaram ao hospital, Louis saiu apressado do carro, pegando sua quase esposa no colo em seguida. Alguns enfermeiros logo chegaram, levando-a dali, enquanto Louis ainda ouvia seus gritos de dor. Se sentiu um nada por não poder fazer algo para tirar aquele sofrimento de sua noiva.- O parto será feito, quem irá a acompanhar? - Louis foi despertado pela voz de uma enfermeira que o chamou, olhou o relógio mais uma vez, vendo que faltavam alguns minutos para se completarem 2 horas, desde a hora que haviam chego.
- Acho que a mãe del... - foi interrompido por sua amada, que havia acabado de gritar seu nome, ele apenas negou com a cabeça, dizendo que ele mesmo iria, fazendo sua mãe que avia chegado a um tempo atrás sorrir orgulhosa. Algumas horas depois, de muito esforço por parte de Carly, o choro agudo do bebê encheu o ambiente e Louis, que estava uma pilha de nervos, foi ver sua menina, ele sorriu e sentiu seus olhos ficar úmidos pelas lágrimas. A médica entregou a mais nova mamãe para segurar.
- Já sabem o nome? - A médica perguntou e o casal se entre olhou, ela sabia o nome, mas ele ainda não.
- Será Elisa! - Sua noiva ainda fraca devido ao parto respondeu vendo os olhos azuis de seu antigo diretor se encher de lágrimas - Elisa Angelis Tomlinson. - Ela disse por fim, é claro que a pequena teria o nome da mãe "Manson", nas no momento seria muito grande pra Carly dizer.
- Obrigado! - Louis diz tomado pela emoção. Era a segunda vida que Deus estava dando para Elisa, mesmo não sendo ela ainda assim de alguma maneira estranha a menina que nasceu era Elisa.
O Casal formado por ex- diretor e ex- aluna avia dado certo, por mais louco que seja a história deles avia dado um grande passo é agora como todos sabem o final não podia ser diferente. Carly disse para seu noivo antes de beija - lo, ela disse o que todos queriam ouvir novamente.
- Eu amo você Meu Querido Diretor!
The end.
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Meu Querido Diretor
Roman pour AdolescentsCarly Manson Uma boa filha até um certo ponto, mora com sua Sr. Louren, seu pai até então desconhecido pois abandonou a família quando Carly nem se quer tinha nascido, sem dar qualquer notícia de vida. Carly uma aluna um tanto quanto rebelde, seu j...