SEM REVISÃO
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Heitor
Eu mal dormi naquela noite, meu corpo estava doendo, a minha cabeça estava explodindo e meu humor estava o pior possível. Eu ainda estava tenso com os acontecimentos da noite anterior: entrar no conjunto para buscar a Carol, todo aquele perigo que nós dois corremos...eu nunca imaginei que passaria por coisa parecida. Me dava até calafrios pensar que se eu não tivesse recursos para ir buscar a Carol, provavelmente, nós dois estaríamos mortos uma hora dessas. Aquela noite tinha sido horrível, mas dentre todos os acontecimentos o que mais me chateou foi receber aquele "não" da Carol. Aquilo sim tinha me deixado mal.Eu estava deitado na cama e não parava de pensar nisso. Quando o relógio que estava no criado mudo marcou 06h20 da manhã eu decidi me levantar. Fui para o banheiro e tomei um banho demorado, deixei a água quente cair no meu corpo em uma tentativa de diminuir a tensão que estava concentrada nos meus músculos. Não adiantou muito, senti a dor diminuir um pouco, mas ainda sim meu corpo estava dolorido. Desliguei o chuveiro, enrolei a toalha em volta da cintura e sai do banheiro.
Sai do quarto onde eu tinha dormido e fui andando pelo corredor até chegar na suíte principal. Abri a porta devagar, entrei no quarto e me aproximei da cama. A Carol ainda dormia, estava encolhida na cama e abraçada com o travesseiro, eu me sentei do seu lado e passei a mão pelo seu rosto. Confesso que ver ela abraçada com o travesseiro me fez sentir culpado por ter deixado ela dormir sozinha, eu não poderia ter discutido com a Carol daquele jeito justamente no momento que ela precisava de mim. Eu deixei um selinho na sua boca e me levantei com cuidado para não acorda-la. Era visível que a Carol estava cansada, ela precisava dormir mais um pouco, ainda mais depois de tudo que ela tinha passado nesses últimos dias.
Fui até o closet e peguei um dos ternos que estava lá, me vesti com ele sai do quarto sem fazer barulho. Voltei para o outro quarto e acabei de me arrumar para ir trabalhar. Antes de sair do apartamento eu deixei um cartão de credito e um bilhete para Carol em cima da mesa.
Desci pelo elevador privativo até a garagem, peguei meu carro e parti em direção a empresa. Eu tinha certeza que a Carol reclamaria porque eu não a havia acordado para ir trabalhar, mas paciência, eu aguentaria o sermão. Não queria que ela fosse trabalhar hoje. Ela precisava relaxar, desde que eu conheço a Carol a vida dela se resumia em serviço e faculdade, aquilo me dava agonia. Eu queria que pelo menos hoje ela ficasse na cama, sem se preocupar com serviço ou qualquer outra coisa.
Cheguei na sede da companhia por volta de 07h50, estacionei meu carro na vaga reservada para mim e subi pelo elevador comum até o vigésimo quinto andar, onde ficava a minha sala. Minha secretaria já havia chegado, eu a cumprimentei e entrei direto para o escritório. Assim que me sentei na mesa meu celular tocou.Olhei na tela e era do numero da minha mãe.
-Oi mãe.- eu atendi no segundo toque.
-Heitor, você quer me matar do coração? É isso? Você quer infartar a sua mãe?- ela falou desesperada.
-Calma mãe.
-Calma uma ova. Seu pai acabou de me dizer que você entrou dentro de um boca de fumo cheia de traficante armado. Você enlouqueceu Heitor?
-Não era para ele ter te falado.
-Então vocês dois tinham se juntado para me enganar. Por isso ele estava me enrolando desde ontem. Bem que eu desconfiei, por isso mesmo dei uma prensa nele hoje de manhã. Eu não sei mais o que faço com vocês dois! Você puxou a maluquice do seu pai!- ela falou exasperada.
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Carol - Ao seu lado encontrei o amor. #Wattys2018
RomansaLIVRO REGISTRADO- PLÁGIO É CRIME. Carol perdeu a família em um acidente de carro aos dez anos de idade e desde então mora com a sua tia em um conjunto habitacional. Na sua vida existiam dois amores: o pequeno Cauã (Fruto da traição da sua prima com...