Lucian parou no enorme pátio pavimentado, desmontando e descendo ela também. Um velho se aproximou, sorridente.
- Jovem mestre, que bom vê-lo! Chegaste bem dentro do prazo! - o velho apontou os olhos para el surpreso, mas se. Deixar de sorrir. - Ora ora, o que temos aqui?
- Yves, esta é Gisele. O lugar dela será aqui agora.
Ela não sabia como reagir. Deu um passo à frente e estendeu a mão ao homem.
- É um prazer, senhor Yves.
O velho aceitou o aperto de mão prontamente.
- O prazer é todo meu, Srta. Gisele! Bem vinda. Espero que sinta-se em casa. - tomou a rédea do cavalo. - Senhor, não tomarei mais do seu tempo agora, Irma o espera nervosa. A velha não para de tagarelar desde que chegou a notícia de que o senhor estava retornando. Lady Galahad também se encontra inquieta e ansiosa.
Lucian deu um sorriso rápido e sem mostrar os dentes. Foi a primeira que ela o viu assim. Nem durante a conversas com seus homens ele relaxara desta maneira, era uma imagem bonita de se ver e ela só parou de divagar quando ouviu-o chamando, já dá porta.
- Vamos, mulher! Não tenho o dia todo!
O salão de Pedra era amplo e bem claro. Ricamente decorado com tapeçarias nas paredes e arranjos de flores frescas em vasos. Alguns quadros de pessoas bonitas estavam espalhados ali também. Gisele sentiu algo roçar em sua perna, assustando-a. Era um bonito gato laranja, com uma coleira azul escura. Atrás dele, fazendo sinal para chamá-lo uma senhora de meia idade que estacou assim que viu Lucian na entrada.
- Meu senhor, não acredito! - ela se aproximou. - Está mais magro, nao tem comido bem não é? Estas incursões vão acabar por matá-lo, pobrezinho...
- Eu estou bem, Irma. Garanto que estou do mesmo jeito que saí de casa Um pouco mais cansado, talvez... - voltou-se para a menina mais uma vez. - Esta é Gisele. Irma, escute bem. Ela não é uma criada da casa. Espero que seja tratada com respeito. Preciso também que a senhora lhe arrume roupas descentes, não economize.
A senhora a olhou de uma forma doce. Era como se os olhos calorosos aquecessem a alma de Gisele.
- Não se preocupe, meu senhor. A mocinha receberá o melhor tratamento possível...
- Pois bem, preciso ver "Você Sabe Quem" agora.
- Claro! - a mulher segurou um risinho. - Ela está na sala, lendo.
Ele avançou até lá, deixando as duas para trás.
- Senhorita Gisele, sinto dentro de mim que sua chegada aqui trará bons presságios a esta casa tão triste. - A mulher permanecia com um sorriso bobo na cara.
- Porque diz isso, Sra. Irma?
- Oh, me chame apenas pelo nome, detesto todo este floreio social! - Abanou o braço, despreocupadamente. - É que nunca vi meu senhor trazer uma moça para casa, seja convidada ou menos ainda, uma criada. E devo dizer que uma coisinha tão bela como a senhorita ainda deixará tudo mais bonito.
Gisele corou. Se a mulher soubesse das circunstâncias de sua permanência ali e de seu único dever como divertimento para seu mestre certamente não falaria assim.
- De forma alguma, senhor...Irma. Ao contrário do que seu senhor disse, pretendo ajudar no que puder! Não sou convidada aqui e nem pretendo agir como uma! Farei o que me designar. Sou muito boa com a limpeza, e o que eu não souber aprendo rápido.
A mulher lhe puxou pelo braço, animada.
- No momento preciso apenas de companhia enquanto preparo o almoço, venha!
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O Toque da Maldade (FINALIZADA)
Literatura FemininaCapa por ANNARODRIGUESS O que você faria se fosse obrigada a virar para o lado inimigo? Gisele morava com os pais numa humilde fazenda nos limites do condado de Ashmore. Um dia, cavaleiros das terras vizinhas atacaram sua vila, dizimando todos os s...