Capítulo 5 - A Amante

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Ele se aproximou dela, beijando-lhe o pescoço. Gisele sentiu-se derreter. Estava começando a adorar aquele jeito autoritário de alguém que não estava acostumado a receber um "não" como resposta. Era como se somente ela fosse o suficiente para aplacar-lhe o desejo. Mas estranhamente o homem não tentava agarra-la e forçar nada. Aparentava estar mais interessado em conquistar do que impor-se sobre ela. Era quase como um jogo, como se ele esperasse vê-la implorando por mais.

Lucian retirou a camisa e em seguida pegou a mão da mulher, guiando-a para dentro de sua calça. O grosso membro acordou na mesma hora em que foi envolvido pelos dedos pequenos.

Gisele pressionou ali a mão e iniciou um lento movimento de vai e vem, mordendo o lábio inferior. O homem estava com a boca entreaberta e ele a olhava diretamente nos olhos. Dois poderiam brincar neste jogo. Ela desceu a peça de roupa dele é passou a distribuir beijos por todo o peito amplo, abdômen e curva da virilha.

- Beije-me... - ele pediu, entre gemidos.

Ela lambeu toda a extensão do órgão em riste, demorando-se mais na extremidade. Ele se engasgou, como se não esperasse isto dela. Gisele aprofundou a carícia, engolindo boa parte do músculo generoso até que lhe tocasse a garganta. Nunca havia feito coisa parecida e não tinha certeza se estava certo, mas surtia um efeito devastador no homem enorme e taciturno, que agora parecia indefeso e em êxtase. Subitamente ele a agarrou, fazendo com que se levantasse e levantou a saia do vestido azul que ela usava, expondo as nádegas pequenas e delicadas. Ela surpreendeu-se com o tapa que ele deu ali, antes de arregaçar os cordões que prendiam a peça pelas costas, fazendo-o escorregar até o chão.

Lucian estava maravilhado com aquela visão a luz do dia. O corpo pequeno e delicado tinha as medidas perfeitas para ele. Era como uma das estátuas gregas que Lorde Powell tinha em seu jardim. Os seios eram facilmente escondidos com uma mão, ou com a boca e os quadris redondos lhe davam uma simetria feminina e sensual. As coxas grossas imploravam para serem beijadas, e entre elas...ah, a realidade era que queria foder com ela em cada canto possível dessa casa. Faze-la gemer e gritar alto, para que todos os moradores soubessem que Gisele o pertencia.

Ele a agarrou por baixo das nádegas, erguendo-a com facilidade e entrando na enorme tina de água morna. Sentou-se com ela ainda sobre o seu colo. A mulher começou a se mexer ritmicamente, provocando. Ele lhe segurou as ancas e se inclinou, tomando o pequeno seio direito entre os lábios, usando a língua para estimular o bico entumescido.

Ela jogou a cabeça para trás, acariciando os cabelos longos e grossos de Lucian enquanto ele a excitava e esfregava o pênis entre suas coxas.

- Vire-se. - ele ordenou, com um olhar sereno, e ao mesmo tempo predador.

Ela obedeceu, virando-se de joelhos na tina e segurando a borda, inclinando-se para ele. Gisele sentiu que Lucian a admirava e não pôde deixar de corar violentamente.

-...perfeita. - ele sussurrou, posicionando-se atrás dela e esfregando o membro molhado entre as nádegas dela.

Gisele sentiu um frio na barriga, algo entre prazer e receio. Tinha certeza de que eles dois já haviam quebrado dezenas de regras da Santa Igreja, mas  não se importava.

Lucian introduziu lentamente o pênis ali, sem parar de acariciar e estimular a região íntima dela. Gisele sentiu um pouco de dor e incômodo a princípio, mas foi relaxando até recebe-lo por inteiro ali. Ele estocava lentamente, com cuidado de não machuca-la, beijando-lhe as costas molhadas e sussurrando palavras que ela não conseguia entender. Não demorou muito até que ela mesma não resistisse as carícias que ele provocava com os dedos em sua feminilidade, chegando ao orgasmo em espasmos ritmados que o arrastaram junto na espiral de prazer. Ele a agarrou pela cintura, fazendo-a se virar e a beijando delicadamente. Ficaram ali até que a água esfriasse, descendo para o almoço em seguida.

Violet não foi vista na mesa e Lucian pareceu não se importar com o fato. Gisele sabia qual a causa de tal rebeldia é se ressentia pelo fato.

- Sua irmã me odeia. - Disse finalmente, interrompendo a refeição.

- Ouça-me. - ele começou. - Violet pode ser bem caprichosa as vezes. Não quero que deixe que ela Assuma controle sobre você. Tente impor seu lugar. Eu não estarei sempre aqui para defende-la. Enquanto Ashmore não se render serei chamado para pressionar seu Lorde, ficando fora por algum tempo. Não poderei me desconcentrar pensando no quanto minha irmã diabólica a molesta. Prometa-me que não permitirá isto, tudo bem?

Gisele assentiu lentamente. Sempre tivera um temperamento pacífico. Quando criança os outros pequenos constantemente se impunham sobre ela, obrigando-a a cumprir seus caprichos egoístas. Ela realmente não tinha sangue quente o suficiente para empreender uma discussão com alguém, mas tentaria não se deixar atingir pelo temperamento ruim de Violet.

****

     Naquela mesma tarde Lucian saiu dizendo que iria até Lorde Antony para reportar a missão é receber a estratégia para dar continuidade à sua missão. A agradável Sra. Irma levou Gisele até a costureira onde fizeram encomendas de lindos vestidos e levaram alguns já prontos para casa. Gisele surpreendeu-se com a virada rápida que sua vida havia dado. Já em casa ela conversava alegremente na cozinha com a amiga governanta.

- Irma, eu gostaria de saber onde dormirei. Ainda não fui apresentada a meu quarto. Por acaso dividiremos o mesmo aposento?

- Não, queria. Você dormirá junto ao meu Lorde, no quarto dele.

Seu rosto se encheu de vergonha pela naturalidade com a qual a empregada se dirigiu a ela enquanto cortava cogumelos.

- Oh, Gisele! Não precisa ficar assim! Meu senhor é um homem solteiro, é normal que tenha uma amante. Até por que o temperamento evasivo dele unido a possessividade de Lady Violet não permitirão que esta casa tenha uma senhora legítima jamais.

Ela ainda não havia pensado nisso. Era uma amante. Uma esposa falsa, que carregava a responsabilidade de dar prazer e companhia a seu senhor. Pegou-se imaginando se algum dia teria filhos. Pequenos bastardos agarrados a suas saias, enquanto o pai escondia de todos a existência deles. Sentiu uma pontada de mágoa no coração, mas afastou isso rapidamente, dizendo para si mesma que Lucian estava proporcionando a ela uma vida muito melhor do que a que poderia levar lá fora, por conta própria. Foi quando percebeu que Irma largava a faca e fazia uma rápida reverência. Olhou em direção a porta para ver que Violet acabara de entrar no recinto, o gato laranja felpudo em seus braços e a mesma expressão costumeira de superioridade no rosto bonito e severo.

- Irma, poderia nos deixar a sós por favor?

- Claro, minha senhora. - Irma saiu, mas não sem antes lançar um olhar cauteloso para Gisele.

Violet desceu os poucos degraus de Pedra para dentro da cozinha e circulou Gisele, analisando-a. Finalmente parou a sua frente e deu um sorriso cínico.

- Pequena demais. Parece um filhote de guaxinim, com estes olhos de fome e o corpo magrelo!

Gisele se irritou com o comentário desnecessário da outra. Apertou os lábios até se tornarem uma linha dura.

- É mesmo? Pois seu irmão parece ter se agradado muito de mim...

Antes que pudesse terminar a frase sentiu no rosto o peso da bofetada de Violet, que arfava, com o rosto contorcido numa máscara de ódio.

- Meça suas palavras, vagabunda estrangeira! Quem você pensa que é, afinal? Chega do nada e já infla o ego neste seu peito chato! Achas que será algo aqui? A senhora da casa? Não passa de uma prostituta, um mero passatempo para Lucian! Ele nunca se casaria com você, sua porca! Unindo-se com uma criatura baixa como assim ele perderia seu título, e disto ele NUNCA abriria mão! Aproveite enquanto pode, pois logo ele se cansará de você e em menos tempo do que imagina estará pelos becos da sarjeta vendendo este seu corpo imundo por qualquer trocado. Eu mesma farei questão de que este dia chegue, o quanto antes!

Tão logo destilou seu veneno Violet saiu pisando duro, deixando para trás uma Gisele chorosa e humilhada.

 O Toque da Maldade (FINALIZADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora