Hunted - Capítulo 9

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Eu e o Niall sentámo-nos na cama ao som de alguém a gritar em algum lugar da casa.

“Isto foi o James?” Eu perguntei sonolenta, estendendo a mão para o walkie-talkie do bebé.

“Não tenho a certeza querida, mas vou ver!”

As meus olhos ardiam quando o Niall ligou o candeeiro e vestiu um par de calças. Ele bocejou enquanto se arrastou para fora do quarto, eu esfreguei o rosto. James tem tido umas noites agitadas, ele acordava aleatoriamente a meio da noite cheio de energia e teríamos que lhe dar pelo menos meia hora de atenção antes de ele voltar a adormecer. Era difícil ficar irritada com isso porque ele era tão querido e fica sempre tão feliz por nos ver. Ouvi o Niall a gritar e eu saltei da cama, vesti o meu robe e saí a correr para ver o que se passava. O Niall estava com as mãos e os joelhos no chão à procura debaixo do berço e o seu rosto ficou pálido quando me viu.

“Nialler o que é que se p— oh meu Deus, o James não está no berço?” O meu coração parou de bater quando vi o berço vazio, não estava nada nele com exceção do seu peluche, que estava deitado de barriga para baixo no canto.

“Não sei… porra, ele não consegue sair do berço sozinho, pois não?” Niall perguntou em pânico, olhando em torno do quarto.

“NÃO! Onde é que ele está?” Eu gritava e sentia cada órgão dentro do meu corpo a morrer lentamente.

“Eu prometo que o ouvi – eu vou à rua ver se alguém o levou, eles não podem ter ido muito longe. Espera aqui querida, não saias daqui.” Niall beijou a minha boca e correu para fora do quarto e desceu as escadas.

Agarrei no peluche e caí no chão a chorar, a tremer enquanto me enrolava numa bola sentindo-me inútil e impotente – James podia estar em qualquer lugar – qualquer pessoa o poderia ter levado, ele não tinha o seu canguru, ele não gosta do escuro – ele estaria tão assustado e ele iria chamar por mim e pelo Niall e eu não o conseguir consolar – eu levantei-me e procurei freneticamente em cada canto da casa, chamando o James através dos soluços, embora eu soubesse, no meu coração, que ele não estava em casa. Eu não conseguia respirar, eu não sabia o que fazer. O meu bebé, o meu James – alguém o tinha. Alguém o havia levado de nós, e eu a dormir. James.

Engoli em seco quando ouvi o Niall a correr para dentro de casa e eu quase caí das escadas para ver que ele não o tinha encontrado.

“Há marcas de pneus, ao virar da esquina – vou levar o carro para ver se encontro qualquer coisa – achas que é melhor se ficares aqui ou—”

“De maneira nenhuma, eu vou contigo!”

“OK amor, veste algumas roupas e saímos.”

“Prometo que se meter as mãos em cima do filho da puta que levou o meu filho, acabo com ele.” Niall rosnou enquanto acelerava ao longo da estrada principal, os nós dos dedos ficavam brancos no volante.

Eu estava num estado dormente de desespero e horror, chorava e gritava nas minhas mãos enquanto me inclinava no banco do passageiro para descansar os meus joelhos. A condução errática do Niall lembrou-me da noite em que ele me salvou com a carinha e me protegeu, ele sempre apareceu por mim, ele sempre me salvou.

O meu coração foi raptado com o meu filho, eu sentia-me vazia, fria e sem alma. Seja qual for as sensações, emoções ou sentimentos que eu tenha, estão todos postos no Niall; a minha confiança estava nele e ele deu-me essa forte sensação de segurança só por estar aqui comigo.

“Eu vou encontrá-lo amor, eu vou trazê-lo de volta.” Niall disse engasgado e isso fez-me chorar ainda mais.

“Ele – ele pode estar em qualquer lugar; o que – o que – o que é que ainda estás à procura?”

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