Hunted - Capítulo 10

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Liam’s POV

Um guarda encontrou-me e levou-me para um elevador que nos levou pelas profundezas do subsolo onde estava o Simmons. James estava desesperado para dormir mas estava demasiado assustado e perturbado com tudo o que estava a acontecer para conseguir adormecer. Ele contorcia-se nos meus braços e empurrava o meu peito, ainda a resmungar pelo Niall mas mantive-o contra mim, nos meus braços. O Dr. Simmons era tão inexpressivo e antissocial que me fez pensar como é que alguém como ele poderia ser tão poderoso, mas imaginei que fosse a sua mente genial que o fizesse quem ele era.

“Payne! Estava a perguntar-me quanto tempo é que demorarias em voltar aqui.” Ele disse quando entrei na sala e fiquei diante da sua mesa de aço coberta por um enorme computador.

Eu fiz uma careta, imaginando o que é que ele queria dizer com aquele comentário, mas fui direto ao ponto.

“Trouxe o bebé, eu sei que era isso que você queria – e agora eu preciso que me ajude – eu preciso de uma dose mais forte de Wolf Shot; esta está a demorar muito tempo.”

“Estás a fazer isso por escolha?” Ele riu-se com condescendência.

“Sim, eu não quero ser humano.”

“Deixa-me ver… desespero, desistência, ato irrefletido de vingança… isso só pode significar coração partido eu, considerando o facto de teres raptado o bebé Horan, suponho que a rapariga em questão só pode ser a mãe dele. Então, cheguei a uma conclusão, eu diria que estás a tentar ter alguma vingança séria sobre o Horan, mas a única maneira em que te irias sentir suficientemente forte para ir contra ele, seria se te tornasses um hostil; estou certo?”

Olhei para o Simmons, irritado por ele me conseguir ler. Ele era como um maldito psiquiatra a tentar descobrir-me, e foi irónico como ele me tinha conhecido no espaço de cinco minutos enquanto a Dra. Teasdale levou meses para o fazer. Acho que o meu silêncio foi a confirmação de que ele estava totalmente certo. 

“Liam, eu compreendo. Há pessoas neste mundo que aparecem como uma erupção inesperada e infetam as nossas vidas, eles levam tudo para longe de nós e somos nós quem fica com as cicatrizes, então eu vou ajudar-te mas temos que fazer um acordo. Eu preciso do Horan, vivo. Ele é extremamente valioso para a minha pesquisa e eu tenho a certeza que o seu filho também o será. Tu trouxeste-me um deles, agora eu preciso do outro. Acrescentar a rapariga também é um bónus que irei apreciar. Tu trazes-me o Horan e, eu asseguro-te que, quando eu fizer tudo o que tenho a fazer com ele, ele será todo teu.”

“E você dar-me-á a injeção?”

“Payne, eu vou deixar-te andar à solta na nossa farmácia se me entregares a criança. Nós não estamos a pensar em magoá-lo – embora, eu suponha que a presença da tua consciência não se esteja a sentir tão forte como costumava sentir. Ah, e dá-nos um par de semanas antes de trazeres o Horan – mantém-te apenas a observá-lo até estarmos pronto para ele. Vamos precisar de algum tempo com a criança, primeiro.”

Esperei para ver se ia sentir qualquer remorso sobre o que estava a fazer, mas o James era completamente um estranho para mim, ele não significava nada para mim. A injeção estava a funcionar. Entreguei-o ao Simmons, que estava a olhar para ele como se fosse um brinquedo novo.

“Bem, não há necessidade de fazermos aqueles testes todos de ADN – porque ele tem as características do Horan por todo lado.” Ele comentou enquanto segurava o James para o examinar.

Ele mexeu-se cansado e começou a chorar novamente, a sua cara de choro foi o que me fez lembrar da Blair. Ele não tinha nenhuma das suas características para além da sua expressão quando ficava chateado.

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