Hunted

Hunted - Capítulo 28

James’ POV
16 anos depois.

Darcy: A que horas é que queres que vá? Será que a tua mãe precisa de ajuda com alguma coisa? xx
James: Podes vir quando quiseres, linda. Estamos apenas a preparar tudo, a mãe parece ter tudo sob controlo! xx
Darcy: Okay, chego daqui a 10 minutos. Vejo-te em breve aniversariante :p xx

Eu sorri e empurrei o meu telemóvel de volta para o bolso para continuar a levar as bandejas com as sanduiches para a sala. A minha mãe tinha feito um esforço absurdo para esta festa assim como fez com todos os meus outros aniversários. Sempre tivemos uma tradição de fazer uma festa em casa para a familia e para os amigos dos meus pais, então eu podia fazer o que eu quisesse com os meus amigos na segunda parte das minhas festas de anos. O tio Nathaniel e a tia Dakota trouxeram os meus primos Christian e Anastasia; os pais do meu amigo Troy, Perrie e Zayn, vinham sempre com presentes épicos e, obviamente, Darcy, a minha namorada com os pais, Harry e Haley. O Dr. Tomlinson (Louis) era o meu preferido, ele costumava compra-me sempre presentes irritantes e brinquedos quando eu era pequeno e então ele agora dava-me coisas perigosas como armas de batatas e conjuntos de química quando. O avô e a avó estavam na cozinha, a fazer uma enorme salada de macarrão que era algo de famoso na família.
“Matt, pára com isso. Podes ter um cupcake quando todos tiverem aqui – eu quero que eles vejam tudo primeiro.” A mãe disse ao Matt pela sexta vez naquele dia, ele tentou roubar um dos cupcakes. Novamente.
A mãe era fantástica a fazer cupcakes, ela fez alguns para mim e decorou-os com bolas de golfe. A festa era uma espécie de golfe temático; balões verdes com ‘18’ sobre eles estavam amarrados em todos os lugares e o meu pai tinha conseguido uma fotografia enorme minha quando jogámos golfe pela primeira vez, eu tinha quatro anos, vestido com uma camisola que a minha avó tinha tricotado e estava presa na parede principal por trás da mesa da comida.
“Mas o Theo roubou um cupcake de chocolate.” Matt lamentou com a sua voz irritante de queixinhas.
“Bem, ele não o devia ter feito porque ele já é velho o suficiente para saber que não o pode fazer. Se estás com fome, podes comer alguns dos Oreos que estão na cozinha, mas vamos comer entretanto por isso não exageres!”
Matt passou por nós tão rapidamente que ele só se transformou em um borrão enquanto explodia pela cozinha. A nossa casa já estava um caos e ainda ninguém tinha chegado. A campainha tocou e a Wolfie ladrou.
“Silêncio, é apenas a Darcy!” Eu ri-me, arranjando-me enquanto abria a porta, mas ela tentava morder a maçaneta da porta.
“Amooooooooooor, parabéns!” Darcy puxou-me para um abraço e eu larguei a coleira da Wolfie enquanto ela corria ao redor das nossas pernas, roçando a cabeça contra os nossos tornozelos.
“Olá! Só para avisar que o circo começou!”
“Bom, duh, isto é a casa dos Horan.” Ela brincou e deu-me um beijo.

Eu adorava quando a nossa casa estava cheia, mas já era normal porque estava sempre cheia de pessoas. Alayne tinha as amigas a dormir cá o tempo todo, o Matt corria por todo o lado com outros putos de 12 anos, o meu pai tinha os amigos soldados para jogarem Poker e comerem Pizza e agora que já tinha 18 anos, já me podia juntar a eles (palavras do meu pai), e ele prometeu levar-me para o primeiro jogo no fim-de-semana. As noites que eu mais gostava era quando o meu pai cozinhava um enorme buffet de comida mexicana e o Harry, a Haley e a Darcy vinham e fazíamos com que o Matt e os gémeos ficassem no andar de cima com alguns subornos como jogos de playstation e algumas festas do pijama e seriamos assim, apenas nós os seis a ver filmes aleatórios com nachos e pipocas.
Eu não conseguia saber quantas pessoas estavam aqui porque todos se moviam de um lado para o outro, mas não deviam ser mais de vinte pessoas. Eu partilhava a poltrona na sala com a Darcy enquanto o meu Ipod tocava a minha playlist da cozinha e comíamos algumas coisas.
“HORA DOS PRESENTES!” Ouvi o meu pai a gritar e a desligar a música, enquanto fazia com que todos se reunissem em torno dos sofás na sala principal. 
Darcy deslizou do meu colo e sentou-se no braço da poltrona para me dar algum espaço para abrir os presentes que as pessoas me entregavam; tinham diversos tamanhos – eu queria abrir o da Darcy primeiro porque ela andou a dar-me dicas durante a semana toda e estava a deixar-me doido!
Estava tão bem embalado com um papel verde holográfico (a minha cor preferida, e uma montagem com o tema de golfe) e ainda amarrou uma fita preta enorme em torno dele, mostrando o seu lado criativo. Ignorei os flashes que saíam da máquina fotográfica da minha mãe (já estava habituado) e rasguei o papel brilhante até que estava a segurar uma caixa de sapatos. Sorri quando percebi que sabia que sapatos eram antes de abrir a caixa.
“Tu não fizeste isto?” Eu olhei para ela e ela passou o braço em volta do meu ombro, sorrindo. 
Eu levantei a tampa e tirei de lá os sapatos que eu queria há tanto tempo.
“Muito obrigado, namorada!” Eu disse e beijei-a, embora eu soubesse que a minha mãe estaria a tirar milhões de fotos (conseguia ouvir o som do clique e os flashes o que me dizia que tinha razão).
Os Maliks deram-me um novo conjunto de baquetas que me fizeram lembrar que costumava tocar bateria; os avós deram-me dinheiro para comprar aquilo que eu quisesse; o tio Nathaniel deu-me um par de camisolas porreiras e recebi também um enorme balde de doces e chocolates da Alayne, Theo e Matt. Louis ofereceu-me um canivete com todos os tipos de lâminas intercambiáveis e eu ri-me com a expressão de horror no rosto da minha mãe quando o abri.
“NOSSA VEZ!” O meu pai gritou todo entusiasmado e saltou da sua poltrona para ir buscar o meu presente.
Eu já sabia o que ia receber por parte dos meus pais pois fui eu que escolhi com eles, um novo conjunto dos meus clubes de golfe e uma carga de equipamentos para ir com ele. Eu acho que o meu pai estava ainda mais animado do que eu, porque poderíamos ir e jogar e já não teria que continua a usar o material dele.
“A sério, muito obrigada por isto.” Eu disse entusiasmado enquanto abraçava cada um dos meus pais.
“Nós ainda não acabámos! Eu sei que foste tu que escolheste isto mas queríamos dar-te um presente surpresa cada uma porque fizeste dezoito anos e não é todos os dias que se faz dezoito anos. Esta é minha…” A mãe entregou-me um saco de presentes e tinha um enorme livro em couro.
Era um livro de recordações, cheio de fotos minhas enquanto eu crescia, em todos os lugares diferentes em que tinha estado quando era bebé. Era uma loucura pensar que o mundo costumava ser completamente coberto de neve e eu lembrava-me vagamente, mas era uma memória nebulosa pois eu tinha cinco anos quando começou a derreter.
“Eu nem consigo imaginar como é que isto era.” Darcy disse enquanto me observava a virar as páginas.
“Tu não te lembras amor, só tinhas três anos quando começou a derreter.” Harry disse.
Eu ri-me de algumas fotos minhas, onde o meu rosto estava coberto de comida e quando recebi o meu primeiro conjunto de baterias e usava os óculos de sol do meu pai, que eram umas cinco vezes maiores que eu. Havia algumas fotos em que eu segurava a Alayne e fotos de quando eu, a Alayne e o Theo nos vestimos de três mosqueteiros para a festa de aniversário do tio Nathaniel. Então Matt nasceu quando eu tinha seis anos, e as fotos deixaram de mostrar a paisagem de neve porque tudo já tinha desaparecido e as nossas fotos de família tornavam-se maiores. Também tinha alguns postais de aniversário que as pessoas me deram quando era pequeno e os desenhos que fiz na escola, e todo o tipo de pequenas coisas que ela guardava ao longo dos anos. Eu sorri ao ver as fotos em que estava com a Darcy e com o Troy (eu com sete anos, ela com quase cinco anos e o Troy tinha três anos). Nós estávamos quase sempre na casa da árvore e eu era o líder porque era o mais velho e eu sabia que a minha mãe e a Haley sempre pensaram em juntar-me com a Darcy.
“Isto é incrível mãe – muito obrigado.” Eu sorri para ela e ela inclinou-se sobre a minha poltrona para me abraçar.
“Estou tão feliz por teres gostado! Há muita coisa para leres e veres quando tiveres algum tempo, acho que a Darcy se vai rir com algumas fotos.” Ela brincou e a Darcy assentiu com a cabeça em concordância.
“Eu também tenho uma coisa.” O meu disse enquanto se sentava no outro braço da minha poltrona e colocou uma caixa presta fosca no meu colo. As suas iniciais estavam escritas à frente em letras de outro… abri-a e senti um solavanco estranho no meu estômago quando vu uma das suas medalhas militares e as suas dog tags a descansarem sobre uma almofada preta. Uma ecografia de um bebé estava preso no interior da tampa e estava esfarrapada nas bordas mas eu sabia que era eu.
“Papá…” Eu balancei a cabeça, não sendo capaz de aceitar algo assim dele.
“Eu quero que fiques com isso. Eles são da primeira guerra em que estive e eu não sabia se eu te ia conhecer mas eu sempre disse que, se eu conseguisse sobreviver, que isto te iria pertencer.” Ele disse, apertando o meu ombro.
“Uau… levaste esta imagem enquanto estiveste a lutar?” Eu perguntei, olhando mais de perto para a imagem a preto e branco borrada.
“Sim, bolso superior, vinte quatro horas por sete dias semanais. Acho que os rapazes se fartaram de a ver depois das primeiras semanas.”
Darcy suspirou e inclinou-se para ver a imagem, arrulhando sobre o quão bonito era, apesar de eu não conseguir descobrir onde estava a minha cabeça.
“Ahhh Jay! Olha para a tua mãozinha! Parece que estavas a acenar.” Ela riu-se, apontando para um forma embaçada que poderia ser um braço.
“Não te preocupes, eu tenho mais coisas como esta para também terem quando fizerem dezoito anos.” O meu pai disse para o Theo, Alayne e Matt mas eu sabia que ele me tinha dado algo muito especial.
“Obrigado pai, isto é fantástico!” Eu disse, examinando a gravura nas suas dog tags onde dizia Horan, Niall J. e todos os seus números de identificação e informação.
“De nada Jimmy-Jam. É o mínimo que poderia fazer pelo ano que não estive contigo.”
“Pai, quantas vezes é que tenho que te dizer para parares de te desculpares por causa disso?” Eu olhei para ele e ele sorriu, despenteando o meu cabelo.