NAMI 》 Cha EunWoo

- First

Ah, o ensino médio, os melhores anos para alguns e os anos das trevas para outros. Aqueles que sobrevivem aos anos do ensino médio mereciam ter seus nomes em livros de história... EunWoo era um deles, e era o que merecia estar na capa dos livros de história escolares. Porque sobreviver naquela selva era como matar um leão a cada dia.

— Hey, Eunwoo!

Tac! Uma bolinha de papel tirou Eunwoo dos seus pensamentos, o menino ergueu a cabeça, sobreposta aos braços descansando encima da mesa. Eunwoo virou para trás buscando o atirador e viu Max rindo junto com seu grupo de amigos. Um suspiro cansado escapou de seus lábios. Eunwoo até se daria o trabalho de responder a provocação, se nao tivesse jogado League of Legends até cinco horas da manhã na noite passada.

— Quem era a gatinha que veio te buscar naquela pick-up ontem?

Eunwoo pressionou os olhos tentando relembrar do dia anterior, descendo o olhar para o chão.  Até que sua mente o lembrou da tarde de ontem acontecera ontem e de quem Max falava à respeito, uma dia que o garoto não vai se esquecer tão fácil, o dia que Namibia, conhecida como Nami, veio buscá-lo depois da escola.

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Eunwoo guardava o material enquanto o sinal, avisando o final das aulas naquele dia, soava pelos corredores da escola. O garoto pôs a mochila nas costas e saiu da sala cruzando o pátio escolar com pressa para não se molhar por culpa da forte chuva forte. Já era o quinto dia de chuva, Eunwoo odiava essas temporadas de chuva. A cidada não dava uma trégua no inverno.

Quando saiu da escola, Eunwoo olhou para os lados procurando o carro de sua mãe, mas não o achou, O garoto cerrou o cenho estranhando a ausência, foi quando ouviu a buzina de uma pick-up grafite parada no meio fio da rua enfrente à saída do colégio.

Assim que o vidro baixou, o garoto reconheceu a dona do carro: Nami. Os lábios de Euwnoo se partiram e uma expressçao de supresa se formou em seu rosto. Faz um tempo que Euwnoo naõ via Nami. E se ele acreditava que era impossível ela ficar mais bonita, estava completamente enganado.

— Entre logo, Woo! Aí fora está frio.

A voz da menina o despertou de seu transe momentaneo. O garoto se apressou segurando uma alça das mochilas em suas costas enquanto a outra cobria a cabeça para não se molhar tanto, o que era quase que inútil. Eunwoo chegou até o carro e Nami abriu a porta para ele.

Já dentro do automóvel, Eunwoo tirou os óculos embaçados pelo vapor de sua pele quente no frio e molhados pelas gotas de chuva. Euwnoo levou yma das mãos á cabeça e bagunçou os cabelos afim de seca-los. Nami riu, pegando os óculos da mão de Eunwoo e abriu o porta luvas, ela tirou de lá um paninho aveludado e começou a secar as lentes do menino.

— Eaí, tudo bem? Sua mãe me pediu pra te dar uma carona, ela está presa no trânsito. Parece que houve um acidente na Hastings.

Eunwoo não disse nada, apenas assentiu, era sempre assim. Nami a havia se acostumado com a quietude do garoto, mas mal sabia ela que a ausência de palavras na boca dele era sua culpa. Eunwoo tinha algum tipo de bloqueitoda vez que tentava interagir com Nami, era bizarro. Ele sabia que era tímido, mas quando estava perto dela, parecia que sua condiçaõ piorava 10 vezes mais.

A menina sorriu colocando as os óculos com as lentes secas de volta no rosto de EunWoo. Ele olhava para ela, seus cabelos castanhos ondulados que sempre tinham um perfume de baunilha estonteante e seus olhos castanho-esverdeados sempre realçados por um fino delineado. Ela tinha olhos bonitos, tipo os da Aphrodite em God of war.

Nami se inclinou beijando a testa do mais novo e voltou para a poltrona do motorista dando ignição no carro. A menina tinha um carinho imenso por Eunwoo e mesmo após tanto tempo sem ve-lo, ainda gostava de sua presença. Ele não tinha mudado nada, as mesmas bochechas rosadas e olhar baixo. 

— Quer comer alguma coisa? Hoje eu não tenho aulas à tarde. - Nami perguntou manobrando para fora da área escolar.

Eunwoo assentiu, estava morrendo de fome, não comeu durante a pausa para o lanche porque sua irmã havia faltado e ela sempre lhe empresta dinheiro.

— Vou te levar no restaurante da minha amiga, então, pode ser? Podemos arrumar um bom desconto.

Ele assentiu novamente e, assim que parou  no sinal vermelho, abriu o porta luvas outra vez e tirou um CD de lá, colocou-o no aparelho de rádio e esperou alguns segundos até que o CD rodasse.

Então, a melodia de Loser do grupo BigBang começou a tocar dentro do carro. O sinal ficou verde e Nami acelerou começado a cantarolar as letras em uma língua completamente desconhecida, o que fez Eunwoo rir. Ela sabia que Eunwoo sempre ria de suas tentativas falhas de cantar musicas no idioma nativo dele.

O garoto era fluente em ambas as línguas que falava, tanto inglês quanto coreano. E ele tinha certeza que a língua que Nami cantava naquele momento não era nenhuma das duas.

Entretanto, ainda sim, ele gostava de ouvi-la cantar. Eunwoo gostava de Loser, não só por ser uma música que ecoa pela casa toda vez que sua irmça termina com o namorado, mas porque dizia muita coisa sobre si mesmo. E ele agradecia por Nami não saber o que estava cantando, porque seria pior ouvir da boca dela o que ele realmente era.

Mais uma música de corno do Big Bang. 

A próxima, para melhorar o repertório romântico daquele caro era Let's Not Fall In Love. EunWoo fechou os olhos deixando a cabeça cair para trás no encosto do banco quando os primeiros acordes começaram, ele não conseguia acreditar.

— Não gosta dessa? Sua irmã me disse as musicas que você mais gostava e eu decidi ouvi-las, mas eu posso trocar...

Ela se inclinou levando a mão no botão que passava para a próxima música, no mesmo momento que ele a impediu. Os dedos dele estavam frios e os dela quentes demais o que causou uma sensação de conforto para ele, e um choque térmico para ela.

— Woo, - Ela voltou os olhos para a rua, mas entrelaçou os dedos nos dele sentindo a frieza ali. — você está gelado, está com frio?

EunWoo engoliu seco sentindo o toque quente de Nami em sua mão direita e negou com a cabeça.

— Tem certeza?

Ele assentiu. Ela suspirou.

— Tudo bem, estamos quase chegando.

Alguns minutos depois e Nami já estacionava na frente do restaurante de sua amiga. EunWoo e ela saíram do carro com rapidez para não serem pegos pelas gotas grossas de chuva que caíam sobre a cidade. Ambos correram até a marquise do restaurante e ali recuperaram o fôlego ajeitando as roupas pouco úmidas.

Os dois entraram no restaurante e escolheram uma mesa. O local servia comida italiana, mas não era tão chique quanto parecia as paredes eram brancas assim como as toalhas de mesa. Em cada mesa havia uma flor dentro de uma garrafa, o que chamou a atenção de EunWoo que ficou brincando com uma pequena margarida enquanto Nami pedia ao garçom que chamasse por sua amiga.