- Twenty

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Durante o jantar daquela noite, Eunwoo convidou Nami para dormir em sua casa, afirmando que estava muito tarde para ela voltar sozinha para casa. A Sra. Cha concordou com a ideia, com a condição de que Nami dormisse no quarto de hóspedes. Ambos assentiram, não iriam contra o pedido da mulher, mesmo depois de terem compartilhado um momento tão íntimo quanto o que tiveram.

— Você vai ficar bem aqui? - Eunwoo perguntou sentado na beira do colchão em que Nami estava. Recostada sobre a cabeceira da cama, coberta até a cintura, ela assentiu.

— Não se preocupe. - Ela sorriu deslizando a palma da mão pela bochecha de Eunwoo. — Boa noite, Woo.

Eunwoo sorriu fraco e passou o polegar pelas maçãs do rosto de Nami, depositou então um selar na testa dela.

— Se eu acordar hoje a noite, espero não passar por essa porta e ouvir seu choro.

Nami abaixou o olhar por um instante, sentindo o olhar preocupado de Eunwoo caindo sobre seus ombros. Nami se lembrou das noites que passava naquele quarto, nas dores que sentia sob aquela coberta, das lágrimas que molhavam aquele travesseiro, do sofrimento que passava calada, afim de não incomodar os outros residentes, incluindo Eunwoo.

Foi quando ela suspirou e ergueu a cabeça encarando Eunwoo.

— Sem mais lágrimas, Woo. - Ela sorriu fraco. — Eu prometo.

Eunwoo respirou fundo e sorriu fechado, então piscando para a mais velha e dizendo:

— Durma bem, Nami.

• • •

Era uma manhã amena de sábado, Eunwoo foi o primeiro a acordar. A casa estava em silêncio, quando ele saiu do quarto por volta das sete da manhã. Eunwoo caminhou até a cozinha e decidiu preparar alguma coisa para comer.

Eunwoo fez duas panquecas e se aproximou da geladeira para pegar sua calda de morango favorita. Assim que pegou o vidro com o conteúdo avermelhado, sentiu um par de mãos serpentearem envolta da seu corpo. O aroma doce dos cabelos de Nami invadiu suas narinas e logo sentiu a respiração a menina e em seguida seus lábios contra o torso quente de Eunwoo.

Um arrepio desceu pelo corpo do garoto, que amoleceu instantaneamente, largando o vidro sobre a bancada e deitando a cabeça nos ombros da mais velha, como um filhotinho que recebe carinho, ele fechou os olhos rapidamente.

— Bom dia, bebê. - Ela disse baixo e um sorriso bobo invadiu o rosto de Eunwoo.

— Bom dia, Nami. - Ele disse e ela riu fraco.

— Por que acordou tão cedo? Ainda está sonolento. - Ela pontuou ao ver o estado do menino.

Eunwoo logo abriu os olhos sentindo um rubor preencher suas bochechas. Ele se desencostou de Nami e se virou rindo nervoso.

— A-Ah não, eu estava com fome, decidi fazer algumas panquecas.

— Panquecas! Hm, que delicia, sua mãe me disse que você é um ótimo cozinheiro, posso experimentar? - Nami perguntou animada.

— Claro. - Ele sorriu e pegou o prato colocando-o na bancada, em seguida despejando a calda de morango sobre as panquecas.

Ambos pegaram um garfo e começaram a comer juntos. Nami tinha de admitir que Eunwoo era um cozinheiro de mão cheia, as panquecas estavam uma delicia, assim como quem as fez.

Você realmente cozinha muito bem, Eunwoo, parabéns. - Nami disse saboreando a panqueca.

Eunwoo agradeceu feliz pela mais velha ter aprovado suas habilidades na cozinha.

— Meu Deus, mas logo de manhã?! - A voz de Eunha interrompeu os dois, que olharam para a sala, vendo Eunha com os cabelos bagunçados e um pijama de coelhinhos amarrotado, além da expressão indignada no rosto.

— Bom dia pra você também, Eunha. - Eunwoo disse e Eunha fez caminho até a cozinha, abrindo a geladeira em seguida.

— Bom dia pra vocês também casalzinho grudento e inseparável. - Ela resmungou pegando a caixa de leite e uma caneca.

— Brigou com Jinwoo? - Nami perguntou rindo baixo e a menina a lançou um olhar mortal. — Tudo bem, não toco mais no assunto.

— Ah, ele foi um idiota comigo ontem! - Ela reclamou misturando o achocolatado em pó no leite com uma certa força. — Ele ficou todo enciumado só porque o garçom estava dando encima de mim, só que eu nem tava dando bola pro cara! Jinwoo começou a discutir comigo sobre isso, ficou furioso e me deixou lá!

— Não se preocupe, vão se acertar com sexo como sempre. - Nami pontuou e Eunwoo tossiu pela fala da garota.

— O que?! - Eunwoo exclamou olhando surpreso para Eunha, que suspirava olhando preocupada para o chão. — Eunha, você não é virgem?

— Fale mais alto, mamãe ainda não deve ter ouvido. - Eunha disse revirando os olhos e tomando um gole do achocolatado. Eunwoo olhou ainda de olhos arregalados para Nami que riu da reação do mais novo.

— Você não precisa saber dessas coisas, bebê. É papo de amigas. - Nami deixou um beijo na testa de Eunwoo e levou o prato vazio até a pia.

— Por que eu sou sempre o último q saber das coisas? - Ele indagou frustrado.

Nami terminou de lavar o prato enquanto Eunha falava com o irmão sobre não contar àquilo à mãe, ou ele podia esquecer o PS4 dele.

— Woo, preciso ir, tenho que organizar algumas coisas da faculdade pra segunda. - Nami disse e Eunwoo assentiu.

Nami se despediu da amiga Eunha e se dirigiu à porta, deixando um simples beijo na testa de Eunwoo. Então se virou caminhando na direção do elevador, chamando o mesmo, no entanto, sentiu uma das mãos de Eunwoo envolver seu pulso direito e o garoto a puxar para trás. Nami não teve tempo de protestar, pois os lábios de Eunwoo já se chocavam contra os seus em um movimento rápido porém gostoso.

Ficaram ali por uns vinte segundos, até Nami afastar inspiraram de Eunwoo. Ambos com a respiração levemente descompassada e as bochechas coradas, ela com um olhar surpreso e ele com um sorriso bobo no rosto.

— Obrigado por ontem. - Ele criou coragem para sussurrar e Nami riu fraco, tímida, por de súbito ele ter tocado no assunto.

— Não precisa agradecer, meu amor. - O som da chegada do elevador ecoou pelo corredor e Nami sorriu erguendo os olhos para Eunwoo. — Preciso ir, tenha uma boa semana de aula.

Nami piscou e se afastou adentrando no elevador, então acenando para o namorado.

— Você... também. - Eunwoo diminuiu o tom na última palavra e fechou a porta de casa, encarando a superfície de madeira, com um sorriso bobo no rosto. Era o efeito que Nami causava nele.

— Ainda não acredito que vocês estão namorando, ela é tão linda e você... Eunwoo, você é tão você. - Eunha disse olhando para o irmão de cima a baixo enquanto bebia um gole de seu achocolatado.

— Não enche Eunha. - Eunwoo se virou e passou pela irmã, mas parou no mesmo instante ao se lembrar de algo. — E que história é essa de você não ser mais virgem?

— Puxa, estou com tanto sono. - Eunha fingiu um bocejo e se levantou da banqueta se espreguiçando e caminhando na direção de seu quarto. — Acho que vou voltar a dormir...

— Eunha, volte aqui! - Eunwoo indagou.

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⏰ Última atualização: Mar 15, 2019 ⏰

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NAMI 》 Cha EunWooOnde histórias criam vida. Descubra agora