- Eighteenth

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Uma semana havia se passado, EunWoo tentava esquecer o acontecido, mas simplesmente a fantasia de Leo e Nami numa mesma cama não largava de sua mente. Atrapalhando seu raciocínio nas aulas e invadindo seus pensamentos nas noites antes de dormir.

Nami não havia oficializado que o que Leo cometera era crime, ela tinha certeza de que se pronunciasse a palavra estupro, EunWoo caçaria Leo com sede de sangue. No entanto, EunWoo sabia que aquilo havia ocorrido, mas sabia também que Nami temia que ele fizesse algo, então ele apenas se calou diante de toda aquela situação.

Os machucados estavam melhores, as dores também, EunWoo não quis tomar os remédios prescritos no início, mas quando cedeu às ordens da mãe e tomou o primeiro comprimido, sentiu-se nas nuvens. Os remédios tinham os efeitos colaterais mais comuns como sonolência e felicidade. EunWoo gostava de tomá-los, ele esquecia do que Leo fizera com sua preciosa garota e do fato de ele não poder fazer nada a respeito disso.

Nami ia a faculdade normalmente, evitava sair à noite, culpa do medo que sentia de Leo. Talvez aquele receio um dia fosse embora, mas ela temia que não, temia que Leo fosse sádico o suficiente a ponto de realizar um erro irreparável com ela.

Esse era também o medo de EunWoo, que passou a visitar a garota com mais frequência. Ele queria protegê-la, ela não podia impedi-lo disso.

— Você está indo demais na casa da Nami, deixe a menina respirar um pouco, EunWoo.

A Sra. Cha se pronunciou da cozinha vendo o filho vestir um casaco para se proteger do frio daquela noite de sexta feira.

— Ainda não acredito que vocês estão namorando. - EunHa desviou os olhos do celular para encara o irmão. — Ela é tão linda! Por que você? Ew...

EunWoo revirou os olhos ignorando o comentário da mais velha que naquele momento saía pela porta da frente, pretendia ignorar o da mãe também mas ela o chamou na cozinha para conversar. EunWoo seguiu as ordens da mãe e encontrou a mais velha secando alguns pratos na cozinha. Ela o questionou sobre o desaparecimento misterioso do fermento e EunWoo negou que tivesse qua,quer envolvimento nisso.

A mãe respirou fundo e deduziu que a culpada era EunHa por tentar fazer aqueles bolos malucos de pasta americana rosa. EunWoo deu de ombros, voltou para a sala e no momento que ia fazer o caminho até a porta da frente ouviu a campainha tocar.

— Sua irmã, sempre esquecendo as coisas... atenda pra mim, EunWoo.

A mãe pediu e EunWoo, que já estava perto da porta, apenas a destrancou e a abriu. Naquele momento viu a silhueta de Nami parada a sua frente, ela tinha um sorriso inocente nos lábios e dois filmes em mãos.

— Nami? O que está fazendo aqui?

EunWoo perguntou surpreso e a menina riu fraco se aproximando dele e roubando um selinho de seus lábios e envolvendo-o devagar num abraço.

— Você ainda está se recuperando, não pode ficar indo lá em casa toda hora, então eu decidi vir.

Nami se separou de EunWoo e o mais novo fechou a porta guiando a garota até o sofá da sala. A mãe saiu da cozinha já sem o avental lilás e foi cumprimentar Nami com um sorriso no rosto.

Fazia um bom tempo que Nami não ia na residência dos Cha, a mãe sentia saudade da menina é só tinha notícias dela por meio de EunWoo, que a alertara para não questionar a garota de modo algum sobre a noite fatídica daquele mês. A mãe assentiu ao pedido do filho e não tocou no assunto da noite durante a conversa com Nami.

— Eu vou no mercado comprar fermento para o bolo, sua irmã acabou com o meu fermento. Querem alguma coisa?

A mãe perguntou enquanto via os dois jovens sentados no sofá. EunWoo negou e agradeceu à mãe junto de Nami.

— Fiquem bem, estou de volta em alguns minutos.

A mulher disse e pegou a carteira sobre o aparador lançando um olhar de soslaio para EunWoo que ignorou-o olhando para o lado oposto. Sra. Cha deixou os dois sozinhos e Nami tomou a liberdade de se aconchegar no peitoral de EunWoo sentindo o coração dele bater calmamente sob suas palmas.

— Estou preocupado com você, babe.

EunWoo soltou e um sorriso floresceu nos lábios de Nami ao ouvir aquele babe. Ela também sentiu um leve arrepio descer pelo seu corpo, ela gostava da voz de EunWoo.

— O que foi esse babe, Cha EunWoo?

Nami riu fraco e ergueu os olhos para EunWoo que piscou rápido e desviou o olhar do rosto dela. Nem ele sabia de onde aquela palavra havia saído, ela apenas saiu, como se estivesse para sair já faz um tempo.

— Não desvie do assunto.

— Desculpe.

O sorriso caiu de seus lábios fazendo-a deitar de volta em seu peitoral e abaixar o olhar, levemente triste. Ela não gostava de falar daquilo, não gostava de lembrar daquela noite, ainda mais quando EunWoo estava presente.

— Eu não paro de pensar nisso, Nami.

Ele confessou. Ela umedeceu os lábios suspirando.

— Apenas esqueça, é tudo o que eu te peço.

— Não consigo. Eu quero te proteger dele.

Ela sentiu o coração dele acelerar, então agarrou o pano da blusa dele transmitindo toda sua preocupação. Ele era tão teimoso, não podia protege-la, ela não queria envolvê-lo.

Nami viu a expressão preocupada no rosto dele e pousou às mãos em suas bochechas se colocando de joelhos no sofá. Ela o encarava, vendo ainda os resquícios de machucados em sua pele, ela não podia deixar aquilo acontecer novamente, não com ele.

— Esqueça isso, Cha EunWoo.

Ela se inclinou chocando seus lábios nos dele, ele foi pego de surpresa, mas logo já entrava em sintonia com Nami, encaixando as mãos na cintura dela e cedendo à passagem com a língua pedida por ela.

Nami não queria que ele se lembrasse daquela noite, queria esquecer aquilo e seguir com a vida, seguir tendo momentos felizes ao lado de EunWoo, continuar a beija-lo sem se preocupar se o fará novamente. Ela queria paz e EunWoo.

Ele se afastou um pouco a procura de ar ainda deixando ambos os rostos pertos. Ela respirou fundo enquanto ele a encarava com uma certa misticidade, então ele pegou em sua cintura a empurrando contra o estofado do sofá.

Ela sorriu entrelaçando os dedos nos fios castanhos dele, a respiração de EunWoo respiração acelerava assim como seus batimentos. Ambos ouviram a tranca da da porta estalar e desviaram o olhar um do outro para a porta.

NAMI 》 Cha EunWooOnde histórias criam vida. Descubra agora