Capítulo 15

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Thomas Narrando:

Estava tudo escuro por mais que eu procurasse pela Sophia no meio dessa mata toda, tudo se transformava em silêncio absoluto, estava ficando impaciente, quando escuto vozes a minha frente, paro atrás de uma arvore e escuto... Cam, sua voz demoníaca ecoa pela mata estridente e assustadora, olho em sua direção e o vejo conversar com um de seus servos, parecem zangados e Cam se irrita no meio da conversa, logo despensa seu servo e fita uma cabana velha logo atras de si.

Sophia, ela está lá, só pode ser.- Penso mentalmente.

Apresso os passos e ando ao redor das arvores, tentando enxergar minha pequena, é então que a vejo correr o mais rápido que pode. Porém Cam se enfurece e destrói a cabana em menos de cinco segundos.

Droga!

Resolvo sair de onde estou e voar para assim alcançar Sophia, mais Cam finalmente a vê e persegue a mesma como se fosse sua presa. Odeio me sentir inútil, quero protegê-la, assegurá-la de que tudo vai ficar bem, mais sei que não vai.

De esguelha vejo Cam se transformar em lobo, um lobisomem que não me surpreende nem um pouco, mais pra Sophia deve ser um pesadelo já que ela é humana.

"Na-não faça nada comigo... Por favor"...- Escuto seu apelo e não aguento mais, preciso salvá-la, seu desespero é como morte pra minha alma se é que tenho alma.

Desço do céu e fico em sua frente, as batidas frenéticas de seu coração denunciam seu nervosismo.

- Saia da minha frente!- Grita Cam se aproximando de mim com os dentes afiados e os olhos queimando como brasas.

- Deixe-a ir essa briga é entre eu e você...- Falo apesar de saber que isso não vai ser possível.

Voltando a sua forma demoníaca ele gargalha, como se tudo não passasse de uma grande piada.

- Achas que sou tolo? Essa briga é sim entre nós dois, mais nada melhor que sacrificar a vida de quem tu amas, tem premio melhor do que te olhar debruçado no chão, chorando pela perda da tua única amada? Hã, hã a resposta é não.- Comenta dirigindo seu olhar perturbado pra Sophia.

- E-eu não sei de quem o Senhor esta falando... Mas eu não conheço esse monstro nem ao menos sei quem vocês são...- Explica Sophia se afastando de mim e me olhando com repulsa.

Ah Sophia, se você soubesse o quanto te amo, sou capaz de enfrentá-lo por você. Fecho os olhos e inspiro, os abrindo logo em seguida.

- Escutou a garota, ela não me conhece e eu também não a conheço.- Murmuro.

- Hum, então você não se importaria se eu fizesse isso.- Diz dando um salto por cima de mim e capturando o pescoço dela.

Viro bruscamente e tento puxá-la para junto de mim.

- Solte-a o que quer? Me matar? Ótimo estou aqui, mais não mate alguém que não tem nada haver com nossa briga.- Digo e de repente ele forma uma jaula com poderes sobrenaturais e prende Sophia nele.

Me aproximo tentando tirá-la de lá, mais é inútil.

- Desista Senhor da morte... Ou melhor Thomas.- Rebate fazendo Sophia arregalar os olhos pra mim.

E é nessa hora que eu preferiria estar morto.

- Co-como assim? O Thomas...- Indaga ela me olhando como se eu fosse seu pesadelo.

Fico em silêncio apenas olhando aqueles olhinhos castanhos claros me fitarem com uma curiosidade no ar.

- Vamos Thomas, assuma diga a ela quem você é, mostre-se!- Rosna atrás de mim.

É chega de farsas, ta na hora dela saber realmente quem sou!

Me afasto da jaula magnética e volto a forma humana, fecho os olhos após isso e paraliso olhando Sophia chorar baixinho. Não, não chore.

- Veja querida Sophia, veja seu amor, seu lindo e magnifico Thomas... Esse é o Senhor da Morte, o Senhor que acaba e acabou com a vida de milhares de humanos.- Diz com um sorriso de orelha a orelha.

- Isso não é verdade e você sabe sou apenas um servo do Senhor, pelo menos eu era até conhecê-la e ela não deveria saber disso... Nós não somos do seu mundo, tudo esta acabando com sua humanidade, daqui a pouco todos os outros irão saber e tudo estará perdido...- Falo hesitante, pois logo os outros anjos caídos e demônios se aproximam. Ficando ao lado de Sophia.

- Achas que eu me importo? Que se danem os superiores, estou cheio de ser o pior dos piores, o ultimo a saber das coisas.

- Mas é o que você é um renegado, um traidor.- Interrompo, falando o óbvio.

- Ora seu...- Diz ele vindo até mim e é quando começamos uma briga. Tento lhe dar um soco, mais não consigo, ele é rápido demais, me segura pelo pescoço e me leva até o céu com um sorriso perverso plantado nos lábios.

Destino ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora