Me perco, em teus braços, em teus beijos.

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Elisabete terminou de ler a carta e por uns minutos foi tomada por uma confusão de sentimentos. Por um momento não sabia o que deveria fazer, mas por outro momento, sabia exatamente o que fazer. Seu coração palpitava forte, e por um momento resolveu deixar tudo para trás e seguir em frente com o seu marido. Então correu e jogou suas roupas em apenas uma mala. Ela que gostava tanto de organização, não ligou muito pra isso. Não naquele momento. Elisabete desceu as escadas correndo com sua mala nas mãos, trancou as portas e foi correndo para o carro. Tudo que ela imaginava, era ela correndo para os braços de seu marido. O sítio ficava umas duas horas do local atual, mas pouco se importara. No caminho ligou para Noêmia, mas Noêmia estava um pouco ocupada.

***

George estava na casa de Noêmia para contar sobre o término de um relacionamento. Noêmia não se surpreendeu porque George não era o tipo de pessoa que se apegava em alguém, ele conseguia conciliar muito bem seus relacionamentos.
_ Mas você não aparenta estar triste. _ Disse Noêmia já sabendo que ele não estava.
_ Claro que não estou. Eu na verdade estou muito a fim de outra pessoa.
_ Elisabete, claro. _ Noêmia sorriu. _ Mas eu sinto lhe dizer, agora ela não vai querer se envolver com ninguém.

_ Elisabete é uma mulher maravilhosa, Noêmia, mas eu não gosto de me envolver com mulheres como ela, mulheres profundas. Eu sou raso demais para alguém assim, eu prefiro mulheres que topam tomar uma cerveja e fumar um cigarro de vez em quando, talvez uma mulher que não pense em formar uma família. Nada contra, mas eu sou superficial demais.
_ Koé George, minha amiga não vai ficar nada feliz se ouvir você falando assim. Então me diz, quem é essa tal mulher.

_ Jura que você não sabe Noêmia?
_ Jura que eu deveria saber?
_ Ela está aqui na minha frente, tá ligada?
Noêmia sorriu.
_ Você só pode estar brincando né?
_ Não.
_ Cara, você tá ligado que sou bem imprevisível né? Hoje te quero perto, amanhã te quero bem longe.
_ É por isso que gosto de tu mulher. Vem aqui me dar um beijo.
George a puxou pela cintura e a beijou.

***

Duas longas horas se passaram e Elisabete chegou ao sítio. Elisabete estava feliz e seu coração acelerado. Mal conseguia respirar, cada segundo que passava ela almeja mais pela presença de Marco.
Quando ela estacionou o carro, Marco estava terminando de trocar a porta da casa de ferramenta que seria a futura escola. Quando Marco ouviu o barulho do carro, respirou fundo, não sabia o que Elisabete falaria, portanto, jogou as ferramentas no chão e fora correndo encontrar ela. Ele precisa saber qual decisão havia tomado.
Elisabete desceu do carro correndo e saiu correndo ao encontro de Marco. Quando Marco a viu correndo abriu um sorriso largo no rosto e então houve um encontro de almas, um encontro de corpos, um encontro de coração. E então houve um alívio. Estavam novamente um nos braços dos outros. Se beijaram, como se fosse a primeira vez. A saudade era tanta, que parecia que não acabaria nunca.
Elisabete olhou fundo nos olhos de Marco, colocou as mãos levemente em seu rosto.
_ Rasga esse papel. Eu juro que o beijo que Luca me deu foi no começo de tudo, mas eu o impedir. Eu fui embora. Eu te amo Marco.

Seus olhos brilhavam, era como se todo o peso que havia em suas costas fora deixado para trás.
_ E eu acredito em você meu amor, acredito que Estela nunca mexeu com você depois que tudo acabou. Quero recomeçar outra vez, quero recomeçar ao teu lado. _ Continuou ela.
Marco sorriu.
_ Ah meu amor, como eu tive medo de você querer me deixar pra sempre. Só Deus sabe o quanto eu o implorei para você me dar mais uma chance. Mas eu estava esperançoso. Algo me dizia que você voltaria, e você estar aqui. Eu te amo.
Marco pegou Elisabete no colo e a beijou.

A busca por um casamento felizOnde histórias criam vida. Descubra agora